6- "Acompanhante de luxo"

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Vincent Richards

Semanas depois...

Me sentei á mesa para o café, Anna já havia chegado e estava ajudando Maia a se arrumar para a escola, como sempre tem sido desde que começou a trabalhar.

— Bom dia, papi! — Por falar nelas...

— Bom dia princesa, dormiu bem? — pergunto dando um beijo em sua bochecha antes da mesma se sentar na cadeira em minha direita.

— Sim. Olha pai, Anna fez um penteado em mim.

— Reparei assim que chegou, está linda. — Olho ao redor procurando Anna, mas não encontro-a.

— Ela foi tomar café na cozinha. — levanto uma sobrancelha — Anna. Sei que procurou ela.

As vezes eu esqueço como Maia é esperta.

Passado um tempo ela volta da cozinha.

— Já tomou o seu café, Maia? — Maia assente e eu me levanto já para ir para a empresa.

— Papai, vamos com a gente, Anna te deixa na empresa depois que me deixar na escola. Você vai conhecer a gigi. — Minha filha diz, empolgada com a ideia.

— Melhor não, eu tenho uma reunião assim que chegar lá. Podemos não chegar a tempo.

— O senhor está insinuando que o meu carro é lerdo?

— Não foi bem o que eu quis dizer, mas já que insiste em achar isso.

— Pegue sua mochila Maia, seu pai tem toda a razão em preferir ir no seu carro de rico e veloz. — levanto uma sobrancelha e vejo Maia rir de mim.

Minutos depois...

— Só estou indo porque não gosto de ser desafiado, e Maia insistiu muito por isso.

— Relaxa papi, você vai querer repetir mais vezes o passeio. — minha filha diz entre risos.

Entramos no fusca cor azul marinho e minhas pernas quase não cabem no banco do passageiro.

— Vamos gigi, não me decepcione... — Ouço Anna sussurrar para ela mesma.

O carro liga de primeira e me impressiona. Achei que teríamos de ir no meu carro depois de passar horas aqui parados.

O fusca não é tão rápido quanto o meu tesla, mas digamos que ele não é tão lerdo quanto uma lesma.

A escola de Maia ficava antes da empresa, então fomos até lá primeiro.

— Prontinho — Anna fala enquanto freia.

Ela dá a volta até a minha porta e abre a, depois faz um gesto para que eu saia do carro, ao sair, ela deita as costas do banco para frente e Maia sai do banco de trás com a mochila em mãos.

— Boa aula baby. — ela diz para Maia e as duas fazem um gesto batendo as mãos e balançando os dedos no final.

— Obrigada Anna. — Maia vira para mim. — Tchau papi.

— Boa aula pequena — dou um beijo em sua bochecha e ela corre para o portão onde a professora estava esperando.

Antes de entrar, ela joga dois beijos no ar e aquilo mexe comigo. Nem faz tanto tempo que ela convive com Anna e parece que as duas se conhecem a anos.

Durante todo o trajeto de lá até a empresa, não trocamos nenhuma palavra um com o outro. Apenas quando ela parou em frente ao prédio.

— Não vou almoçar em casa hoje, avise ao Anders. — abro a porta do carro e ando em direção a porta, ouvindo ela sair com o fusca.

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