Capítulo 4 (jamais vai ser)

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Acordo em meio a madrugada com o enjôo de sempre, praticamente toda madrugada era isso, Julia estava com seu braço em minha cintura e eu a tiro devagar saíndo da cama indo até o banheiro, acabo vomitando tudo que eu tinha comido na janta, eu já estava até acostumada com isso, mais que era cada vez pior era e eu já estava ficando cansada disso, já estou quase no final da gravidez e nada desses enjôo passar, resolvo descer tomar uma água, desço as escadas e vou até a cozinha pegando um copo de água e bebendo

- oque está fazendo acordada?

-alguém diz e eu pulo olhando para traz assustada, no escuro observo lentamente vendo que era irmão da Julia-

Alice- você sabe que grávida não pode levar susto né -digo suspirando com a mão no peito-

Guilherme- desculpa, não foi minha intenção só achei estranho estar sozinha aqui essa hora no escuro

Alice- praticamente toda madrugada eu fico enjoada e acabo passando mal, aí desci tomar uma água -mostro o copo pro mesmo-

Guilherme- e agora está melhor? -ele me olha mais logo olha para minha barriga que estava a mostra pela blusinha minúscula da Júlia que eu estava vestida-

Alice- agora estou -deixo o copo na pia-

Guilherme- então tá -ele diz e me dá as costas- da próxima acende a luz para que isso não aconteça novamente

-observo o mesmo saindo da cozinha, e em meu pensamento me pergunto, -será que ele é sempre assim mal humorado?-, saio dos pensamentos e resolvo subir, subo e me deito e acabo pegando no sono novamente-

Já no outro dia eu acordei cedo e tive que ir pra casa pois tinha que ir pro médico fazer alguns exames, minha mãe quis me acompanhar, passamos no médico e estava tudo certo com minha bebê inclusive estava super saudável e grandinha, eu já não aguentava mais a ansiedade pra ter ela aqui comigo, por minha sorte só faltavam mais três meses, que eu espero que passe rápido, -chegamos em casa e minha mãe teve que voltar pro hospital onde trabalhava, mando mensagem pra Júlia avisando que tinha dado tudo certo no médico e resolvo ir tomar um banho, depois me deito para dar uma descansada pois meus pezinhos já estavam inchados-

*Guilherme on*

Acordei e já tive que ir pro escritório resolver algumas coisas da empresa, mal cheguei e já estava com várias papeladas para ser resolvido, por sorte tinha meus secretários que me davam uma força enorme, passei a tarde lá e consegui resolver a metade das coisas, não parei nem para comer, deixei o escritório e fui pra casa, chegando lá vou direto pra cozinha me alimentar até porque saco vazio não para em pé, depois disso subo tomo um banho e me deito, me pego a pensar na madrugada de ontem, pensei se teria sido muito grosso com a amiga de Julia, ela era até que bonitinha seus cabelos loiro olhos cor de mel, só achei estranho o fato de parecer tão nova e estar grávida, mais quem sou eu para pensar algo sobre isso né

*Alice on*

Dormi durante a tarde e só acordei porque minha mãe me chamou para jantar eu desci e nos sentamos juntas para comer

Helena- eai filha conheceu o irmão da Julia?

Alice- sim -digo enfiando uma garfada na boca-

Helena- e oque achou?

Alice- ele é bem bonito, só parece ser frio e mal humorado

Helena- porque acha isso?

Alice- sei lá, ele não pareceu ser muito de conversa e ficou mais na dele

Helena- a filha ele acabou de chegar né deve estar se adaptando ainda

Alice- é mesmo -sorrio fraco pra mesma e continuo a comer-

Helena- e Julia como está?

Alice- estar super feliz, acho que nunca vi ela dessa forma, mais diz que sente falta do irmão alegre de antes e que ele mudou bastante

Helena- então ele deve ter mudado mesmo, provavelmente passou por algumas coisas pra estar assim

Alice- ela disse que foi depois da morte da mãe, mais eu não entendo, não tenho meu pai aqui e nem por isso sou fria e mal humorada

Helena- mais filha não são todos que sabem lidar bem com essa situação, talvez pra ele tenha sido mais difícil,

Alice- e pra mim não foi?

Helena- não é isso que estou dizendo, mais você soube lidar de uma certa forma com isso e ele talvez não

Alice- é pode ser -termino de comer e me levanto colocando o prato na pia- vou subir estou cansada

-ela acente, dou um beijo na mesma e subo pro meu quarto me deitando fico assistindo até adormecer-

*Julia On*

-Desci para jantar com meu pai e meu irmão, os dois já estavam na mesa, eu tiro minha comida e me junto a eles que estavam totalmente quietos comendo-

Julia- saudades de quando a mesa do jantar tinha ânimo -digo enfiando uma garfada na boca-

Júnior - do que está falando filha?

Julia- quando a mamãe estava aqui a mesa era sempre animada, hoje vocês malmente olham um para o outro

-digo e Guilherme me olha sério-

Guilherme- as coisas não são como antes Julia, aprenda a aceitar isso, jamais vai ser -ele empurra o prato e se levanta-

Júnior - termina de comer filho -meu pai diz olhando para ele-

Guilherme- perdi a fome! -ele diz e se retira da cozinha-

-meus olhos começam a aguar e meu pai se aproxima me abraçando-

Julia- porque ele se tornou assim pai? -deixo a lágrima escorrer-

Júnior - Algumas pessoas são assim filha, depois que perdem alguém que ama muito se tornam frios, ainda é difícil pra ele temos que entender.

Julia- pra mim também é difícil pai, eu sinto falta da mamãe todos os dias mais nem por isso sou como ele -ele segura em meu rosto-

Júnior - talvez pra ele tenha tocado de uma forma diferente, vamos ter paciência com o tempo mudamos isso nele -ele diz e beija minha testa- agora come, não fica assim depois vou falar com ele

-acento e continuo a comer minha comida, termino e subo para meu quarto me deito e lá eu me acabo de chorar, eu não aceitava o porquê minha mãe nos deixou, depois que ela se foi tudo mudou, no início meu irmão cuidou de mim no que me fez se confortar, mais depois que ele foi trabalhar fora tudo mudou novamente e agora eu tinha esperança de que ele ia voltar e poderíamos ter algo bom de novo, mais não está sendo como imaginei, parece que meu irmão doido, brincalhão e feliz se foi junto com ela e nos deixou um Guilherme sério, triste e mau humorado.

*Guilherme On*

- depois da leve discussão no jantar eu fui pro meu quarto me deitar, eu não conseguia entender como Julia conseguia ser tão alegre e bem e querer ver os outros como ela, depois que minha mãe se foi eu não conseguia mais ver sentido em nada, apenas entreguei minha vida pro trabalho, eu não conseguia mais ver felicidade nas coisas, eu estava feliz por poder estar perto do meu pai e minha irmã novamente, mais tudo isso aqui a casa, os móveis a Júlia me lembravam ela, eu me arrependo por ter se tornado tão frio e distante mais no momento talvez eu não consiga mudar isso, mais pode ser que estar perto deles novamente me ajude um pouco.

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