6-Dia de ver o seguestrador

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Meus ouvidos não aguentava mais.Carol e sua irritante insistência.Suas perguntas me levava a loucura.

- Você não sente falta de ar puro não? - insistia dia após dia - Não acha entediante ficar aqui? - acho que já é a milésima vez que ouço esse mesmo questionamento - Como você consegue passar tanto tempo em um cômodo?

A maioria das suas perguntas é de propósito para me chatear.

as vezes ela mudava a frase,mas a deixando com o mesmo sentido ,percebendo a minha irritação,e quando eu não respondia, pior ficava ,repetia suas palavras contáveis vezes.

Eu acabei desistindo de passar meus últimos dias em um quarto velho,se eu não saísse, provavelmente ficaria louca.Mas ante de colocar o pé para fora,expliquei a Carol que eu ficaria envergonhada,e que chegaria a lacrimejar quando visse o sol de perto.

Eu esperava que ela falasse:que isso é uma coisa normal ,porém, ela pega pelo meu pulso e me puxa para fora do quarto,ela não olha nem uma vez para traz,teve um pouco de dificuldade de me arrastar pelo corredor ,coloquei todo meu peso para trás,freava com os pés;mas todo o meu esforço foi atoa.Mas na maior parte do tempo a maioria do nossos esforços são sempre atoa.

O corredor é cheios de quartos,ela me faz descer os degraus tropeçando em meus próprios pés, no último por pouco não caio.Finalmente ela para,da passos devagar,me levando até a cozinha,ela puxa a cadeira,e me dá um empurrão me fazendo sentar,coloquei meus braços sobre a mesa,enquanto ela passa a geleia no pão.

Olho melhor os detalhes da casa ,a sala não tem tv,apenas um enorme tapete de veludo,ao seu redor dois sofás,paredes com alguns quadros,que eu nãos conseguia entender seu significado,apertei minha vista para ver se realmente tinha mais um quarto de baixo da escada ,mas esse não tem porta e se eu me inclina se para o lado dava para ver que o quartinho está um breu .

Subitamente,balancei as minha pernas  na ponta do pé, estava tão sozinha ,mesmo com ela ali ,continuamente eu ficava mais nervosa,sabendo que a qualquer momento alguém irá aparecer,ficaria me olhando, só de pensar faz minhas mãos suarem ,senti meu coração como se estivesse sendo sufocado.Antes de entrelaçar minhas mãos e as colocá-las entre meus joelhos eu estralos todos os meus dedos.A mulher de mãos cheias,traz meu sanduíche, colocando-o  a minha frente,e senta ao meu lado.
Empurrei o prato para ela .

-Não tá com fome?- Neguei com a cabeça.

Eu sabia que nervosa daquele jeito não conseguiria mastigar nada,e só de imaginar se alguém  chegasse eu com certeza me engasgaria ,e se chegar alguém nessa hora;eu me mato ,sim eu me mataria ,nem que eu tivesse que subir encima da mesa e pular de cabeça.

Ela começa a comer ,rasgando o pão em pedaços com os dedos.Cada segundo que se passa , fica mais insuportável para mim,Carol comendo como se eu já tivesse sentado várias vezes ao seu lado ,eu entrando um caos ao lado de uma pessoa tão sossegada . Essa sensação me faz lembrar meu tempo de escola,em que era meu primeiro dia de aula ,em uma escola nova,com pessoas desconhecidas,que já formaram grupos uns com os outros .

Passos pesados começa a soar cada vez mais alto.Mordi meus lábios inferior freneticamente .Os passos cada vez mais perto de mim .Carol olhando para cada mordida que dava no pão,sem se importar com nada .“Qual é o problema dela?".O medo estar tomando conta de mim ,a vontade que tive foi de fechar meus olhos de imediato .Mas pensando melhor ,me acharia uma estranha .Eu fixo meu olhar na borda da mesa .A figura chegou nos degraus,por um breve tempo , não escuto seus passos.O ambiente entra em um silêncio mortal.

“ Tá me encarando, certeza." Os passos volta a ser ouvidos,estava vindo em direção a cozinha “tanto cômodo,e vem logo onde eu tô".-Pensei. "tá vindo, tá vindo."Mas  os passos se vira para o balcão.Senti uma vontade de dar uma espiada , porém o medo foi maior ,se seu olhar fixa com o meu meu ,vou ter um piripaque.
Prestei bastante atenção em cada barulho que seus movimentos fazia,alguns passos pra cá, e pra lá ,algum líquido sendo derrubado em um recipiente.Senti sua presença se aproximar .um rangido da cadeira sendo puxada,fazendo o vazio da casa se encher com o único som. “Ok,calma coração,agora é só ver o que estar por vim",os minutos se passaram e só se escutava cri,cri,cri.

“Ninguém vai falar nada?Vamos Carol quebra o silêncio.“Ficou dois dias falando que eu devia sair,para eu chegar aqui e você não abrir a boca " ,olho para Carol,quase que deixei  transparecer que levei um susto .Ela me olhava tão escancaradamente.“ Pare de me olhar assim , tá louca mulher” ,eu coloco uma expressão,como se a situação fosse normal,mas a vontade que tive foi de pular encima da sua garganta,e perguntar:se ela não sabia ser discreta?pelo menos se for olhar ,vira a cabeça para a frente e não para o lado"

Ficamos por um tempo transmitindo  mensagem pelo olhar.

-Fala logo.

-Pare de me olhar .

Viro minha cabeça vagarosamente,para o homem que tomava café ,em uma caneca com a boca tão larga que eu mal consegui ver seu rosto,finalmente ele termina de dar seus goles.

Meu olhar percorre pela sua face . “Tem traços afeminados ", meu olhar foi indo para baixo,de seu queixo,indo, indo; até voltar para sua pupila,com um estralo que o homem deu com uma de suas mão livres .De tanto ficarem me encarando ,eu senti uma grande vontade de rir, já estava sentido meus lábios se curvarem ,por sorte o homem volta a saborear seu café. ”Por que ninguém fala nada ? Por que estão esperando uma iniciativa minha?"

Senti uma leve irritação que cada vez aumentava,a olhar para o homem e ele bebe mais café,olho,ele bebe,e Carol que me olhava na cara dura .

- Por que estou aqui?-Minha voz quase sai como um sussurro .Ele olha e volta a molhar a garganta.
“Essa desgraça vai acaba morrendo de tanto tomar café,e essa é melhor entrar em uma competição em que fica encarando por mais tempo".

Amor selvagem -Romance LésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora