7. Verdades

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Júnior saí, deixando a sacola em cima da mesa.

Enid abre a sacola com calma e revela uma pequena caixa com 5 macarons coloridos.

- Ahw, como ele sabia que eu gosto desses lindinhos aqui?_ Enid diz levantando a caixa em nossa direção.

- Por favor, Enid. Todo mundo sabe que você gosta de carne e doces. É literalmente o que eu acabei de dizer._ Digo impaciente com a inocência da loira.

- uhum._ Enid concorda enquanto devora um macaron rosa.
Ela obviamente nem me ouviu.

Eu e Yoko nos olhamos uma última vez antes que eu finalmente termine de comer e me levante para entregar a bandeja.

- Já vai?_ Enid diz enquanto mastiga um segundo macaron. Na maioria das vezes eu continuo e espero ele.

- Vou para Jericho._ Digo me afastando da mesa.

- Assim do nada?

Não respondo. Já estou longe demais para isso.

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- Não mãozinha, eu não tô brava. Simplesmente estou curiosa para saber o que está acontecendo aqui._ Digo abrindo a porta de Cata-vento.

Mãozinha se adentra minha mochila ao entrar no Cata-vento.

- Um quádruplo para viagem._ Digo em frente ao balcão.

- Ah! Porra!_ Uma garota bate a cabeça no balcão ao se levantar.

- Desculpa. Um quádruplo saindo._ Ela tem uma voz doce e uma aparência simples. Descendência asiática e veste um moletom cinza de uma animação japonesa.

- Ah, uma aluna de Nevermore. Prazer, sou Maya!

- Oi._ Digo. Eu só quero meu café para poder sair.

- Poucas palavras né? Certo. Aqui_ Ela me entrega um café com um rosto sorridente.

Eu tampo o rosto com a tampa do copo e dou um gole.

- Wednesday._ Falo e entrego 10 reais a garota.

- Que nome estranho._ Ela diz entre uma risada e me estrega 4 reais de troco.

Pego meu dinheiro e vou até a porta apenas podendo ouvir o que ela diz antes que eu possa sair do estabelecimento.

- Gosto de coisas estranhas._ Ela diz antes de arrumar novamente as coisas de baixo do balcão. Não faço ideia do que sejam.

Mãozinha sai de minha bolsa e sobe em meu ombro.
Ele gesticula elogiando a garota.

- Legal? Você sabe quem também parecia legal._ Digo caminhando para a delegacia.

- Cala a boca sua destra miserável._ Digo impaciente com suas respostas e acelerando o passo.

O resto do curto caminho até a delegacia é dado em silêncio.

- Delegado?_ Digo após na delegacia.

- Wednesday. Recebo uma rouca resposta.

- Imagino que saiba o porquê de eu estar aqui._ Me sento na cadeira em frente a mesa do xerife.

- E sei._ Ele diz e procura alguma coisa em suas gavetas.

Três folhas com fotos de cadáveres são colocadas na mesa por ele.

-Aqui estão. Suas suspeitas foram confirmadas.

Olho as fotos e posso ver tatuagens de facas, cada uma de um formato diferente.

- O que isso quer dizer?_ Ele me olha esperando uma resposta. Seu olhar é vazio e cansado.

Só eu, o xerife e alguns policiais sabemos que Tyler sumiu. Ele fugiu da van que o levava as três meses, e sinceramente, eu acho que foram os três meses mais torturantes da vida do Xerife.

- Eu não sei._ Digo enquanto encaro os papéis tentando achar algum sentido.

- Essas fotos foram tiradas hoje, por mim mesmo. Eu fui ao necrotério como você me pediu._ Nós começamos a trabalhar juntos a um tempo. Eu recebia mensagens dele perguntando sobre casos as vezes me perguntando o que eu faria em tal situação.
A Eu de 4 meses atrás ficaria feliz e reconheceria que sou realmente alguém necessário nesse tipo de caso, mas, hoje eu só consigo pensar o quão no fundo ele está. No fundo de sua carreira, no fundo de sua mente, no fundo do poço.
Para alguém como o xerife pedir minha ajuda, tem que estar muito desesperado e desestabilizado.

- Obrigada. Quando ocorreu o último acidente?_ Começo a pensar se datas podem me ajudar a entender a situação.

- Semana passada._ Os "acidentes" costumam a acontecer uma vez por semana mas por algum motivo não teve um ainda essa semana. Eu sei que vai ter, serial killers não quebram seus rituais facilmente.

- Estamos próximos de mais um._ Digo parando de olhar as folhas._ Temos que pegar um no flagra, chegar na hora.

- É fácil falar. Nunca acontece em um horário comum, sempre de madrugada ou quando estamos fora da delegacia. É como se soubessem o que estamos fazendo e quando estamos.

- Não é uma opção a ser descartada. Estudei muito sobre stalkers virtuais, eles podem saber absolutamente tudo sobre você, coisas que nem mesmo você sabe._ Digo me lembrando das mensagens em meu celular.

- Quem sabe? Essa merda é imprevisível._ Ele se levanta pronto para sair da sala quando o telefone da delegacia toca.

- Delegado falando. Qual o problema?_ ele atende após o segundo toque.

- Em qual estrada?_ Sua voz aumenta a entonação.

- Estou indo agora mesmo._ Ele coloca o telefone de volta no apoio e pega sua jaqueta.

- Vamos. Esta pode ser a nossa chance._ O xerife saí da delegacia rapidamente com a chave de sua camionete em mãos.

- Certo._ Tento acompanhar sua velocidade e falho chegando cerca de 5 segundos depois dele na camionete, o que já é motivo de uma reclamação.

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E aí, galera? Desculpa a demora, eu estava espancando uns homofóbicos aí no caminho.

Gostaram do cap? Favorita e comenta para ajudar a autora.❤️

TikTok e Twitter são duas ótimas formas de divulgação em 😉

O que acharam dos novos personagens apresentados e do rumo dos originais?

+900 palavras




Uma Mentira Pode Virar Realidade? (Wenclair)Onde histórias criam vida. Descubra agora