Alguns dias depois...
Já faz alguns dias que descobrimos o tumor de meu pai, o mesmo já fez a cirurgia e está descansando na casa do irmão. Depois de muita insistência do senhor Arthur, estou voltando para a faculdade, mas o fiz prometer que iria me ligar pelo menos duas vezes ao dia para saber como ele está.
Eu também insisti muito para aquele teimoso ficar com o tio Bruno, sozinho de modo algum ele iria ficar. Irei procurar alguma enfermeira ou enfermeiro para o ajudar em casa pois o mesmo gosta de silêncio e na casa do irmão essa palavra não existe.
Agradeço o motorista que me ajudou com a mala e o pago, antes de ir em direção a entrada. Passo pela diretoria pegando minha chave, e vou para meu quarto. Abro a porta do dormitório e adentro o cômodo puxando a mala, fecho a porta e quando me viro tenho uma visão não muito boa.
Noah está encolhido em sua cama todo coberto, somente sua cabeça para fora do tecido mostrando seus olhos fortemente fechados. Seu corpo está tremendo mas quando vou ir em sua direção, várias batidas na porta me impede. Abro a porta e logo três figuras morenas adentram
Eles começam a fazer várias perguntas para Noah, para deixá-los a sós, entro no banheiro com a mala para arrumar minhas roupas. Após
arrumar tudo, saio do cômodo vendo todos do mesmo lugar, mas dessa vez, Nour nota minha presença.
Nour: Any, desculpa entrar assim e não te cumprimentar, era um caso urgente. - Me abraça.
-Ah, não tem problema. -Digo e olho para Noah que está abraçado firmemente a Josh. - O que houve com ele? - Pergunto para a morena que se posicionou ao meu lado.
Nour: Infelizmente não podemos te dizer, é assunto de Noah. - Diz me fazendo compreender.
Vou na direção do garoto me agachando em sua frente. Se olhar vem para mim e posso ver um traço de medo neles, mas logo seus lábios são levemente puxados, mostrando um sorriso.
-Oi.- Sorrio tocando seus cabelos o fazendo fechar os olhos. - Tudo bem com você? - Ele somente balança a cabeça.
Josh se levanta e logo um bico se forma no rosto do moreno a minha frente, me sento em seu lugar e abraço Noah que aos poucos aconchega em meus braços.
Josh: Sina - o olho. - Nós já vamos. Qualquer coisa nos chame.
- Pode deixar. - Digo vendo os três passarem pela porta, mas antes de fechar a mesma, o loiro sorriu olhando para o amigo.
Acaricio os fios de Noah vendo o mesmo com os olhos fechados soltando suspiros baixos. Me encosto na parede atrás de mim, trazendo comigo o corpo do garoto que acomoda sua cabeça em meu peito.
Olho para o relógio vendo que já são 20:32PM, volto meu olhar para Noah, vendo que ele já está dormindo. Delicadamente o arrumo em sua cama, ajeito sua coberta e pego meu telefone no bolso da calça jeans que uso, saindo do dormitório discando o número de meu pai.
No trajeto para o pátio que se encontra dividindo os prédios, acabo esbarrando em algo, ou melhor, alguém.
-Me desculpe. - Peço colocando as mãos nos braços da garota que quase foi ao chão.
Olho para seu rosto perdendo a respiração por alguns segundos; ela obtém alguns traços parecidos com os meus. E é um pouco parecida
com minha ma... Progenitora quando mais nova.
Xxx: Me solta, garota. - Abaixa os braços rapidamente me fazendo solta-la. Ela passa por mim indo em alguma direção.
Volto a realidade e trato de tirar isso da minha cabeça.
Acordo com meu despertador e o desligo. Me viro vendo o quarto vazio; Noah não dormiu aqui. Ele anda muito estranho, eu fiquei alguns dias
sem vir a faculdade e isso acabou me deixando confusa com os acontecimentos.
Deixo isso de lado indo me arrumar. Tomei um banho e logo coloquei minhas peças íntimas, hoje o tempo estava um pouco frio, então optei por uma blusa de mangas e gola alta na cor preta, uma jardineira preta, e tênis branco.
Amarrei meus fios no alto e passei perfume. Decidir não utilizar acessórios por hoje. Peguei minha mochila na escrivaninha e meu telefone na mesa de cabeceira, e sai do quarto fechando a porta.
Disco o número de meu tio e coloco o aparelho perto do ouvido.
-Bom dia tio. - Desejo quando o mesmo atende.
-Bom dia, querida. - Diz e posso escutar alguém no fundo. - Espera seu apressado. - Repreende em voz baixa. - Já irei passar o telefone para seu pai.
- Obrigada. - Agradeço, e quando viro o corredor, meu corpo se choca com outro. Olho para a pessoa quase perdendo o ar. A mulher em minha
frente é branca, olhos verdes, cabelos loiros e usa roupas extremamentes elegantes.
Milena Black Wang.
Milena: Que foi garota? - Pergunta com ar superior.
Minha respiração fica falha me tirando toda a atenção do telefone.
Karen: Mãe! - A mesma garota que esbarrei ontem, vem em direção a mulher. - O que aconteceu?
Milena: Essa garota esbarrou em mim, e paralisou.
Sabina: Sina? SINA! - Me assusto quando alguém grita pelo telefone.
-Espera só um minuto. - Peço para Sabina que me chamou. - Me desculpe... Senhora - Engulo seco a olhando nos olhos - Com licença!
Me viro voltando para meu quarto. Quando fecho a porta, coloco tudo para fora, soltando soluços.
- Sabina...
Sabina: Sina, o que aconteceu?
- Eu a vi...
Desde em que nos reencontramos, nos aproximamos muito. Quando
mais novas, sempre andávamos grudadas, contando segredos uma para outra e eu contei para ela sobre aquela mulher.
Sabina: viu?! Como assim?
- Ela está aqui na faculdade. A filha dela estuda aqui. - Digo chorosa.
Sabina: Aí meu Deus, era só o que faltava. - Resmunga. - Você tem algum horário que possa sair daí?
- Não....
Sabina: Ok, eu dou um jeito. Agora respire fundo, coça a garganta e fale com o tio Arthur pois ele está esperando para falar com você - Diz.
- Vou tentar. - Respiro fundo e coço a garganta. - Não fala nada pra ele, por favor.
Sabina: Claro que não irei dizer, o tio está indo muito bem com a
recuperação da cirurgia. Com a notícia que a cobra está por perto não quero nem pensar. - Sussurra. - Tchau Sina, nos falamos depois.
- Tchau Sabina. - Solto um pequeno riso por sua atuação.
Pai: Oi meu amor. - Escuto a voz de meu pai, baixinha.
- Oi papai. - Engulo o choro.
Pai: Por que demorou para responder?
-Ah, eu acabei esbarrando em algumas pessoas no corredor, isso
dificultou a nossa conversa - Minto. Eu odeio mentir para ele.
Pai: Tudo bem...
Converso com ele e após alguns minutos, me despeço. Lavo meu rosto e vou para a aula.
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𝐖𝐡𝐢𝐭 𝐉𝐮𝐬𝐭 𝐎𝐧𝐞 𝐋𝐨𝐨𝐤 - 𝐀𝐝𝐚𝐩𝐭𝐚𝐜𝐚̃𝐨 𝐍𝐨𝐚𝐫𝐭
Teen FictionComo em um velho clichê, Noah é aquele garoto considerado badboy; "mau" pegador entre as garotas. É quase isso! Noah Urrea, é o mais cobiçado pelas garotas na faculdade. Mas o mesmo nunca foi visto com ninguém, o que causou uma certa curiosidade ent...