Acordo um pouco mais disposta, com o sol batendo em meu rosto. Me levanto, troco de roupa substituindo o pijama por um vestido um pouco longo na cor verde e estampado com margaridas por todo o tecido, uma fenda na perna esquerda e de alças finas.
Coloco um tênis branco básico, e somente passo um perfume. Pego minha mochila tirando todo os materiais da faculdade, coloco algumas coisas que talvez precise para passar a noite no hospital.
Fecho a janela do meu quarto, pego meu telefone, minha carteira e desco, pego minhas chaves e saio de casa. Peço um táxi e espero o mesmo. Pago o motorista após chegar em frente ao hospital.
Adentro o local, pego o adesivo de visita e assino o papel. Subo para o andar e abro a porta de seu quarto após avista-la.
- Oi pai, voltei. - Digo entrando no quarto.
Pai: Oi minha porquinha. - Zomba me fazendo revirar os olhos.
- Porquinha não. Eu já tomei banho. - Aponto indo o abraçar.
Pai: Realmente, lavou até a juba. - Toca meus cabelos.
- Engraçadinho. - Rio.
Sinto uma vibração na minha mochila, me assustando. Deixo a mesma na poltrona, pego meu telefone vendo que um número desconhecido está me ligando, atendo.
- Alô? - Pergunto assim que encosto o aparelho no ouvido.
Xxx: Sina? - Uma voz masculina pergunta em português.
- Quem é? - Pergunto com a impressão de conhecê-lo.
Xxx: Ora, Sina. Não reconhece mais seu tio? - Pergunta e vem um estalo em minha mente.
- Tio Bruno! - Exclamo chamando a atenção de meu pai. - Desculpa, é que faz tempo que não conversamos.
Bruno: Claro. Você mais troca de número do que de roupa - Acabo rindo isso não vem ao caso agora. - Desde ontem estou com um aperto no peito, liguei para todos da família, e os mesmos disseram estar bem. Mas seu pai não atendeu, está tudo bem?
- Sim tio, no momento tudo certo. Somente ontem que meu pai me deu um baita susto.
Bruno: O que houve?
-Eu o encontrei desmaiado em casa e o trouxe para o hospital. Acabamos descobrindo que....
Bruno: Que o que?
-Descobrimos que meu pai está com tumor.
A ligação fica silenciosa, mas inda posso escutar sua respiração.
Bruno: Vou pegar o primeiro vôo para a Alemanha.
- Não precisa, tio. - Digo.
Bruno: Como assim não precisa?
- Nós estamos em Los Angeles.
Bruno: Em Los Angeles? Desde quando?
-Desde de duas semanas atrás. - Aperto os lábios. - Foi de última hora.
Bruno: Ok. Onde vocês estão?
-No hospital central.
Bruno: Daqui a pouco estou aí. Tchau querida.
- Tchau tio..
Desligo o telefone o deixando na poltrona.
- Teremos visitas.
Pai: Ah não. - Faz careta - Aquela minha cópia mal feita irá vir aqui? -
Assinto - Deus me proteja.
Rio de seu drama.
....
Estou na recepção do hospital. Decidi esperar meu tio, por aqui mesmo. Vejo sua figura passar pela porta do hospital, mas ele não está sozinho. Bruno está com Axel no colo, tio Richard atrás conversando - brigando com Lamar, e logo atrás está Sina com um garoto alto. Quando seus olhos me encontram, ele sorri e coloca o garoto no chão, apontando para mim.
Axel: Sininho. - Garoto de cabelo claro vem em minha direção, saltitante.
- Oi neném. - O abraço. - Que saudades de você. - Toco seus fios após nos separamos.
Axel: O Axel também tava com saudadi - Diz do seu jeito fofo.
Bruno: Oi querida. - Me abraça - Continua a mesma. - Toca meu nariz com o indicador. - Onde fica o quarto do idiota do seu pai.
-Quarto 200 no quinto andar. - Ele assente e vai em direção ao corredor.
Richard: Aninha, como você cresceu - Me abraça.
- Continuo do mesmo tamanho, tio. - Resmungo pois o mesmo me apertou.
Richard: Segue o roteiro - Se senta e logo Axel senta em seu colo, se encolhendo.
Lamar: Oi pirralha. - Diz.
-Sou mais velha que você, ridículo - O puxo para um abraço, demora um pouco, mas ele corresponde.
Ao contrário de Axel, Alan não gosta de abraços, e quando abraça o contato dura somente 2 segundos.
Sabina: Eu também estou aqui. - Escuto o resmungo de Sabina.
Olho para a garota, a vendo com os braços cruzados e um bico emburrado enquanto o garoto só seu lado se segura para não rir.
- Saby. - Exclamo a envolvendo em um abraço - Que saudades!
Sabina: Eu também, Tinker bell. - Se afasta. - Esse é Ethan, meu namorado.
-Desencalhou primeiro que eu. Não é justo. - Faço biquinho emburrado estendendo minha mão para o garoto, que a aperta. - Sou Sina.
Ethan sorri.
Ficamos alí na recepção conversando, aos poucos eles foram entrando e logo indo embora, restando somente eu e meu pai.
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𝐖𝐡𝐢𝐭 𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐎𝐧𝐞 𝐋𝐨𝐨𝐤 - 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜𝐚̃𝐨 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭
Teen FictionComo em um velho clichê, Noah é aquele garoto considerado badboy; "mau" pegador entre as garotas. É quase isso! Noah Urrea, é o mais cobiçado pelas garotas na faculdade. Mas o mesmo nunca foi visto com ninguém, o que causou uma certa curiosidade ent...