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— Nós não aceitamos este tipo de atitude dentro deste instituto!

E aqui estava você, na sala do diretor da faculdade enquanto escutava um sermão enorme sobre como sua atitude fora errada e inconsequente. O cara que você tinha dado um soco estava na cadeira ao seu lado segurando uma compressa de gelo contra o olho esquerdo, sempre em completo silêncio.

— Não sei onde você pensa que está, senhorita Keiko, mas eu te garanto que você não está no ensino médio. Esse tipo de ação não será tolerada! — Bradou irritado, você já estava cansada de olhar para aquela cara carrancuda e feia.

— Eu estou ciente disso. — Ditou cansada, só queria ir pra casa.

— É bom estar! Porque você está expulsa do curso de dança! Pegue suas coisas e saia do instituto o quanto antes. — Disse decidido, você imediatamente deu um pulo da cadeira.

— O que?! Não pode fazer isso! Eu dediquei anos da minha vida pra conseguir me formar, não é justo! — Falava desesperada — A dança é a minha vida, senhor Kiyome, não pode fazer isso comigo! Eu faço o que for preciso!

— Não quero escutar.

— Kiyome, não acho que essa atitude é necessária. — Finalmente o cara se pronunciou, percebendo seu desespero e o quanto aquela faculdade era importante pra você, ele decidiu ajudar — Eu a provoquei, ela apenas se defendeu. É legítima defesa, não tem necessidade de tal punição, como ela disse, é injusto. — Disse calmo e simples.

— Como assim você a provocou, Sr.Kageyama? — Perguntou arqueando a sobrancelha enquanto prestava atenção no que o garoto tinha a falar.

— Eu fiz uma piada com ela e ela não levou muito na esportiva, fui um babaca, confesso. — Te olhou meio apreensivo, você só observava tudo torcendo para que o velho caísse no papinho dele — Que tal nós dois fazermos serviços comunitários ao invés de expulsar alguém que colocou todo o seu esforço nesse instituto, hm?

O mais velho alternou o olhar entre os jovens, que pareciam esperançosos com a resposta. Ele pensou e pensou mais um pouco, torturando os demais presentes com o silêncio ensurdecedor.

— Você se responsabiliza pela atitude imprudente da senhorita Keiko? — Perguntou o encarando sério — Não vai poder voltar atrás, Kageyama, vai ter que pagar pelas suas ações.

— Eu me responsabilizo. — Disse firme com sua resposta.

O homem apenas o encarou novamente e soltou um suspiro longo.

— Os dois farão serviços comunitários no campus até o final desse mês. Que isso fique na memória de vocês: Da próxima vez que algo do tipo acontecer, serão convidados a se retirar do campus. Passar bem.

Você não demorou mais que um minuto em pegas suas coisas e sair da sala batendo os pés. Maldito velho desgraçado.

— Ei! — Escutou sua voz ser chamada, a esse ponto já sabia quem era.

— Cara o que você quer? — Respirou fundo tentando não surtar novamente.

— Estamos quites agora, bem, em uma parte.

— Como?

— Eu te machuquei mas te salvei lá dentro, por outro lado você me deixou com um olho roxo e quase um mês de atrasos nos meus treinos. Como vai se responsabilizar sobre a segunda parte? — Perguntou cruzando os braços. Ele queria quase rir, mas ele estava com um certo receio de ganhar outro olho roxo.

— Quer outro olho roxo pra combinar com esse ai, babaca? — Revirou os olhos levantando o dedo do meio para ele — Já vai ser uma tortura ter que olhar pra sua cara durante um mês inteiro, me dá um descanso. — E voltou a caminhar, logo percebendo que ele te seguia.

𝘼𝙯𝙪𝙡 𝙚́ 𝙖 𝙘𝙤𝙧 𝙙𝙤 𝙞𝙣𝙛𝙚𝙧𝙣𝙤. - Kageyama Tobio.Onde histórias criam vida. Descubra agora