prólogo

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MIDORIYA

Eu me chamo Akatani Izuku, venho de uma família bem humilde que sempre fez o possível pra me ajudar, mas não tive muitas oportunidades. Eu sempre quis fazer faculdade de letras, mas eu não tinha condições de pagar pra isso, muito menos tempo já que eu precisei trabalhar mais assim que eu terminei o ensino médio. No pouco tempo que eu tinha livre, eu ficava lendo manhwa e livros de fantasia, o que me inspirou a escrever um romance também. Era do tipo clichê com príncipe encantado, só que era um romance gay e na época o livro não fez tanto sucesso, mas valeu muito a pena escrever aquele livro.

Um príncipe herdeiro impiedoso que é forçado a se casar com o filho de uma prestigiosa família, mas ele acaba por se apaixonar por doce e inocente filho de um conde. O príncipe abandona o seu marido pra ficar com o seu amado, então seu marido se converte no vilão que tenta separar os dois, o que acaba resultando na sua morte. Infeliz com a minha vida amorosa, eu dei ao vilão o meu nome, mas com outro sobrenome pra não ficar óbvio. Apesar do vilão ter uma personalidade muito diferente da minha, eu me identificava com ele por sermos dois abandonados. Mas eu não tinha tempo para minha "carreira" de escritor e parei no primeiro livro...

E cá estou eu, na frente do príncipe do meu livro, Bakugo Katsuki e o pior era que eu era ninguém menos que o vilão do livro, Midoriya Izuku... Como é que isso aconteceu? Eu não sei. Pra falar a verdade só lembro de ir dormir depois de chegar do trabalho e acordei sendo outra pessoa... Só que infelizmente me tornei o vilão depois dele ter casado e agora estou aqui, frente a frente com o príncipe pra evitar futuros problemas com ele e toda família imperial.

Bakugo: O que você quer? - continuou olhando os papeis em suas mãos.

Eu: Vim lhe pedir algo.

Bakugo: Nem se dê o trabalho de pedir se for sobre aquilo novamente.

Eu: Pelo contrário... Eu vim pedir que me dê um quarto só pra mim.

Bakugo: Que? - me olhou surpreso.

Eu: Quero um quarto só pra mim.

Bakugo: Só pode tá brincando. Porque tá pedindo algo assim?

Eu: É frustrante dormir com você.

Bakugo: Frustrante? - uma veia saltou na sua testa por ouvir isso.

Eu: Pense nisso como um anti estresse já que você me odeia. Me dê o quarto mais distante do seu de preferência.

Bakugo: Você vai ficar mal falado se eu fizer isso. - olhou nos meus olhos.

Eu: Se o meu marido deixa que falem mal de mim, devo ser tudo que falam de mim mesmo. - suspirei - Mas se eu ouvi algo, todos vão saber que você é impotente, príncipe.

Bakugo: Imponente é o caralho! Você nunca teve nada comigo pra saber!

Eu: Exatamente. Nunca tive nada com você e estamos casados há um ano, o que significa que você é impotente.

Bakugo: Nunca tivemos nada porque a sua pessoa não me atrai, entendeu?!

Eu: Eu tenho um bom argumento para anular o nosso casamento. - cruzei as pernas, sorrindo - A gente nunca teve relações sexuais, então o casamento é anulado se eu alegar isso, né?

Bakugo: Tá... - respirou fundo - Darei o quarto como você quer.

Eu: Ótimo... - me levantei - Tenha um bom dia, príncipe Katsuki.

O príncipe não tinha relações sexuais com seu marido, só se beijaram no dia que se casaram e depois viveram por um ano como dois estranhos. O Izuku se apaixonou pelo Bakugo no dia que conheceu ele, por isso suportava viver desse jeito, mas eu não vou fazer isso mesmo. Tá, o Bakugo é muito bonito e eu entendo porque o Izuku gosta dele, mas não vou correr atrás dele, muito menos pedir o divórcio. Eu vou deixar ele pedir o divórcio porque ai ele terá que me dá muita grana e assim eu vou pra bem longe daqui. Voltar para casa do pai do Izuku é pedir pra morrer por causa da péssima relação entre eles, o que significa que tenho que ir embora.

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