A Babá

Última Conversa

Pov Gizelly

Chegamos em casa as crianças estavam dormindo na sala, pedi para os gêmeos pedi desculpas a rafa e depois pedi para eles subirem, estava tarde e eles precisavam dormir.

Eu estava super preocupada com a rafa, ela tinha caído de uma escada grande, não tinha acontecido nada grave pelo o que o médico disse e tambem por que ela caiu super bem como ela mesmo disse, mas mesmo assim fico preocupada.

Estava sempre a ajudando para ela não fazer muito esforço, ela disse que estava com dor de cabeça e eu fui pegar um remédio pra ela e pedi para ela ficar sentada na sala, mas como uma boa teimosa ela veio atrás de mim, ela insiste em dizer que está bem, mas eu quero cuidar dela, vai que acontece alguma coisa do nada, né? Um desmaio ou algo do tipo.

Subimos porque ela disse que estava precisando descansar depois de tudo que aconteceu para ficar 100% bem, chegamos no seu quarto e ela disse que iria tomar banho fui até seu banheiro para conferir se tinha toalha limpa lá e ela soltou um:

"vai dar banho em mim também?" - sorri por dentro.

Eu até daria mas você é uma tentação não posso arriscar. O que é isso Gizelly? tá louca? ela sua funcionária. Mas até que não seria nada demais eu dar um banho nela, ela tá precisando de ajuda não é? seria um cuidado a mais, vai que ela passa mal no banho. Eu a respondi e fui para o quarto para deixá-la a vontade, só iria sair dali quando ela estivesse deitada sem fazer esforço nenhum e foi o que eu fiz, ela disse que precisa trocar os lençóis e eu fiquei sem entender, mas ela falou que "os gêmeos saberiam explicar melhor", acredito eles tenham aprontado com ela, irei ter uma última conversa com eles, ela pediu para eu não ser rude com eles e eu acabei sendo um pouco grossa com ela, mas me desculpei, não gostava de que me falassem como devo tratar meus filhos. Nos despedimos e eu deixei um beijo em sua testa como um gesto de cuidado, ela me deu boa noite e ouvi-la me chamar "Gi" tinha me deixado com o coração aquecido.

saí de seu quarto e vi a Ivy saindo do quarto das crianças.

- eles dormiram? - a perguntei e ela me olhou.

- dormiram sim e você? Estava fazendo o que? - perguntou.

- estava no quarto da rafa. - respondi indo até escada.

- você estava fazendo o que no quarto da rafa? - me olhou com um olhar de malícia.

- eu estava a ajudando, não lembra que ela caiu dessa escada? - falei enquanto descíamos.

- hm... eu lembro sim, mas pra quê todo esse cuidado? o médico não disse que ela está bem?

- disse sim, mas vai que ela passa mal do nada, né?

- tá cuidando demais viu, cuidado não.

- cuidado com o que? - parei e a olhei sem entender.

- ah sei lá, paixão surge do nada. - ela falou e foi andando até a cozinha, fiquei parada a olhando pensando no que ela disse.

- ei, nada a vê. - a segui. - eu não vou me apaixonar por ela, ela é minha funcionária, tá doida? - entramos na cozinha.

- uai, não estou dizendo nada. - deu de ombros sorrindo. - mas ela ser sua funcionária não impede de nada. - foi até a geladeira.

- eu sei que não impede. - apoiei meu cotovelo no balcão e o queixo em minha mão. - mas não vai rolar nada.

- ok, tá com fome? vou fazer um lanche da madruga. - falou colocando uns ingredientes em cima do balcão.