𝐌𝐎𝐓𝐎𝐑𝐁𝐈𝐊𝐄 ; seungchan

Cachoeira

Três bolas de gude laranja o interromperam em sua discussão. Eram três e cinquenta e seis como seu relógio indicava, e o jovem Kim estava conversando com um de seus melhores amigos: Yang Jeongin.

Este último era um ser absolutamente adorável, tanto que havia recebido o apelido de "anjinho", e era totalmente o oposto de Seungmin, que era um verdadeiro "demônio" para ele, como Chris gostava...

Jeongin era um ano mais novo que ele, e eles se conheceram em circunstâncias bastante incomuns. O mais novo havia sido vítima de intimidações, sofrendo comentários humilhantes e espancamentos entre dois corredores, e que, o moreno detestava esse tipo de gente que tão pouco se dava conta do que faziam os outros suportarem, achava-os muito patéticos para assumir os mais fracos, mais ainda em efeito de grupo. Então o maior não esperou o dilúvio para limpar esse grupinho detestável ameaçando-os com palavras simples e duras, ele não iria descer aos seus níveis miseráveis ​​de qualquer maneira regulando a violência pela violência, as palavras poderiam ser muito mais forte que a própria força e, ao mesmo tempo, as palavras eram o melhor meio de expressão de Kim Seungmin.

Desde então, os dois nunca mais se separaram no ensino médio, criando assim um vínculo maravilhoso beirando o fraterno, e o mais novo rapidamente se integrou ao pequeno círculo de amigos que eram Hyunjin, Jisung, Felix e Seungmin.

Infelizmente, eles só se viam nas aulas e, felizmente, podiam se comunicar por meio de seus telefones. Enviando uma última mensagem ao seu pequeno protegido, o mais velho deu um pulo da cama, vestiu o casaco e equipou-se com a câmera enquanto se aproximava de sua "segunda saída".

Já tendo fechado a porta de antemão, jogou as pernas por cima do parapeito da janela e parou os movimentos antes de pular. Chris estava encostado em sua motocicleta, seu capacete retirado e colocado sobre ela, revelando uma bandana preta e branca enrolada em sua testa, o mais velho estava com o olhar cravado à sua frente, certamente imerso em seus sonhos o hora que o moreno teve que se despedir do amigo.

Seungmin pegou sua câmera em suas mãos, segurando-a na frente de seu rosto com um olho fechado para que ele pudesse enquadrar melhor seu ângulo de tiro, ele então apertou o botão e a deixou pendurada contra o peito quando teve certeza de que tinha um dos as mais belas fotos do castanho em sua câmera.

Observá-lo assim certamente atraiu a atenção do motociclista que virou a cabeça em sua direção, surpreso ao vê-lo na beira da janela, imóvel. Para a alegria de Kim, ele não fez nenhuma pergunta e simplesmente se posicionou na frente dele, pegando-o por baixo quando ele escorregou. Segurados firmemente entre os grandes braços do menor, ambos sorriram levemente, numa doçura mais agradável.

É preciso admitir que era bastante agradável poder se ver clara e adequadamente sob os poucos raios do sol bem presente acima, no céu, entre as nuvens. Apesar disso, fazia muito frio, tão frio que a brisa estava lá, e a neblina também, havia neblina por toda parte, cobrindo a superfície do terreno até o alto das casas altas, e quando se voltou de frente para a imponente floresta, esta última completamente imersa no nevoeiro, conferindo a esta paisagem uma enésima beleza da natureza.

Decididamente, não importava o clima ou o ângulo desse aglomerado de abetos, a floresta permanecia uma maravilha de tirar o fôlego para quem a visse. Nesse silêncio habitual, Seungmin tirou uma foto da própria natureza, antes de subir na traseira do veículo de duas rodas, agarrando-se alegremente à jaqueta de couro de Chris.

Enquanto cavalgavam, o motoqueiro não tomou o percurso que normalmente faziam, desviando-se por um percurso totalmente diferente do que o mais alto bem reconhecia, visto que era o que ele fazia para ir a pé para a escola, intrigado, nem percebeu nada. Ele confiava nele, não havia com o que se aborrecer, apenas encostou a cabecinha nas costas do moreno enquanto esperava que eles parassem. Este não demorou a chegar, erguendo todo o corpo, deu de cara com a frente de uma loja de conveniência por onde passava todas as manhãs.