5 - "Quem é gigi?"

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Anna Collins

Subo as escadas e paro ao perceber algo.

Havia um problema, não me mostraram a casa e eu me dou conta de que essa é primeira vez que eu subo aqui.

Fiquei parada no corredor, olhando para as cinco portas. Duas no lado direito, duas no esquerdo e a quinta no fim dele.

Bom, aquela do final deve ser um banheiro. — pensei comigo.

Decidi olhá-la primeiro e andei até lá, sem me preocupar em abri-la.

Ao girar a maçaneta, me deparo com uma cama king enorme. O quarto era perfeitamente organizado e não era de Maia. Eu tenho certeza de que se fosse, a decoração não seria essa.

Adentrei o grande espaço — como a curiosa que sou — e fui até o criado-mudo, onde tinha um quadro que me chamou a atenção.

Peguei o e vi a mesma mulher da foto na sala de estar, ela estava segurando uma bebê em seus braços. Deduzi serem Helena e Maia.

Quando eu estava prestes a colocá-lo de volta no lugar e sair dali algo me assusta, ou melhor, alguém.

— O que está fazendo aqui? — Me viro para trás e vejo meu chefe, usando apenas uma toalha enrolada na cintura. Seus cabelos estavam molhados e pingos de água desciam pelo seu peitoral bem definido.

Passei a mão na minha franja e senti minhas bochechas esquentarem no mesmo instante em que o olhei nos olhos.

Ignorei aquela sensação e falei: — Não me mostraram a casa, me perdi procurando o quarto de Maia. O senhor não deveria estar na empresa?

Ele se aproxima de mim, e a cada passo eu prendo a respiração.

— Horário de almoço. E não mexa nas minhas coisas. — ele diz sério e toma o quadro das minhas mãos colocando-o de volta no lugar.

Ele puxou o quadro com tanta força que eu simplesmente saí sem olhar para trás.

Não precisava ser bruto.

Abri as outras portas e só acertei o quarto de Maia na última tentativa. Era na primeira a direita.

Maia estava sentada na cama, com o roupão no corpo.

— Você tomou banho sozinha? — Fechei a porta e andei até ela.

— Já sou bem grandinha para fazer isso sozinha. Meu pai acha que não consigo, por isso contratou você.

— Muito bem, eu posso pelo menos escolher uma roupa para você? — ela sorri e assente.

Estávamos em frente a penteadeira, eu penteando o seu cabelo.

— Você precisa me mostrar a casa. Antes de chegar aqui, eu tive que entrar em quatro portas diferentes. — ela dá uma gargalhada gostosa de ouvir.

— Que tal hoje a tarde?

— Ótimo.

A tarde, enquanto Maia me mostrava a enorme mansão, nós conversamos. Ela é uma criança diferente das outras, ela tem a alma pura e inocente de uma, mas conversa com coerência e sem fazer birra, quase como um adulto.

A casa era muito mais do que eu imaginei. Entramos em cada porta daquele corredor, duas eu já conhecia, e as outras, a do lado do quarto de maia é um banheiro e as duas na frente são quartos de hóspedes, vale lembrar que todos os quartos têm um banheiro, apenas o quarto de Vincent que tem banheiro e closet.

O corredor dava acesso a uma segunda escada que ia até o terraço. Lá tinha uma piscina com borda infinita e cadeiras para tomar sol, uma churrasqueira, um freezer para bebidas e carnes, e algumas mesas.

AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora