Família

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Pov Rafa

- que bom que você ligou Rafa, estava te procurando. - Bruno falou.

- porque? aconteceu alguma coisa? - perguntei preocupada.

- não não, a dona Gizelly que pediu para eu falar com você, as crianças querem que você volte. - um sorriso cresceu em meus lábios.

- eu também queria muito voltar, mas não sei se posso. - falei cabisbaixa.

- você pode resolver isso com a dona Gizelly, ela pediu para que você fosse lá na empresa dela na segunda, ás 7h da manhã.

- ok, tá certo Bruno, estarei lá. - depois de falarmos mais algumas coisas desliguei a chamada.

...

   A segunda logo chegou e eu já estava a caminho da empresa de Gizelly. Cheguei lá e fui até a recepção.

- Bom dia. - cumprimentei a recepcionista.

- Bom dia. Qual seu nome e o que deseja? - falou desviando seu olhar do computador para mim.

- sou Rafa Kalimann, eu vim falar com a dona Gizelly.

- ah, a senhora Bicalho ainda não chegou, se importaria em esperá-la um pouco?

- não, sem problemas.

- pode se sentar ali se quiser. - falou apontando para um sofazinho que tinha ali.

   Em menos de 20 minutos vi a Gizelly chegando e logo me levantei.

- Bom dia. - falou para recepcionista e foi indo até o elevador, não havia me visto.

- Bom dia. - respondeu. - Senhora Bicalho. - a chamou fazendo a virar para si. - a senhora tem visita.

- quem? - perguntou e seu olhos pararam em mim. - ah, oi Rafaella.

- oi dona Gizelly. - acenei tímida.

- bom, vamos até minha sala? - assenti e a acompanhei até o elevador.

   Durante o caminho não trocamos nenhuma palavra, passamos pela mesa de sua assistente que estava vazia e logo ela me deu espaço para entrar em sua sala.

- sente-se. - apontou para cadeira em frente à sua mesa e deu a volta para sentar em sua cadeira.

- obrigada. - sentei.

- indo logo ao assunto, meus filhos querem que você volte. - falou sem enrolação.

- é eu sei, o Bruno me contou. - sorri. - fiquei tão feliz, você nem imagina o quanto.

- mas eu quero que saiba que eu não estou de acordo, você saiu de lá sem dizer nada, agiu como uma pessoa irresponsável. - falou séria.

- eu não sou, eu... eu só tive um problema pessoal. - tentei explicar.

- você poderia ter falado comigo alguma coisa.

- eu sei, eu sei. Me desculpe. - abaixei a cabeça.

- tudo bem. - falou abrindo uma gaveta em sua mesa. - aqui está um contrato de uma semana. - me estendeu uma pasta com papéis dentro. - se você passar na experiência talvez a gente possa assinar um de tempo indeterminado.

- claro, eu vou dar o meu melhor. - falei pegando a caneta que ela me oferecia.

- na minha casa precisa haver ordem, disciplina e respeito. Espero que não se repita o que aconteceu. - falou assim que terminei de assinar o contrato.

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