Capítulo 3

388 39 1
                                    

Jacaré Narrando,

Vi Raissa chegando do trampo e fiquei viajando na morena, sou todo errado mesmo e sei que ela gosta das paradas certinhas e talvez nunca me daria bola, mas aqui todo mundo já ta ciente que ela é minha e ai daquele que ousar meter a cara e da em cima dela corto na bala sem dó.

To no comando do jacarezinho cerca de 4 anos, no início eu apanhei pra caramba até aprender a pôr moral e fazer com que as pessoas me respeitem, não sou de usar violência com morador, mas quando tem que ser cobrado por fazer algo que aqui não é permitido a madeirada rola solta.

Já era umas oito da noite na praça estava rolando um pagode e eu bebendo com os crias na maior brisa, la vinha ela de banho tomado cabelo molhado e aquele sorriso que me deixava louco, ela encontrou com a amiga dela e foram sentar bem na minha frente, mas nem olhava pro lado ouvir ela pedir lanche e coca cola, reclamar do serviço e da dificuldade que estava em casa, talvez não por falta de grana, mas por segurar toda a barra sozinha.

Despistei que ia no banheiro e paguei o lanche dela, mandei preparar mais cinco pra ela leva pra mãe e irmãos, sabia que ela ia embaçar então meti logo o pé e fui fazer a ronda antes de ir pra casa, quando estava voltando ela estava sentada na calçada fiz que nem vi e ia bem passar reto.

Raissa: JACARÉ - Olhei pra ela que já estava em pé e de braços cruzados me olhando brava, mal sabia ela como estava linda.

O que ta pegando.

Raissa: Primeiro obrigada pelos lanches, segundo com qual direito você fez isso?

Direito nenhum deu vontade e fiz, para de marra morena não foi nada demais.

Raissa: Nada de mais, as pessoas vão comentar.

Comentar o quê? que comprei lanche pros seus irmãos e sua mãe, qual problema eu não garro com isso e não devo nada a ninguém aqui.

Raissa: Não gosto que fiquem falando da minha vida.

Você se importa de mais e com isso deixa de viver, eu não vou desistir morena sem chance você é minha.

Raissa: Vai embora vai.

Voce que me chamou eu em. - Ela ainda me olhava brava e sem ela esperar eu dei um selinho nela e meti o pé antes que ela me desse uns tapas, ainda eu vou te ter morena anota ai.



ContrabandiadaOnde histórias criam vida. Descubra agora