Capítulo 18

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-A gente desceu e já estavam todos lá, Julia foi comprimentar o povo, estavam apenas alguns amigos do seu Boyzinho  Luis, seu pai, Guilherme, Luisa e algumas amigas dela ali da praia, eu não conhecia praticamente ninguém, então fui me sentar aonde seu júnior estava, olho para Guilherme que estava todo estiloso, com uma calça jeans clara e uma camiseta preta com sua linda correntinha no pescoço, quando me notou seu olhar também veio sobre mim me observando, mais logo desviou o olhar-

Junior- ela está tão linda, como a mãe dela -ele diz olhando pra julia-

Alice- está sim tio -sorrio olhando pro mesmo-

-ele se levanta e vai parabenizar sua filha-

-depois do parabéns, seu júnior e Guilherme subiram deixando apenas a gente ali, a gente já tinha dançado tanto eu pelo menos estava tentando pois a barriga gigante me deixava sem ar, fiz amizade com as outras meninas dali, e a gente curtiu dançamos , conversamos sobre várias coisas, alguns amigos do Luis tentavam se aproximar mais eu fingia não ver-

Guilherme...

- quando Julia chegou com Alice, eu não pude deixar de admirar, Julia estava linda, era incrível como ela é idêntica a minha mãe era como se eu estivesse vendo ela ali, Alice do lado dela também me chamou atenção, acho que ainda não tinha visto ela assim tão arrumadinha, seus cabelos loiros ondulados com o vestido azul claro, ela tava linda e conseguiu me fazer achar a mesma atraente-

-depois que fiquei um pouco ali, Luisa quis subir pois disse que estava cansada então eu fui fazer o mesmo, entreguei o presente da minha irmã e subi, pois estava meio mal com certas coisas-

Alice...

-Eu acho que a comida e a dança acabou me enjoando então eu subi correndo pro banheiro sem nem pensar, vomitei tudo oque eu tinha comido e mais um pouco, eu odiava quando isso acontecia, me sentei ao lado do vaso tentando conter minha respiração que estava pesada até que alguém entra, levo um susto mais olho vendo Guilherme em minha frente-

Guilherme- você tá bem? -ele se aproxima assustado-

Alice- os enjoos ainda não acabaram -digo e me levanto indo até a pia lavando o rosto-

Guilherme- te vi entrando correndo e resolvi vim ver, acha que fica até o final?

Alice- eu já estou praticamente no final, e nada disso passar  -digo e olho pra ele através do espelho-

Guilherme- bom vou indo

-ele diz e fecha a porta, lavo o rosto novamente e desço indo até o povo de novo- a gente aproveitou mais um pouco a festa, quase todos já tinham ido embora, Julia já não estava mais alí me disse que ia dar um volta com Luis e se eu queria ir também  mais neguei pra deixar a gatinha aproveitar o resto da noite dela, tinha sido uma maravilhosa festa de aniversário acredito que ela aproveitou bastante- decidi ir até o mar, segui caminho até ele e me sentei na areia sentindo a água gelada na ponta dos meus pés, a maresia passava sobre meu rosto, e o luar iluminava alí, segurei em minha barriga e comecei imaginar eu e minha filhinha ali- quando chegamos na pré final da gestação era como se o tempo parasse, faziam sete meses da minha Liz na barriguinha, mais pra mim era a sensação de  estar um ano grávida haha, eu não via a hora de ter ela aqui  comigo nos meus braços, mais ao mesmo tempo eu tinha medo, medo de não conseguir ser o melhor e suficiente pra ela, mais vou me esforçar o máximo para ser -fico ali um tempo observando o mar e acariciando minha barriga sentindo os chutinhos que ela dava uma vez ou outra, até que sinto alguém se sentar ao meu lado, olho lentamente vendo Guilherme ali-

Guilherme - por que está aqui sozinha? -ele diz olhando para o mar-

Alice- Julia foi dar uma volta, eu estava cansada então quis ficar -ele acente- porque não está com a Luisa?

