Capítulo 5-Mamãe?

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Mas então Reagan se levanta, interrompendo o momento mágico.

-Bem. Vou continuar meu passeio antes de acordá-la.

-Claro. Nosso quarto é ali. Eu durmo no quarto de hóspedes, se você quiser.-A Reagan não responde e desaparece em nosso apartamento. Eu suspeito que ela precisa de algum tempo para se recuperar do "encontro" com a Angel...

-O que...-Corro para a biblioteca.

-O que está acontecendo?

-A Bonneville do meu pai! O que as motos estão fazendo aqui?-A Reagan aponta para a espécie de cavalete que dei a ela há muito tempo. Ela parece mais surpresa com isso do que qualquer coisa que tenha visto até agora! A Reagan já me explicou como suas motos são preciosas para ela. Ela continuou a coleção em homenagem a seu pai... Ela as guardou cuidadosamente em um cômodo no seu castelo. Acho que, além de mim, ninguém nunca esteve perto delas. Deve ser um choque ver seu jardim secreto "tele transportado" para o coração da cidade de Nova York.-É... Estranho. Eu ligo para meu pai e seu número não existe. Eu falo sobre ele e todos desviam o olhar. Todas as minhas favoritas estão aqui. Devo ter realmente amado este lugar. Ou alguém as mudou enquanto eu estava fora...-Ela não espera minha resposta e vai para nosso quarto. Ela olha nossas fotos juntas como se estivesse vendo um filme de terror.-Quando comprei este apartamento? Um ou dois anos atrás?

-Mais. Você é dona de todo o prédio, chamado Purple Estates, mas comprei metade deste apartamento.

-Ah! Teremos que ver como lidamos com os advogados, então.-Minha boca se abre em choque.

-Os advogados?!

-Se necessário. Eu não vou morar em um lugar que não me pertence. E com uma estranha, não importa o quão legal ela seja. Claro, vou fornecer pensão alimentícia vitalícia para a Angel. Vamos decidir os detalhes juntas, mas ela terá tudo o que precisa.

-Reagan, toda a sua vida está aqui. Pelo menos nos últimos anos! Você tem uma filha, e ela se lembra de você!-A Reagan desvia o olhar, claramente desconfortável com esta conversa.

-Eu não posso. Pode ser a sua vida, vocês duas, mas não é a minha. Não tenho ideia de como criar uma filha. Contanto que ela tenha você e seja bem sustentada, não é isso o que realmente importa?

-Não, Reagan. Eu entendo que você precisa de tempo... Mas é só isso. Dê a si a chance de conhecer sua vida novamente! Se eu quisesse criar uma filha sozinha ou se a pensão alimentícia pudesse tomar seu lugar, eu jamais teria me casado com você!-A Reagan dá um passo para trás, como se minhas palavras a assustassem.

-Não sei como ou por que nos casamos. Você percebe que, para mim, nada disso é real, certo?

-Mamãe? Você está aqui?-A vozinha sonolenta da Angel chega mais perto do quarto. A Reagan fica pálida.

-Nós a acordamos?

-Sim, e temos que enfrentar as consequências agora. Não podemos dizer a ela que você não se lembra dela.-A grande Reagan Fitscher quase treme de medo. Eu quero sacudí-la, para fazê-la lembrar de que ela alimentou e segurou esta criança por anos... Mas não adianta. Quando a Angel entra no quarto e corre até a Reagan, ela murmura algum tipo de desculpa sob sua respiração. Ela sai correndo e bate a porta da frente sem dizer mais nada.

-Mamãe! Ma... Mãe?-A Angel se vira para mim, confusa e triste. Eu a pego no colo. Um rio de lágrimas escorre de seu rosto até meus ombros.

-A mamãe precisa descansar um pouco mais. Ela está agindo de forma estranha agora, mas os médicos estão ajudando ela. Temos que dar a mamãe algum tempo para melhorar. Lembre-se: Eu expliquei porque você não podia vê-la esta noite. Não era para ser ruim com você, anjo. Ela vai voltar quando se sentir melhor e vai te dar um grande abraço, okay?

Senhoras Fitscher | ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora