Por fim, desfez o coque deixando os cabelos cair por seus ombros.
O vento forçou a seda a modelar as curvas de Chichi, que em meio a madrugada fria se lembrava da tarde quente de mais cedo.
- Adorei sua ideia de fazermos um piquenique hoje, Goku – com as mãos escovou as mechas que aos poucos se acalmaram, ganhando a forma em cascata – quem sabe, depois que você e meu Gohanzinho voltarem desse torneio idiota do Cell, não possamos repetir mais vezes.
No escuro do quarto o cabelo platinado se destacava, a imagem do torso de Goku nu sendo iluminado pela lua minguante era instigante. Recostado sob a cabeceira da cama e uma das pernas flexionada, a forma como o lençol cobria o restante de seu corpo excitava Chichi.
- Em querido, o que acha?
O silêncio permaneceu, mas a luz entrou mais pela janela, revelando a admiração nos olhos de Goku sobre a figura da esposa.
O olhar caminhou por seu corpo, desceu pela escultura formada na combinação da cintura fina e do quadril largo, alcançou as pernas torneadas daquela que uma vez já subiu em ringues, chegou aos pés de relevo gracioso como uma bailarina, mas logo subiu.
E como ele demorou admirando as madeixas longas.
- Chega mais perto, Chi.
O arrepio prazeroso que corria por seu corpo toda vez que ouvia o apelido veio forte, foi combustível para ela se aproximar. Tomou cuidado com a camisola quando se chegou, sentou sobre os próprios pés e se sentiu como uma criança.
Mas subjugada pelo olhar do marido, entendeu que era tarde demais para se mexer para fora.
Goku esperou pouco para tocar em seus cabelos, a mão leve acariciando os fios por todo cumprimento, o olhar de admiração encheu o peito de Chichi que suspirou em satisfação com o início de outra caricia.
A atenção da mulher recaiu sobre o corpo dele, a barriga definida pelo treinamento árduo, as marcas de batalha entalhando o peito solido e os braços firmes, volumosos.
Desceu mais um pouco o olhar, se perguntou até onde seguia a nudez, imaginou se as surpresas daquele dia se estenderiam até a cama. Goku se moveu, o lençol caiu um pouco mais, como se a provocasse não ao ponto de revelar o que se questionava.
- Eu adoro quando seu cabelo tá assim – ele inspirou com força uma das mechas, a soltou para alcançar a outra que descansava no ombro contrário - Queria que você deixasse desse jeito mais vezes...
- Você sabe que eu não posso, me atrapalharia nas obrigações com a casa – Chichi o invejou, fez com que sua mão tocasse agora a ele, se permitiu sentir o formato de seu abdômen, ousou descer até um pouco além.
- Mas ao mesmo tempo, eu gosto que deixe eles soltos quando estamos apenas nos dois – parou a caricia, largou o toque nos fios para segurar a mão da mulher – Essa versão sua, só eu posso ver.
Chichi sorriu boba.
- Aí meu Goku!
Ela avançou emocionada sobre os lábios do marido, a maciez no toque de seus lábios logo se tornou um calor úmido que compartilharam. A sensação da língua de Chichi dando voltas no beijo inebriou Goku, que agarrou aos quadris da mulher e a levou ao colo.
Às mãos dele que pareciam boba, vagando em um sobe e desce por suas costas chegaram ao seu traseiro, ficou lá por um tempo em uma massagem até descerem mais, ao nível da barra da camisola roxeada.
Precisaram se afastar, ele tirou a camisola dela, enquanto ela afastou as cobertas dele. Dois segredos, que no final se revelaram sendo um só: ambos não tinham nada por baixo do pano que os cobriam.
Aquilo foi motivo de um sorriso mutuo, cumplicie igual aqueles que se compartilhava apenas dentro da intimidade.
Continuaram com o beijo de sabor doce que lembrava goiabada! Chichi começou um movimento de vai e vem, o atrito fez crescer algo teso sob sua intimidade, um pouco mais de intensidade e conseguiu arrancar um gemido rouco de Goku.
- Shiu! Gohan pode ouvir a gente.
Não soou com uma reprimenda, o homem pode perceber pelo sorriso de safada da esposa, corresponde à altura, dando-lhe um tapa fraco em um dos lados de sua bunda.
- Goku!
- Shiu, o Gohan pode acabar nos ouvindo.
Riram um pouco, aprenderam a se amar ainda mais.
Com o movimento de ida e vinda a urgência cresceu, ainda ligados pelo beijo, Goku agarrou suas coxas e com destreza a jogou sobre a cama, continuou o movimento por si mesmo.
Desceu sua boca em uma trilha pelo queixo, pescoço, clavícula... Próximo a um dos seios dela ele se afastou, ganhou altitude e gravou aquela imagem na sua mente pela eternidade.
Chichi nua como veio ao mundo com a expressão de deleite mais linda de sua vida, emoldurada pelos cabelos jogados por seus travesseiros, negros como aquela noite.
Como Goku iria sentir falta de ver ela daquele jeito.
Ela estava ao ponto de protestar quando o Sayajin voltou ao seu corpo, chegou ao destino na jornada dos beijos e abocanhou a um de seus seios. A movimentação mais embaixo se intensificou, ora simulando as estocadas ora friccionando.
O beijo que agora ele dava em seu outro peito arrancava dela suspiros sôfregos, queria pode gritar seu nome ao mesmo tempo que desejava sussurrar besteiras ao pé de seu ouvido.
De repente os movimentos apenas dele já não eram suficientes, Chichi deu início aos seus próprios, não demorando para Goku entender o recado e a umidade que cobria seu pênis.
Ele se afastou outra vez, não escapou dos protestos que mesmo ofegante ainda conseguiram o fazer rir. Agarrou ao próprio membro e o fez se ajeitar na entrada molhada, pincelou de cima a baixo, por fim entrou devagar aproveitando cada aperto oferecido por ela.
O quarto continuava escuro, o cabelo dele ainda se distinguia mesmo com as mãos de Chichi sobre eles, o silêncio contemplado pelo som do choque entre seus corpos, dos gemidos sincronizados e a lua servindo de testemunha para seu amor.
O primeiro ápice da noite foi de Chichi, puxou os cabelos dele e conteve um grito mordendo ao seu ombro. Goku veio em seguida, jorrando forte dentro dela, como nunca antes.
A noite transcorreu e eles fizeram amor durante todo o tempo, uma vez seguida da outra, então de novo, e de novo...
O amanhecer estava próximo, logo seria a manhã do torneio e Goku se sentia perdido na imagem da esposa nua deitada sobre seu peito, descansado como ele deveria fazer.
Não sabia bem o que sentia, mas doía saber que aquela talvez fosse a última vez que a tocaria daquela forma, que veria aos dois juntos daquele jeito.
- Você vai me perdoar um dia, você sempre perdoa, não é? - não esperou por resposta, continuou o carinho mesmo depois dela se virar se aconchegando mais a ele, preservando a visão de seus seios. - Eu te amo...
Sussurrou ao vento seu amor, e em mente sua prece: “Que essa noite não tenha tido para ela o mesmo gosto de despedida que para mim”.
Dormiu algum tempo depois.
~kisses
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Versões em Despedidas
FanfictionCompletando o encanto ocasionado pelo piquenique antes do torneio do Cell, veio a madrugada carregada de prazer. O quanto Goku podia esconder sua real intenção com aquele dia...