Prólogo

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- A culpa é sua!

dor.

- PAI, PARA!

quatro garotinhas parecidas com ele estavam em lágrimas.

- LOUIS, ACORDA LOUIS!

mais dor.

Ele abriu os olhos e se sentou rapidamente, respirando profundamente atrás de ar.

- Só um sonho... - ele murmurou para si mesmo, tirando o cabelo molhado de suor de sua testa - Pesadelo.

Pesadelos o assobravam constantemente desde que seu pai decidiu que deveria mostrar fisicamente á ele a dor que ele sentia por achar que a culpa de tudo era de mais ninguém, mas de Louis.

Olhando para os lados ele percebeu que estava no tão conhecido banco de uma das praças da cidade de Londres.

Já era manhã, parecia ser quase meio dia. O barulho suave que as folhas das árvores do parque faziam ele querer apenas voltar a deitar no banco e dormir novamente, mas risadinhas incessantes o chamaram a atenção.

Louis virou a cabeça e sorriu vendo um grupo de crianças o encarando com expectativa.

- Olá - ele cumprimentou - O que desejam?

Uma garotinha apontou para o que estava ao lado de seu banco e ele riu, assentindo.

- Sabia, vocês adoram isso. Só um minuto.

As crianças pularam entusiasmadas.

Louis pegou seu violão e se levantou, dedilhando a música tão conhecida e sorriu para as crianças que começaram a dançar entre si, e as pessoas que passavam por ali paravam para ver o que ele tinha a mostrar.

Claro, ele amava crianças, e se sentia feliz por fazer pelo menos elas tão felizes quando ele mesmo estava tão destruído.

- Olá senhor, gostaria de um jornal?

- Claro meu jovem.

Louis sorriu educadamente e entregou a revista para o senhor, pegando o dinheiro e agradecendo antes de suspirar.

Era dificil encontrar alguém que comprasse um desses jornais de bom grado. Sempre achavam que eram roubados ou que ele usaria o dinheiro para beber ou comprar drogas.

Ele olhou para sua sacola onde ele levava os jornais e sorriu vendo que só faltava um, mas o dinheiro que ele tinha ganhado era o suficiente para que ele pudesse comprar algo para comer.

Ele trilhou o caminho conhecido, sorrindo quando chegou á padaria e sentiu o cheiro dos doces e salgados impregnando todo o lugar.

- Louis! - cumprimentou Niall, o dono da padaria, alegremente - Como vai? Conseguiu vender tudo?

- Faltou só um, mas é o suficiente para o de sempre - Louis se sentou na cadeira em frente ao balcão e esticou o dinheiro para Niall que o pegou e piscou pra ele.

- Eu ainda acho que você não deveria pagar, eu daria o bolo de graça, você sabe - Niall disse depois de pegar a bandeija com dois pedaços de bolo de morango e colocando-o na frente de Louis.

Niall era uma boa pessoa, é verdade. Ele sempre deixava Louis dormir no quarto de hóspedes de sua casa quando havia uma tempestade e sempre o dava algo para comer, além de roupas. Ele sempre perguntava se Louis não queria morar com ele ou se ele não queria levar o bolo de morango que ele tanto adorava de graça, mas Louis nunca aceitava.

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