Acaso uma expressão em português que significa "aleatoriamente", "sem rumo", "sem intenção prévia". Mas nada acontece por acaso, ou acontece? Será que não tem um dedo de destino ali?Simone
Desperto lentamente sentido um peso sobre meu corpo, respiro fundo e sinto aquele cheiro maravilhoso se fazer presente. Pisco algumas vezes me acostumando com a claridade que adentrava o quarto através das janelas, havíamos esquecido de fechar as cortinas. Dou um sorriso olhando para Soraya que me agarrava com certa força, sua pele bronzeada se contrastando maravilhosamente com a minha pele pálida, nossos corpos nus em um encaixe perfeitamente confortável. Seus cabelos estavam espalhados pelo meu ombro e sua respiração tranquila em meu pescoço causavam leves arrepios pelo meu corpo.
Puxo o lençol para nos cobrir assim que ouço leves batidas na porta, Soraya resmunga mais não acorda.
- Entre!- falo passando uma das mãos no cabelo e vejo Maria Fernanda por a cabeça para dentro do quarto, minha filha sorrir e entra fazendo o mínimo silêncio possível.
- Bom dia, mamãe, desculpe incomodar!- ela diz baixinho parando ao lado da cama se curvando para deixar um beijo em meus cabelos.
- Bom dia, meu amor! O que te trás até aqui?- pergunto segurando o lençol com mais força cobrindo minha nudez e a de Soraya.
- Dona Fairth ligou, exige sua presença na fazenda no próximo fim de semana, é final de safra e você sabe o quanto isso é importante para ela!- minha filha diz e eu aceno positivamente, minha mãe tem essa tradição de comemorar o final da safra desde que começou a tomar conta das nossas fazendas.
- Exige? Sua avó e as exigências dela! Algo mais?- pergunto deslizando os dedos pelos cabelos de Soraya, minha filha resmunga e acena positivamente com receio.
- Só talvez eu tenha dito que você iria levar uma amiga!- Maria Fernanda diz sorrindo sem graça e eu reviro os olhos.
- E sua avó, o que disse?- pergunto olhando para Soraya que resmunga baixinho enfiando o rosto mais ainda em meu pescoço.
- Nada, disse que todos são muito bem vindos nas fazendas dos Nassar Tebet!- minha filha diz sorrindo e eu aceno positivamente, havia contado para minha mãe sobre Soraya assim que cheguei em casa aquele dia porquê ela estava na sala da minha casa me esperando, ela meio que quase surtou mas depois ficou tudo bem.
- Certo. Eu tenho muito o que fazer aqui em Brasília, mas sei que se não comparecer a essa festa é capaz dela me bater!- falo e minha filha sorrir acenando positivamente. Tradições são importantes para a dona Faith, ela só aceita nossa falta quando o assunto é saúde, tirando isso somos quase que obrigados a comparecer.
- Vou preparar o café da manhã!- Maria diz e eu aceno positivamente, ela sorrir e se afasta saindo do quarto.
- Medo de apanhar da mãe, Simone?- Soraya pergunta com voz rouca e dou um sorriso deslizando os dedos por suas costas.
- Tenho, a senhora Nassar Tebet tem a mão pesada!- falo sorrindo observando ela se afastar lentamente e sentar em meu colo.
- Imagino que tenha!- ela sussurra e dou um sorriso segurando seu rosto entre minhas mãos, a puxo levemente fazendo nossos rostos ficarem quase colados.
- Mamãe, então, você vai ter que fazer o café da ma...nhã!- Maria Fernanda diz abrindo a porta abruptamente e seguro o corpo de Soraya contra o meu para esconder nossa nudez.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Acaso
FanfictionBom, uma pequena estória para fortalecermos esse shipper supremo. Essa estória se dar após o último debate. Ambas se encontram no aeroporto e diferente de Simone, que exalava uma tranquilidade invejável, Soraya se alterava com uma equipe que havia s...