𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎

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Nunca pensei que fosse me deixar levar por amor

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Nunca pensei que fosse me deixar levar por amor.

A mera cogitação da possibilidade de morrer por alguém pode ser vista como uma ideia sórdida, pensamentos vindos de uma mente desequilibrada e completamente cega por este sentimento carnal e desmedido definitivamente são mal vistos em qualquer canto do mundo.

O cérebro dificilmente conseguirá se sobrepujar ao coração, mas dessemelhante, o coração só precisa de uma fagulha, um único gatilho para domar sua mente, inundando seu corpo e mudando cada parte de si pelo simples toque da pessoa amada.

Me perguntaram uma vez se eu morreria por amor, se eu desistiria de meus sonhos para poder dar continuidade aos de outra pessoa e não sei se posso dar uma resposta concreta.

Porque sei que ele nunca me deixaria morrer, nem por ele, nem por ninguém. Minha vida aos seus olhos era o equivalente a mil outras almas e ele mataria uma por uma para que eu pudesse viver.

Mas a pergunta desde o início é: Eu morreria por ele?

Não.

Eu não morreria por um homem condenado ao inferno, eu não resumiria minha pífia e miserável vida a um homem que tem mais pecados que a bíblia um dia pôde constar.

Mas desde o dia em que o conheci não deixei de pensar no que eu faria caso ele morresse e a cartada instintiva de minha mente era dizer a mim mesma que não poderia fazer nada, o fim da existência de alguém não pode ser controlado por uma mera mulher dissimulada. Não tenho o poder da escolha, não posso decidir quem vai e quem fica, e honestamente, nunca quis ter tal poder.

Aceitar a morte das pessoas ao meu redor sempre foi um dom muito bem nutrido.

Mas por que eu estou na frente de uma bala por ele?

Mas por que eu estou na frente de uma bala por ele?

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𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋, toji fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora