O Amor Vence

Capítulo 9

Guilherme

Eu estava sem sono, parei para pensar nas lembranças desse lugar, do quanto minha família já foi feliz aqui, observo as coisinhas que minha mãe amava deixar organizado na sala, e estava desajeitado, me aproximo deixando o quadro da nossa família linda e feliz no lugar que ela gostava, é incrível como tudo aqui me fazia lembrar dela, e agora era tudo apenas lembranças, -resolvo sair tomar um ar, vou para parte da piscina que eu mais gostava e de longe observo Alice sentada num canto sozinha, achei isso estranho e resolvi ir verificar-

Guilherme- você tá bem?

-percebo que ela limpa o rosto rapidamente disfarçando e me aproximo mais-

Alice- tô bem sim -ela diz com a voz falhando e vira o rosto pro outro lado-

Guilherme- certeza? Porque está chorando? -me preocupo e sento ao lado da mesma que se faz desconfortável-

Alice- relaxa, é coisa minha -ela continua a não me olhar-

Guilherme- quer conversar? -dessa vez ela me olha-

Alice- não quero te deixar mal com coisas minhas, obrigada vou subir tá tarde -ela vai se levantar mais eu seguro em seu braço e ela me olha sem entender-

Alice

Eu levei um susto quando vi Guilherme se aproximando e tentei disfarçar o máximo possível, mais não adiantou ele notou que eu estava mal, eu não queria que ele soubesse das coisas que eu passo, das coisas que pesam na minha mente, então eu só disse que estava bem e resolvi entrar, -mais o mesmo segurou meu braço e eu olhei sem entender o ato-

Guilherme- tem a ver com sua bebê?

-ele continua me segurando e eu resolvo sentar novamente, concordando com a cabeça-

Guilherme- bom eu não sei nada sobre você, Julia me contou um pouco mais imagino que não deve ser fácil -ele diz me olhando-

Alice- E realmente não é - digo olhando para o mar-

Guilherme- você não devia se cobrar tanto -ele olha pra onde eu estava olhando-

Alice- eu queria muito, mais certas coisas pesam muito na minha mente

Guilherme- você é nova ainda, olha o tanto de coisa que você já aguentou, realmente acho que ter filho é uma responsabilidade enorme, ainda mais nova e quando não tem alguém do lado, mais olha a onde você tá tudo que já aguentou, tenho certeza que consegue mais que isso, isso tudo é passageiro, logo você tá com sua menininha aí feliz da vida

-ele diz sério e suas palavras tocam meu coração de forma quentinha, é incrível como as vezes a gente só precisa ouvir certas coisas para acalmar nosso coração, mais não imaginava que o irmão chatinho da Julia seria capaz disso-

Alice- obrigada por tudo que disse, você tem razão -sorrio pro mesmo e sinto minha bebê chutar segurando na barriga-

Guilherme - tá de boa -ele se levanta sério, sem me olhar- melhor você entrar tá esfriando

Alice- tá, eu já vou

-ele me dá as costas e não diz mais nada se retirando, é incrível como o humor dele muda rapidamente, mais pelo menos conheci bem pouquinho do seu lado legal quase nada mais conheci, resolvi entrar e subi pro quarto, Julia estava do mesmo jeitinho, então apenas me deitei com ela e fiquei nos pensamentos até pegar no sono-

***

O dia amanheceu e abri os olhos lentamente sentindo alguém acariciando minha barriga, com a visão embaçada observo Julia deitada sobre mim conversando com Liz, ela me olha percebendo meu movimento e sorri-

Julia- achei que não ia mais acordar -ela diz com a voz de sono-

Alice-demorei pra dormir ontem -digo e acaricio o cabelo da mesma-

Julia- posso saber o porquê? Liz que não deixou foi? -ela acaricia minha barriga-

Alice- foi sim -sorrio, mentindo pra mesma-

-fazemos nossas higiene matinal e descemos tomar café, pai da Julia estava na pia fazendo alguma coisa e Guilherme estava na mesa tomando seu café, ele nos olha quando chegamos mais desvia o olhar no mesmo momento-

Júnior- tá tudinho aí na mesa meninas, podem se servir

-concordamos Julia da um beijo no rosto do pai dela e nos sentamos se servindo, Guilherme não disse nada e logo se retirou indo pra sala, terminamos nosso café e subimos pro quarto colocando um biquíni dessa vez coloquei um pretinho, descemos e não tinha ninguém na sala, saímos da casa e fomos pro mar, se sentamos na areia e dessa vez tinha um povinho por ali-

Julia- olha ali que gatinho -ela olha em direção a um menino que estava com uns amigos em nossa frente-

Alice- gatinho mesmo, gatinhos né -sorri olhando para ela-

Julia- foi isso que eu pedi pra Deus -ela diz zuando-

Alice- eu já quero é longe de mim -digo estendendo minha toalha deitando-

Julia- você é chatinha em -ela me olha com carinha feia-

Alice- tô errada? -ela acente- homem só da trabalho

Julia- bastante, mais não só isso -ela sorri de lado-

Alice- vai lá bobinha pede o número

Julia- vem comigo -ela sorri-

Alice- vou nada, não sirvo mais pra isso -ela ergue a sombrancelha-

Julia- você tem apenas 17 anos menina

-rio-

Alice- e vou ter uma filha

Julia- isso não te impede de nada -diz brava-

Alice- penso diferente -fecho meus olhos pela claridade do sol-

Julia- bom, eu vou lá já volto

Alice- tá

-rio e olho para ela indo em direção dos meninos, Julia estava com a feição bem mais feliz dês de que viemos pra cá, acho que é pelo seu irmão estar se soltando um pouco, ontem mesmo ele passou o dia com a gente e finalmente vimos ele sorrir um pouco. depois de um tempo ela volta animadinha e se senta-

Alice- eai?

Julia- consegui pô, eles são daqui, inclusive o amiguinho se interessou em você

-rio num tom não tão alto-

Alice- tô fora, mais que bom que tu conseguiu, pegou do bonitinho mesmo?

Julia- sim, na verdade ele pegou meu número e diz que depois chama, ele me olhou de uma forma, que cheguei a me arrepiar

Alice- tá vendo Liz como sua tia é -sorrio e olho pra minha barriga-

Julia- vai se acostumando Liz, vou te arrastar comigo -ela beija minha barriga-

Alice- a vai sim

-ficamos um tempo ali, depois subimos almoçar, não vi muito Guilherme e pai de Julia hoje, ela me disse que eles tiveram que fazer uma reunião de urgência e tavam focado nisso, sorte da Julia que vim junto se não a coitadinha ia ficar num tédio só-