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MAZEKIN ON

Acordei me sentindo estranha, o ambiente ao meu redor estava um pouco gelado e eu não conseguia sentir o calor da cama contra as minhas costas.

Quando eu assimilei onde estava, abri meus olhos respirando muito fundo.

Eu estava em pé no meio de uma sala onde outros comandantes costumavam ficar.

— tem alguém aí? - perguntei e minha voz fez eco.- Astra?

— aqui - a voz dela vibrou sobre a minha.

Segui até o outro lado da sala vendo ela sentada no chão com vários livros ao redor de si.

— vem, santa aqui - ela disse olhando para o tapete na sua frente.

Fui até ela e me sentei de pernas de índio na sua frente.

— faz tempo que a gente não se vê - falei lentamente.

— é verdade, desde que eu falei com você, pouco antes da luz te engolir, eu venho pesquisado nos livros de o porque você não conseguia falar com a gente e virceversa.

— eu conheci o meu pai, ou pelo menos sei quem ele é agora - falei e ela paralisou, tirou os olhos dos livros e olhou pela primeira vez nos meus olhos desde que eu tinha chegado ali.

— como é? - ela perguntou com uma cara de choque.

— eu meio que conheci o meu pai quando ela bebe e sei de algumas coisas dele, porque você está tão surpresa? - perguntei estranhando seu comportamento.

— v-voce conheceu o seu p-pai? Impossível - ela falou rápido e se levantando.

— o que tem de tão errado nisso? É o meu pai...- falei me levantando.

— esse homem é muitas coisas menos o seu pai - ela falou gesticulando nervosamente enquanto guardava os livros.

— você sabe quem é o meu pai? E não me contou durante esse tempo todo?! - falei com raiva.

— me escuta, você não vai querer conhecer o seu pai Mazekin. - ela falou se aproximando - esse homem foi proibido de te ver por um motivo.

— que motivo?

— eu-eu não sei direito, mas ele é louco Maze, e mataria qualquer um para poder te ver novamente. - ela falou dando as costas para mim.

— Drake ou Drogo - falei.

— o quê? - ela virou para mim assustada.

— o nome dele, é Drake ou Drogo? - falei novamente e com mais calma.

— seu pai tem muitos nomes, mas o que ele se referia de "nome humano" é Drogon Velaryon - ela falou quase tremendo.

Senti ela respirar fundo e olhar para mim novamente como se isso fosse a coisa mais difícil do mundo, ela arregalou os olhos e se afastou alguns passos quando me olhou.

— o que foi? - perguntei estranhando seu comportamento.

— seus olhos...- ela falou tremendo - eles sempre foram assim?

— não, depois que eu voltei um deles de tornou vermelho mas eu enxergo normalmente - falei.

— impossível, falaram que seria prática impossível você herdar os olhos do seu pai. - ela falou se recompondo.

— meu pai tem olhos vermelhos e minha mãe, Halena, tinha olhos roxos. Meu filho do meio tem os olhos roxos e minha mais velha tem um dos olhos roxos também, meu mais novo tem olhos cinzas.

— é bem capaz que Lucerys tenha olhos vermelhos também...- ela falou se sentando em uma poltrona.

— eu nunca te disse o nome dele, como sabe?

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