Guilherme- ela está dormindo

Alice- deveria estar com ela -ele me olha-

Guilherme- sabe que eu e ela não temos nada né?

Alice- não é oque parece

Guilherme-  ela é apenas minha ajudante do trabalho, e estou sem sono

Alice- hum, entendi -digo e volto atenção pras ondas em minha frente, não tava entendendo, ele não olha pra minha cara praticamente nunca aí do nada tá aqui comigo como se nada acontecesse-

Guilherme- posso te fazer uma pergunta?

-acento sem entender-

Guilherme- se não quiser não precisa responder 

Alice- relaxa, pode perguntar

Guilherme- você não sente falta de alguém ao seu lado? -ele diz me encarando e eu também encaro o mesmo pensativa por um tempo- esquece oque eu perguntei vai -ele vai se levantar mais eu seguro em seu braço-

Alice- na verdade no início eu até sentia, sentia muito, era difícil eu chorava todos os dias era como se faltasse algo alí, mais era apenas eu e ela, e com o tempo eu fui aceitando as coisas não são fáceis mais a gente tem que aprender a continuar mesmo sendo difícil, eu sei que talvez pra ela  eu não seja tudo oque ela precisa, mais ela se tornou tudo oque eu preciso e conseguiu preencher o vazio que ficou em mim, e de qualquer forma eu teria que seguir não por mim, mais por ela, mesmo sem alguém do meu lado

-ele me encarava seriamente parecendo que estava raciocinando tudo o que eu dizia palavra por palavra, não sei por qual motivo, mais me senti confortável em dizer tudo isso pra ele, o cara que na maioria do tempo fingia que eu não existia-

Guilherme- na verdade, eu acredito que nada prenchee o vazio que alguém deixa na gente, com o tempo a gente vai se adaptando e aprendendo a viver com a dor de não ter mais alguém ali, mais esquecer mesmo a gente nunca esquece

-ele diz e dessa vez vira o rosto, eu sabia exatamente do que ele estava dizendo e ficava triste por isso-

Alice- olha, na verdade nosso caso é um pouco diferente, você perdeu alguém muito especial, que te fez bem a sua vida toda e por mais que você queira, jamais isso vai deixar de doer, mais tem pessoas maravilhosas aqui pra te dar uma força com isso, já no meu caso eu não sinto mais dor não, era alguém que só me fez mal e me deixou traumas, e por sorte eu também tenho pessoas especiais que me dão uma força enorme, mais eu concordo super com oque você disse -olho para seu rosto que dessa vez tinha feição de triste, acho que ele talvez não estava sem sono e sim com pensamentos que não deixavam dormir-

Guilherme- quando eu vi Julia descendo toda arrumada, foi impossível não lembrar dela, sei lá é como se tudo aqui me trouxesse lembranças

-ele continua sem me olhar, e eu vejo sua mão apertando a areia, sem pensar seguro na mão do mesmo que relaxa na minha, ele era sempre tão duro que estava estranho vendo ele se mostrar frágil, ainda mais comigo-

Alice- acredito que sejam lembranças boas, sei que não é fácil e nada que eu diga aqui vai te ajudar, mais pensa na Júlia pensa no quanto a sua mãe deve estar feliz com vocês aqui todos juntos no lugar que vocês mais amavam

-ele olha para minha mão, e retira colocando a sua por cima da minha e me olha-

Guilherme- com certeza ela tá,  -ele olha nos meus olhos e eu sorrio pro mesmo que acaricia minha mão levemente- obrigada por tudo que disse Alice, pode ter certeza que sua filha mesmo aí de dentro já tá realizada com a mãe que tem, mesmo tão nova tão madura

Alice- obrigada Guilherme, quando quiser conversar e não tiver alguém, pode ter certeza que gostarei de te ouvir  -sorrio olhando pro mesmo, e me levanto me soltando da mão dele- agora vou entrar que está ficando frio

-ele apenas acente, e dessa vez eu que dou as costas pro mesmo indo pra casa-

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