Capítulo 17

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Narrador

Voltaram para Brasília no dia seguinte após uma a reunião que Soraya tinha. Deixaram Eduarda em casa e seguiram direto para seus respectivos locais de trabalho, Simone teve sua presença requisitada pelo presidente Lula e Soraya precisava está presente em uma votação no senado, ambas estavam cansadas porém tinham deveres a cumprir.

Soraya cumprimentou alguns colegas e logo se sentou em seu lugar de sempre, a bancada a qual dividia com Simone até alguns meses atrás, olhou para a cadeira fazia ao seu lado e sorriu nostálgica, mas logo seu sorriso se perdeu quando viu Teresa Cristina se sentar ao seu lado. A onça não tinha nenhum problema com a nova companheira de bancada, mas ela nunca seria Simone, nunca seria a morena que tanto lhe cuidava, que tanto de chamava atenção.

O que lhe deixava feliz era saber que ao final do dia veria sua morena, sua ministra, sua namorada, sua melhor amiga e sua mulher, pronta para fazer alguma coisa em família. Perdeu a colega de bancada, mas ganhou o amor da sua vida e o amor para sua vida. Porquê Simone era seu amor, seu lar, seu porto seguro, seu farol na escuridão, sua pessoa e sua família. Bem que dizem que nunca é o tempo, e sim a pessoa. A loira passou mais de 20 anos ao lado de Carlos César e nunca sentiu nem um terço do que sente por Simone, o único momento que foi realmente feliz ao lado de César foi quando Isabela nasceu.

O resto da tarde se passou assim, Soraya mais imersas nos seus pensamentos do que prestando atenção ao seu redor, em seu coração existia uma pontada de angústia que ela não sabia decifrar, era como se avisasse que algo estava errado.

E de fato estava...

Fernanda havia acabado de estacionar o carro na garagem quando recebeu algumas mensagens de Isabela perguntando se ela podia lhe buscar, pois não se sentia bem. Fernanda quando viu a quantidade de mensagens tratou de responder rapidamente, a morena ligou o carro e saiu cantando pneu. Em menos de 10 minutos e provavelmente algumas multas por infração, Fernanda chegou na universidade, ela nem se deu o trabalho de estacionar o carro direito, apenas desceu e adentrou o prédio com pressa.

- Boa tarde senhorita, no que posso ajudá-la?- uma moça perguntou tentando acompanhar os passos rápidos de Fernanda, a morena mais nova estava aflita e preocupada.

- Minha irmã, ela me mandou algumas mensagens dizendo que não estava se sentindo bem e pediu para que eu viesse buscá-la!- falou olhando para os lados procurando por Isabela, caminhou pelos corredores com a mulher em seu encalço.

- Pode me informar o nome dela? Assim que posso lhe ajudar a encontrá-la!- a moça pediu e Fernanda a ignorou, virou mais um corredor e logo encontrou Isabela sentada em uma cadeira, os cabelos estavam jogados para frente e ela tinha as mãos no rosto.

- Bela? Ei o que houve?- perguntou apressando os passos até a mais nova, se abaixou na frente de Isabela e segurou seu rosto pálido.

- Tá tudo rodando, Nanda!- Bela falou chorosa e Fernanda respirou fundo, pegou a bolsa que estava na cadeira ao lado e segurou o braço se Isabela a levantando. Apoiou o corpo dela no seu e caminhou para fora do prédio, a colocou no banco do passageiro e saiu dali.

- Consegue dizer o que está sentindo?- Fernanda perguntou olhando rapidamente para a mais nova, que estava com a mão na testa e os olhos fechados.

- Meu estômago dói, minha cabeça, tudo tá' girando e tô com frio!- Isabela falou baixinho e Fernanda acelerou o carro, mudou a rota para o hospital mais próximo.

- Vamos para o hospital!- Fernanda falou prestando atenção no trânsito, dirigia com pressa e cuidado. Estacionou o carro de qualquer jeito na porta da emergência e saiu indo para o lado de Isabela, abriu a porta e soltou o cinto.

Por Acaso Onde histórias criam vida. Descubra agora