— Não pisem nelas por favor! Elas são minhas! — berrei, apressando-me para salvar as minhas aranhas. Merda. Como foi que elas escaparam do aquário!? Certamente, Leone devia tê-las soltado. Inclinei-me rapidamente na frente do Don e peguei uma que estava prestes a subir no seu sapato, então me inclinei para pegar a outra. Segurei-as e só então fitei o olhar cruel de Tommasso e depois meu pai, que parecia querer me estrangular. — Desculpem por isso, vou levá-las para o aquário!
Saí da sala quase correndo, pensando por qual razão sempre me metia em situações desastrosas como aquela. Entrei no meu quarto e as coloquei no aquário seco.
— Vocês fiquem aí, meninas! Quase me mataram de susto hoje! — falei com elas, suspirando aliviada por nada de mal ter acontecido. Espero que meu pai não criasse caso por conta desse deslize.
— Sorella, o que aconteceu? — Ouvi a voz aflita de Leone e me virei para fitá-la.
— As aranhas escaparam e surpreenderam os convidados do papà — expliquei a ela, que colocou as duas mãos para trás e mordeu o lábio como sempre fazia quando aprontava. — Foi você quem as soltou, Leone?
— Acho que sem querer, esqueci de trancar o aquário quando fui alimentá-las — confessou, e eu cruzei os braços pronta para lhe dar uma bela bronca.
— Você sabe bem que somente eu posso alimentá-las. Não gosto que mexam com as minhas aranhas.
— Desculpe, sorella, não farei de novo, eu juro! — Ela fez uma expressão de arrependimento, por isso tentei não ser tão dura.
— Certo, somente não faça novamente, caso contrário ficarei muito brava com você. Entendido? — fiz a exigência.
— Entendido — concordou no exato momento em que nossa madre entrou no quarto.
— Aí estão vocês! — exclamou ela, parecendo brava. — Venham comigo, está na hora do jantar, não podemos deixar os convidados esperando!
— Por que o papà convidou aquele homem? — questionei, emburrada, minha mãe me olhou por um instante, fitando-me com irritação.
— Aquele homem é o Don, tenha mais respeito, menina!
Claro que ela defenderia o chefe da máfia. Mesmo ele tendo culpa pela morte de sua filha. Minha irmã.
— Por culpa dele a Aurora não está mais aqui! — contestei, furiosa.
— Kiara, não me faça perder a paciência com você, maldita! — vociferou minha madre, dando um passo na minha direção. — Não há uma pessoa neste mundo que sentiu mais a dor com a perda da sua irmã do que eu. No entanto, devemos respeito ao senhor Caccini, ele não teve culpa da morte da sua irmã, os culpados são os nossos inimigos, os Biachi. Agora, vamos para a sala de jantar e não quero que abra a boca em nenhum momento para envergonhar a nossa famiglia, caso contrário será castigada. Entendeu?
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NO DOMÍNIO DO MAFIOSO: Virgem Sentenciada: Máfia Caccini 1
RomanceTommasso Caccini, desde o nascimento foi destinado a comandar o império Caccini. Criado sob inúmeras regras, nunca soube o que era amor. Sua vida se baseava em seguir mandamentos e destruir os inimigos da máfia rival. Para assumir seu império, foi...