Capítulo 22

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Voltei depois de um longo tempo, peço desculpas pela ausência e como a historia já esta completa na minha conta do Social Spirit (visto que escrevi há algum tempo), vou completa-la por aqui. Aos novos leitores, sejam muito bem vindos.


Fotos, memórias perfeitas
Espalhadas por todo o chão
Buscando o telefone porque
Eu não consigo mais lutar
E eu me pergunto se eu ainda passo pela sua cabeça
Pois você está na minha o tempo todo.
Need you now- Lady Antebellum


11, Julho, 2019.
Laguna Larga, Argentina.

Paulo analisava a vista pela janela de seu antigo quarto quase tudo ainda era igual à época de sua adolescência, as camisetas de time, os pôsteres de bandas e o álbum com figurinhas de jogadores que ele tanto lutou para completar e quase colocou Alícia louca. Mas, agora era diferente, ele estava diferente, faltava algo, ele sabia, a cama de casal o remetia ao riso de Jade quando estiveram ali nas últimas férias, sua mãe havia trocado a mínima cama de solteiro por uma maior quando Jade os visitou pela primeira vez.

Sobre a mesa de canto um quadro dos dois em uma das primeiras viagens do casal, Jade sorria, os cabelos castanhos espalhados pelo vento e um Paulo encantado e entregue a ela, quando haviam mudado tanto? Ele sentia tanta falta dela, três dias desde que deixou Jade em um quarto de hotel e partiu para a casa da mãe, como um garotinho fujão.

- Paulo quando vamos falar sobre isso?- A voz de Alícia soou fraca, ela já havia questionado sobre aquilo outra vezes desde que ele chegara no meio da madrugada e subiu direto para o quarto há três dias, ele sabia que ela estava tentando dar a ele espaço, mas era uma mãe e estava preocupada.

- Ela não atende- ele olhou o celular outra vez, Jade havia sumido, ele sequer sabia como ela tinha chegado, não achava que merecia uma resposta, ele sabia que diante da situação não merecia, merda, ele estava uma droga e não gostaria de imaginar como ela estaria, porque aquilo acabaria com ele.

- Ela não esta errada- Alícia se apoiou na antiga escrivaninha, Paulo encarou a mãe por poucos segundos antes de voltar a encarar a janela outra vez- Dê a ela algum tempo, o mesmo que você pediu- ela alfinetou.

- Quer me ajudar?- questionou ele levemente irritado.

- Eu estou tentando, mas foi você quem saiu, foi você quem disse que queria um tempo, não espere que ela venha atrás- sua mãe foi clara, ele respirou fundo- Eu consegui falar com ela ontem à noite- a mulher sorriu ao ter toda a atenção do filho pela primeira vez desde que entrara ali, vê-lo deprimido daquela maneira estava acabando com ela.

- Como ela está?- questionou Paulo subitamente preocupado.

- Bem na medida do possível, Soraia e a mãe estão com ela- ela acariciou o ombro do filho, Paulo acenou um tanto mais calmo- Espero por você no jantar- Alícia foi categórica.

- Mae- Paulo chamou quando Alícia alcançava a porta para deixar o cômodo, Alícia encarou o filho- Ela perguntou por mim?- Alícia segurou o sorriso.

- Sim, Paulo- e então deixou o cômodo.

No jantar até Mariano estava calado, Paulo surpreendeu-se com o silêncio do irmão que sempre tinha alguma brincadeira.

- Quando pretende voltar para casa Paulo?- a voz de Mariano soou quase no fim da refeição, ele estava inquieto, Paulo sabia que ele queria dizer algo, imaginou que tivessem chegado lá afinal- Quer dizer você pretende voltar não é?

- Eu não sei – Paulo foi sincero- Eu preciso pensar.

- Então talvez você realmente não a mereça- a voz soou novamente depois de algum tempo, Mariano levantou-se e pegou seu prato.

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