Capítulo 5

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Nossos pratos foram servidos, e eu sequei uma garrafa de vinho sozinha. Estava mais alterada, porém consegui me segurar porque era um restaurante chique. 

- Doutora Fernanda, como está? - Um senhor me cumprimentou passar no corredor.

Sorri de volta.

- Quer mais uma garrafa de vinho? - Antony perguntou balançando a garrafa vazia.

- Quero sim! - Respondi animada. Ele revirou os olhos.

Gostei de ver ele zangado, e se dependesse de mim iria passar muita raiva essa noite. 

- Vai ter um after na casa de um amigo no condomínio que fica na saída da cidade, o que acham? 

Rafael disse enquanto digitava no celular. Todos na mesa pareciam empolgados, menos Antony que continuava muito sério.

- Por quê está assim? - Me encostei nele e aos poucos coloquei a mão em seu colo, bem no volume da calça. Ele estremeceu.

- Não faz isso... - Sussurrou.

- Isso? - Provoquei apertando seu pau e sentindo ele crescer em minha mão. Segurei com vontade, mas com cautela para que ninguém percebesse o que estava rolando.

Antony se curvou para frente na tentativa de disfarçar o que estava acontecendo.

- Você não gosta de jogar? - Perguntei e apertei com mais força.

- Não me provoca assim...

Retirei a mão e depois ri. 

- Entendi seu jogo Antony, mas você achou uma que brinca melhor do que você! - Falei quase num sussurro.

- Você não sabe que eu quis te foder até não aguentar mais aquela noite? Quis muito, mas não ia fazer nada com você bêbada! - Disse. 

Avaliei a questão e realmente ele tinha razão. Isso era o mínimo que todo homem deveria fazer. Se eu tivesse me entregado a ele aquela noite, talvez não me lembraria de muita coisa depois e isso me deixaria mal. Mas não poderia deixar que ele ficasse por cima.

- Bom, agora pode fazer isso. 

- Com você bêbada de novo? - Retrucou e eu quis xingá-lo.

Mas que merda, pensei.

- Não estou bêbada! - Falei encarando-o. Realmente não estava, só um pouco mais alegre por causa das várias taças de vinho.

Ele riu.

- Se ficar bêbada, não vou te foder! - Disparou.

- Ótimo! Se não quer, tem quem queira. - Respondi e bebi mais um pouco de vinho. 

O jeito que ele falava me deixava louca. Nunca tive um homem para falar de forma suja como ele. E mesmo que sua insinuação fosse apenas na intenção de me comer e ir embora, eu queria aquilo. 

- E ai galera, vamos ou não? - Rafael perguntou.

Todos concordaram.

- Você vai Doutora? - Rafael perguntou.

- Não dizem que em todo lugar tem que ter uma médica caso algo ruim aconteça?

Assenti quando todos riram.

- E vocês terão duas! - Alice completou.

- Então não se preocupem. - Me direcionei para Antony. 

Ele riu com deboche.

- Quer que eu cuide de você também? - Brinquei e ele me empurrou de leve.

- Você está precisando de uns tapas nessa bunda gostosa! - Antony disse e aquilo me desconcertou completamente.

Tudo é feito para ser QuebradoOnde histórias criam vida. Descubra agora