04 | Só um beijo

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BEN...

Bato a porta do meu carro com o ódio circulando nas minhas veias, a recém descoberta que Helena perdeu a vingindade com o GH me deixando mais puto do que deveria.

— Desgraçado! - grito boladão, levando um tempo pra me acalmar antes de puxar o celular do meu bolso tentando ignorar os vários pensamentos que invadem a minha mente quando eu coloco o aparelho no suporte e desbloqueio, indo no aplicativo de rastreamento da bolsa dela que por mais doidinha que seja, nunca tira das suas costas.

Vejo o pontinho se movimentar rapidamente pelas ruas do Rio e ligo o carro, saindo rápido pela rua, ignorando tudo pra ir atrás dela.

Mais uma vez.

Meu maior medo nesse momento sendo o Jean fazer mal pra ela.

Falar pra tú, maldita foi a hora que o Russo não deixou o Teco morrer no passado, bagulho tão simples evitaria metade dos meus problemas.

Aquele filho da puta além de ficar na minha cola e na do Russo ainda fez mais um filho pelo mundo que só serve pra encher o cú de drogas e vim se crescer pra cima da Jade, que é a mais indefesa da família.

E como a Helena tem o defeito do pai dela de achar que é peito de aço, compra todas as brigas da prima pra si.

A garota é malucona mermo, peita qualquer um sem se importar se vai ou não dar conta de sustentar o caô.

Milagrosamente, ela sempre dá.

Aperto o volante quando vejo que o pontinho parou na entrada do Vidigal e acelero mais ainda, passando a mil pelo carro que eu tenho certeza pertencer ao Russo.

De longe eu vejo as duas motos sendo levantadas do chão pelo Sabiá e o Gege, meu coração faltando sair pela boca quando eu vejo a mochila dela no ombro do primeiro.

Caralho.

Paro o carro perto deles e desço travando as portas.

— Cadê ela? - me aproximo fazendo toque com o primeiro e quando vou fazer com o segundo, ele me puxa pra um abraço, beijando o meu pescoço. — Sai, maluco! - empurro ele.

Gege - O homem tá cheiroso, cê é louco! Vai bem pro puteiro depois daqui, né? - passo a mão no local como se limpasse a saliva dele e o encaro esperando pela resposta.

Não tô pra brincadeira, não enquanto não saber se ela está bem.

Sabiá - Ela tá bem, pô. Relaxa aí. - engulo a saliva ao ouvir o carro parar do meu lado e o Russo descer dele.

Russo - Cadê a minha filha?

Gege - Tá descendo a madeira no Jean, alí no beco de cima. Barriga e Tucano segurando o fodido e ela batendo.

Ouço e sigo atrás do mais velho quando ele sai em disparada na direção que a filha dele está. 

Helena - Eu não te falei que era pra ficar longe dela? - ela grita e em seguida, o fodido, quando o som de algo caindo soa pelo beco escuro. É difícil enxergar por estar de noite e a lâmpada do beco estar quebrada, mas eu ainda vejo sua sombra. — Qual a dificuldade em me obedecer, seu merda? Porque não se cresce pra cima de mim? Ãn?

Jean - Para, Leninha! Sabe que eu nunca triscaria em tú, porra!

Helena - Mas triscou na Jade que é sangue do meu sangue. Do teu também, mas tú fez questão de socar essa informação no cú quando saiu lá de Ipanema pra subir o morro atrás dela.

Eu só vejo o pedaço de madeira na sua mão subindo e descendo enquanto ela fala aos gritos.

Russo - Já chega, Helena! - ele grita por cima da voz dela.

PRAZER PROIBIDO [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora