Rockstar

Um não encontro

Pov Lena

O final de semana chegou em um passar de olhos. Durante minha semana fiquei em casa aproveitando meu tempo livre. Acordava cedo, corria no Central Park, tomava um bom café expresso da esquina de minha casa, organizava meu apartamento que ainda não estava da maneira que eu queria, pegava meu violão e arriscava algumas notas novas, anotava as mesmas e via um pouco de Tv.

Não conseguia tirar Kara de minha cabeça nenhum minuto sequer, aquela garota mexeu mesmo comigo. Até minha mãe, Dona Lillian Luthor percebeu.

Eu estava tão fodida... Kara era sinônimo de coração partido. Uma hetero, que não me queria nem por perto, eu levava as coisas na brincadeira, mas no fundo queria que ela me visse de outra maneira, mas devo concordar que essa "casca" que uso diante das pessoas de uma roqueira que não liga para nada e fode o coração de todo mundo não ajudava em nada para que Kara pudesse de repente me conhecer melhor.

Era manha de sábado ensolarado e ela ainda não tinha me respondido o melhor dia de sairmos..

Porra, Lena, Kara seja qual for seu sobrenome, era a única mulher/ garota em sã consciência que não queria "esquentar" minha cama. Mal sabia ela que para mim, tudo bem, isso somente mostrava o quanto ela é especial, ela merece mais que apenas uma ou duas noites loucas de sexo selvagem e desenfreado.

Corro no central park, gosto de ir lá, porém as mesmo tempo me angustia , pois vejo lá tanto casais que parecem tão felizes e realizados, vejo crianças com seus cachorrinhos brincando, famílias juntas se divertindo, enfim, e isso me fez sentir-me sozinha. Eu tenho minha mãe, meu Pai, a Gayle que é minha irmã postiça, minha prima Sam, porem mesmo assim sinto-me... tão solitária.

Maneio minha cabeça em negativa.

Não sei o que está acontecendo comigo, mas parece que mesmo que mais de 10 mulheres passem pela minha cama durante um mês, não é isso que realmente quero. Eu quero mais. Quero alguém para conversar, compartilhar os momentos felizes e tristes. Alguém para contar de verdade, mas aí quando estou nos meus dias normais ou com Kara, por exemplo, só falo besteiras sexuais e ajo como uma maníaca sexual, é minha defesa, é automático e não consigo evitar.

Caminho rumo ao café na esquina de onde eu moro. Meu apartamento é de frente ao Central Park, e o bom é que as pessoas não ligam para quem eu sou, aqui posso ser alguém normal, porem claro que as vezes encontro alguém que me pede autógrafo, fotos e me abraçam e me beijam desesperadamente, as vezes choram e as vezes ficam sem reação. Eu sempre procuro dar o melhor para essas pessoas, já tive meus ídolos na infância/adolescência e gostaria que me tratassem bem.

Pego meu café expresso e caminho até minha casa bebendo-o sem nenhuma pressa. Finalizando meu café tomo banho quente, relaxante e sem pressa alguma.

Vestida com meu roupão pós banho pego meu celular depois de anunciar-me uma mensagem. É da minha mãe, convidando-me para almoçar com ela na sua casa, respondo-lhe que "sim" e me surpreendo quando vejo uma mensagem de Kara de meia hora atrás. Abro a mensagem e a leio.

"Bom dia. Não pude dizer ontem o dia que estaria livre, pois somente saberia hoje desta vez. Poderia ser hoje, se estiver com a noite livre. Pode escolher o local."

Sorrio com sua resposta e lhe escrevo logo em seguida.

"Bom dia, anjo de olhos azuis. Para você estou sempre disponível. Que tal às 8 da noite?"

Sua resposta vem rápida.

"Tá bom."

Simples e direta. Ok.

"E o lugar? Alguma sugestão?"

Mais uma vez a resposta vem.

"Não, não saio muito, então não sei de lugares legais. Você escolhe."