SAN

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Finalmente o dia em que viajariam chegou. No dia anterior acabaram por fazer um grande passeio de despedida, com direito a bolos e presentes, e agora eles estavam no aeroporto junto a Hisashi. - Que tinha chegado a dois dias e também havia participado da despedida, aproveitando assim com sua esposa também.

- Vê se não faz besteira e se comporta lá pirralho. Se ele fizer merda pode mandar ele de volta Hisashi. - Disse abraçada a seu marido, os encarando. O homem riu.

- Pode deixar Mitsuki-san. Foi legal encontrar você também Masaru-san, obrigado por cuidar da minha mulher e de meu filho. - Fez uma reverência respeitosa.

- Não há de quê meu amigo, apareça mais vezes quando puder. - O homem assentiu, retribuindo de leve a reverência.

- Tchau querido, vão com cuidado. - Deu um selinho demorado em seu marido, que assentiu em seguida.

- Cuide bem do Izuku, Katsuki-kun. - Bagunçou os cabelos das duas crianças.

- Vou dar o meu melhor tia Inko! Tchau velha, tchau papai! - Acenou pra eles.

- Tchau titios! Tchau mamãe!! - Também acenou.

- Boa viagem! - Desejaram os que ficaram.

- Obrigado! - Responderam juntos os que saiam.

Com isso eles embarcaram no avião, com Katsuki e Izuku insistentemente dividindo uma única poltrona que ficava na janela, o que não foi muito difícil, e Hisashi na cadeira ao lado deles, mesmo tendo seu próprio assento na fileira ao lado. - Com seu lugar original consequentemente ficando vazio.

Algumas boas horas depois eles finalmente chegaram, descansaram e logo foram para o carro do mais velho, que começou a dirigir enquanto conversava sobre algo sério com seu filho e sobrinho. - Na noite anterior, por terem chegado muito tarde em Tokyo, eles dormiram em um hotel.

- Pra onde está nos levando papai? - Perguntou ao ver o carro onde estavam se afastar mais e mais da cidade.

- ...Fiquei sabendo por sua mãe que você é um garoto extremamente inteligente Izuku, e aqueles testes que fizemos juntos via online só me comprovaram isso. - Falou fazendo o garoto arquear uma sobrancelha.

- Conversei com Inko, eu e ela achamos melhor que você fosse criado aqui por dois motivos. O primeiro por você ser Quirkless, assim você não sofrerá tanto se continuar com as outras crianças, e o segundo por sua inteligência mesmo com pouca idade.

- Onde quer chegar pai? - Perguntou curioso, sentia que vinha bomba por aí e que não poderia deixar nenhum detalhe escapar.

Hisashi os olhou pelo espelho do carro, vendo os dois garotos agarradinhos no banco de trás, logo voltando a falar. Era arriscado contar uma coisa dessas para duas crianças, mas Hisashi sabia o quão inteligente seu filho poderia ser. - Ou, sabia da metade de sua capacidade, pelo menos. - O homem suspirou.

- Em 1981 um animal, mais especificamente um cervo, foi encontrado com uma doença. - Começou, se concentrando também na estrada em que dirigia.

Porque diabos ele está nos contando uma história?

Bem, é normal animais possuírem doenças, eles são selvagens e tal.

- E antes que fale, sim, é normal animais selvagens nascerem ou adquirirem doenças. Mas diferente das outras, essa que a apelidamos de Doença de desgaste crônico era diferente.

- ...Diferente como? - Perguntou cada vez mais interessado.

Katsuki conhecia bem aquela cara que o esverdeado fazia e ficou um pouco confuso, mas nada disse.

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