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MAZEKIN ON

— ele está com 57 centímetros e 5kg - clarke disse colocando a roupinha no Sky novamente.

Respirei aliviada, sky estava crescendo normalmente e para um bebê de três meses e ainda por cima prematuro ele está a se desenvolvendo muito bem.

Era cedo quando viemos aqui para o hospital, Ayla estava maio chateada e não quis ir para a escola então deixamos ela em uma sala para esperar o irmão ser examinado.

— eu espero que ele cresça pelo menos de 5 à 7 centímetros no próximo mês e você precisa engordar mocinho - ela disse para nós e depois para o bebê em seus braços.

Sky estava bastante inteligente, ele seguia o barulho com a cabeça, ri de coisas bobas, movimentos agitados com os membros e é claro estava conseguindo ficar de bruços.

— então ele está bem? - Ryan perguntou pegando o bebê no colo.

— está - clarke disse rindo.

Saímos da sala aliviados como sempre, enquanto Ryan saía do hospital eu buscava Ayla na salinha para irmos para o treino.

— vamos filha? - eu a questionei e ela só me olhou e levantou da cadeira que estava sentada e saiu na minha frente.

Estranhei seu comportamento mas deixei passar, ela tinha acabado de fazer 5 anos e estava com todos os sentimentos a mil.

Chegamos na sala de treinamento e Octávia junto com Luna já estavam lá esperando ela.

— o que deu nela? - Luna estranhou Ayla entrar na sala toda quieta.

— eu não faço ideia, se acontecer alguma coisa me chama.

Lexa sempre me conta de como eu era instável depois que eu fiz 4 anos, ela diz que eu sempre fui uma criança instável e não seria a toa que eu já matava algumas pessoas com 3/4 anos.

Meu treino foi super tranquilo e nós sempre inovamos o jeito de como eu treino.

— MAZE! mazekin! - ouvi a voz de Octávia gritar atrás da porta.

Olhei para aden e abrimos a porta juntos, Octávia parecia meio em choque e atrás dela eu conseguia ver luna com mais três crianças fora da sala e duas delas estavam com o nariz sangrando.

— ela deu uma surtada e está lá dentro, não quer que ninguém chegue perto. - Octávia disse olhando para a porta.

Entrei na sala muito lentamente, apesar de ser minha filha sei das coisas que ela pode fazer.

Ela estava sentada no chão com as pernas abertas e com uma mini adaga na mão, ela ficava várias vezes no chão, repetidas vezes.

— filha...

— vai em bora - ela disse baixo e lentamente.

— não! - eu disse e me sentei no chão encostada na parede.

— vai em bora...vai em bora! VAI EM BORA! - ela disse gritando cada vez mais alto e conforme sua voz aumentava ela chorava e o ambiente tomava um ar diferente.

Me levantei do me lugar e a segurei firme até ela parar de se debater.

— eu tô aqui...eu sempre vou estar aqui

Eu beijei sua testa e logo o único som que testava era do seus soluços.

— me desculpa... - ela disse chorosa e eu a coloquei no meu colo a abraçando.

— pelo o que meu amor?...

— por matar a Kie...me desculpa mamãe...

Assim que ela disse isso eu senti meu corpo gelar, ela nunca tinha falado o nome da irmã depois que a mesma faleceu.

Children of Night/Onde histórias criam vida. Descubra agora