f o u r.

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Por você ter demorado um bom tempo na cozinha, Rintarou acabou indo atrás de você, o que resultou nos dois sentados no chão dividindo uma cerveja e um baseado que o mesmo havia acabado de bolar.

Ficaram tagarelando sobre a época da escola, das coisas malucas que faziam como subir no telhado do prédio de ciências pra fumar em todo o intervalo de almoço, ou quando quase tomaram uma suspensão por você ter ficado de vigia para que Suna pudesse ficar com Osamu atrás da escola, ou também por terem pulado o muro da escola apenas para irem a praia.

Foram aventuras que você daria tudo pra viver novamente. Os momentos com ele foram simplesmente os mais incríveis possível.

— Se lembra daquela vez que você ficou com a gerente da Karasuno? — Rin trouxe à tona a memória que você não se lembrava de jeito nenhum.

— Meu Deus! Aquele dia foi um dos mais insanos da minha vida! — Você gargalhou alto lembrando dos acontecimentos — Mas a Kyoko beijava bem horrores. Foi ótimo. 

Depois disso vocês ficaram calados, um silêncio confortável e aconchegante, a cabeça de Suna estava apoiada no seu ombro e vocês encaravam o nada apenas com um sorriso de canto lembrando dos velhos tempos.

Até Rintarou quebrar um silêncio com uma pergunta que te fez um tanto quanto desconfortável.

— E Yuta?

Péssima pergunta, Rin. Você pensou.

— Terminamos. Ele me traiu e depois ameaçou me bater caso eu contasse. — Suspirou tentando levar a memória para bem longe — Não quero falar sobre, Rin.

— Certo, desculpe. Fiquei curioso apenas. — Ele entrelaçou suas mãos e depositou um carinho singelo ali — Posso fazer outra pergunta?

— Sabia que a curiosidade matou o gato, Suna Rintarou? — Soltou um riso nasal e confirmou com a cabeça — Faça.

— O que rolou com você e o Tobio? Você parece o detestar e honestamente você não detesta ninguém por nada.

— Sobre isso...

Você ficou longos dez minutos contando toda a situação, desde seu episódio depressivo até o serviço comunitário que havia sido obrigada a fazer com ele, Rintarou sempre muito atento a cada palavra sua e fazendo alguns comentários que te faziam rir. Ele questionou se você o odiava mesmo, mas você não soube responder tal pergunta.

Não é que você o odiasse, só não o queria por perto porque de algum jeito Kageyama sempre te trazia problemas, e no momento era o que você mais queria fugir de.

— Kageyama é bem esquentadinho, mesmo aparentando ser frio daquele jeito. — Rin falou de forma preguiçosa — Tome cuidado.

— Acho que ele não faria nada comigo, eu dei um soco nele, ele poderia muito bem ter revidado. — Deu de ombros terminando de secar a latinha de cerveja.

— Do mesmo jeito. Não quero que você se foda, de novo. — Ele te olhou sério.

— Eu não vou, Rin. Fica tranquilo. — Acariciou os cabelos longos dele o dando um beijo na testa — Acho melhor a gente voltar.

Vocês se levantaram, pegaram algumas bebidas para o pessoal e para si mesmos e voltaram até a sala, vendo que eles continuavam no mesmo estado, rindo alto e conversando animados. Apenas Kageyama e Kenma que estavam largados em um canto do sofá, Kenma jogando em seu nintendo como sempre e Kageyama apenas compartilhando um baseado com o meio loiro.

— [Nome]! Estávamos falando de você, princesa! — Nishinoya disse alto, sorrindo grande pra você.

— Tenho até medo de saber sobre o que é. — Riu começando a distribuir as bebidas para todos junto com Suna.

𝘼𝙯𝙪𝙡 𝙚́ 𝙖 𝙘𝙤𝙧 𝙙𝙤 𝙞𝙣𝙛𝙚𝙧𝙣𝙤. - Kageyama Tobio.Onde histórias criam vida. Descubra agora