Capítulo doze

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No segundo mês... Eu e Paola estávamos a flor da pele com nossa intimidade tanto sexual e não sexual...

- Nunca me senti assim antes... Aos braços de alguém. - Comento brevemente com um sorriso bobo no rosto e Paola parecia distante.

- Virgínia... Eu ando preocupada com uma coisa que não te contei desde aquela vez na boate quando fui conversar com aquela mulher que te surpreendeu lá no seu quarto da boate.

- Ah... Eu estava esperando você me falar sobre isso tem tempo. Pois não me contou a história direito...

- O nome dela é Cíntia, tem trinta e quatro anos, e como ela deve ter mencionado é uma acompanhante da noite, tudo ia bem, eu e ela tínhamos nosso acordo de termos apenas encontros sexuais, mas...

- Mas... - Comecei a ficar curiosa.

- Acabou que nos apegamos, e aí decidimos morar juntas desde que ela largasse aquela vida, eu pagava mais que um salário pra morar comigo e ser apenas a "minha esposa". No fundo eu só não queria ficar sozinha... E ela começou a mostrar quem era realmente, uma dependente química, que até ameaçou me matar caso eu tentasse novamente tirar as drogas dela. Foi a maior burrada que eu fiz... Eu a coloquei dentro da minha casa sem ao menos conhecê-la de verdade. 

- Ok, mas, o que conversaram aquela noite??!

- Cíntia acredita que eu tenho dívida com ela, pois como ficou morando comigo um tempo, hoje ela não tem mais nada... Pois dependia de mim. E disse que se eu não voltar pra ela, coisas ruins irão acontecer com você.

- Mas você é da justiça, pode mandar prendê-la!

- Ela disse que se eu fizer qualquer coisa contra, irá me arruinar e ferir quem tá comigo. Ou, seja fez chantagem emocional e eu não quero te envolver nisso Virgínia... Preciso que se afaste de mim por um tempo até eu resolver minhas coisas.

Lágrimas dela e minhas vieram a tona, mas, isso não vai ficar assim... Essa mulher vai me pagar por fazer isso com a Paola que é uma mulher maravilhosa, e de alma extremamente bondosa. Pretendo fazer uma surpresa pra Paola no mês que vem que será o dia do evento de caridade...

- Mas por quanto tempo vou ficar sem você? Eu não quero... Ficar sem sua companhia, sem suas risadas... Ou suas péssimas piadas. Eu não sei o que pensar Paola...

- Aguente uns dois meses a mais e te prometo estar livre dessa mulher. É tudo culpa minha.... E eu demorei a te contar por receio de perder você.

- Paola eu estou apaixonada por você, e eu sei que antes de mim você tinha sua vida... - Eu tentava parecer forte, mas, estava ficando difícil demais. Minhas pernas estavam tremendo... E acabei caindo no chão, e sinto as mãos de Paola em mim, tentando me reanimar mas, eu estava muito fragilizada com tudo aquilo.

- Virgínia consegue me ouvir? Amor... Fale comigo!!! Não desmaia!! Olha pra mim!

Eu olhei nos olhos dela com um semblante esgotado e frio... Eu não estava preparada pra aquilo... Logo agora? Em que eu estava bem e tão segura... Por que Paola? Fez isso com minha pobre alma, que na sua primeira vez que se apaixona acontece tal tragédia.

-Paola... Não me deixe por favor. Não dê ouvidos a essa maluca e fica comigo... Vamos ficar mais unidas!!

- VIRGÍNIA! Escuta bem... Não é sobre isso meu amor!! Eu não posso arriscar sua vida por conta de uma escolha errada minha do passado, quero preservar sua vida, porque... Eu amo você. E enlouqueceria se te perdesse por minha culpa. Prometa que irá respeitar o meu pedido de afastamento...

- Prometo. - Beijei-a na boca chorando muito. E depois me retirei dali correndo.

SUA EXCELÊNCIA, COM AMOR VIRGÍNIA Onde histórias criam vida. Descubra agora