𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒏𝒐𝒗𝒂

5.9K 104 44
                                        

POV TONI

Joguei as chaves em cima da mesa central e dei passos lentos em meio a sala. Ouvi barulhos estranhos no andar de cima. Quando percebi a presença de mais de uma voz, estranhei imediatamente, já que pensei que estaria sozinha com Cheryl, que veio passar uns dias aqui em casa enquanto meus pais foram viajar.

— Cherry?! – chamei, de maneira desconfiada.

Deixei meu casaco em cima do sofá e caminhei em direção às escadas que levavam ao andar de cima. Os barulhos se tornavam mais altos a cada passo que eu dava para mais perto. Aos poucos fui filtrando o barulho na medida em que eu me aproximava. Eram gemidos.

Sim, Gemidos.

Aquilo me aterrorizou... até eu perceber que de gemido real havia apenas o dela, o outro provavelmente estava vindo do alto-falante do notebook. Era exatamente o que eu estava pensando e tive a certeza quando observei pela pequena fresta da porta do quarto de hóspedes.

Meus olhos enxergaram a figura de cabelos soltos, cabeça arqueada, a boca entreaberta e os olhos pressionados numa expressão de prazer genuíno. Ela prendeu um gemido ao deslizar seu dedo por seu sexo e os gemidos do vídeo pornô continuavam. Seu cabelo estava levemente bagunçado e suas pernas totalmente abertas enquanto seus dedos da mão direita passeavam e exploravam sua entrada molhada, fazendo movimentos circulares que hora ou outra lhe dava espasmos repentinos.

Aquilo subiu a temperatura do meu corpo de forma imediata. Eu estava puro torpor, sem conseguir tirar meus olhos do que eu via ali. Mordi meu lábio inferior, tentando controlar apenas com esse gesto a excitação que eu passei a sentir, enquanto me repreendi mentalmente por estar olhando daquela maneira.

Eu não deveria estar fazendo aquilo. Ela estava entregue sozinha, pensando que não tinha ninguém em casa, mas a porta entreaberta, as pernas perfeitamente abertas em direção à entrada do cômodo e os gemidos audíveis me fazia pensar que aquilo foi propositalmente feito daquela maneira, mas esse pensamento foi logo afastado por um eu interior que me gritava o quanto era errado.

Eu podia sentir o coração batendo contra o peito. Sentia o que antes era incômodo, passando a virar pontadas em meu sexo e logo me senti úmida.

Voltei a observar a situação. Ela brincava com seus dedos na área sensível de seu clitóris, mas quando pareceu achar o ponto do ápice, os movimentos se aceleraram e sua expressão ficou cada vez mais intensa. Um gemido preso na garganta e ela arfou com tanta intensidade como se aquilo pudesse realmente controlar sua excitação. Seu corpo se arqueou na cama, seu peito descia e subia freneticamente, ela mordeu seu lábio inferior e em seguida soltou um gemido manhoso e arfado, finalmente alcançando seu orgasmo. Olhando dali, parecia até o melhor orgasmo de sua vida. Aquilo foi música para meus ouvidos.

Quando seus músculos se relaxavam aos poucos, ainda de olhos fechados, ela sorriu genuinamente e eu lubrifiquei meus lábios, com vontade de tê-la. Nem a cena pornografica mais realista do mundo poderia ser melhor do que aquela que eu acabara de ver. Seus dedos estavam encharcados por sua umidez.

Após aquele momento de adrenalina, meu rosto começou a queimar, e eu não sabia se era de vergonha ou o ardor do desejo que ainda percorria pelo meu corpo. A última coisa que a vi fazer foi guiar seus dedos molhados até sua boca, sugando-os devagar. Aquilo foi o estopim. Corri dali direto para o banheiro do meu quarto, tirei minhas roupas e me enfiei no chuveiro de água fria.

Aquilo era errado de milhares de formas. Cheryl era minha prima, Deus do céu. Era pra ser apenas férias escolares, não um fetiche de site pornô.

— Tee? – meu corpo estremeceu e eu apenas me calei, enquanto sentia as gotas geladas descerem pelo meu corpo – Tee-Tee?! Tudo bem?

𝚘𝚗𝚎 𝚜𝚑𝚘𝚝 • 𝖼𝗁𝗈𝗇𝗂/𝗆𝖺𝖽𝗇𝖾𝗌𝗌𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora