2. Quem é o mais adequado?

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Renegar os próprios instintos pode ser uma atitude tanto corajosa quanto estúpida.

Park Jimin arranhava a porta trancada do quarto de Jungkook. Seu lobo choramingava e o desejo do moreno era de fazer o que o ômega queria e libertá-lo dali, mas sabia que Jimin odiaria isso em seu estado mais lúcido.

Nem sua mãe gostava de ficar em casa naquele período: a alfa preferia ficar na casa da mãe de sua falecida esposa para não ter de lidar com o cheiro forte do lobo de Mataego. Por mais que respeitasse Jimin e o relacionamento com seu filho, sua loba interior não gostava de sentir aquele aroma cítrico.

Por isso, estavam sozinhos entre o pequeno espaço de quatro cômodos e tanto a porta da casa quanto a do quarto de Jungkook estavam trancadas.

— Venha pra cama, Jimin... — o ômega se levantou do colchão e caminhou cauteloso até o companheiro. — Eu posso te tocar, igual nós sempre fazemos.

As palavras brandas na voz do ômega em nada agradaram o outro, que se encolheu até se abaixar no chão do quarto. Jungkook fez o mesmo e se sentou ao seu lado, com ambas as costas apoiadas na porta de madeira maciça.

— Eu odeio sentir isso! Eu odeio ser um ômega! — falou choroso e abraçou as próprias pernas; sentia o interior molhado pela lubrificação natural que estava escorrendo no seu pico daquela semana: no dia mediano do cio, o desejo ficava insuportável.

Contudo, não queria sucumbir a isso. Não deixaria nenhum alfa tomá-lo.

— Jimin... — Jungkook tocou sua coxa. — Vamos pra cama.

O loiro balançou a cabeça, receoso. Seu estado não era dos melhores: os olhos negros assustados, o rosto corado demais pela excitação constante e os lábios rosados inchados por mordê-los seriam uma visão excitante para qualquer alfa, mas o cheiro cítrico enojava qualquer cidadão de Antracite.

Jungkook, por outro lado, cheirou o pescoço do companheiro com carinho ao pegá-lo no colo e ir até a cama do seu quarto.

No auge do seu desespero, Jimin se segurou nas vestes claras do parceiro assim que se deitou, e o olhar direcionado a Jungkook foi de desejo, puro e cru.

— Me toca. — sussurrou com o peito ardendo, ofegante. Jungkook balançou a cabeça e começou a abaixar a calça de tecido grosso do ômega, já acostumado a como seu corpo ficava nesses período: as coxas estavam molhadas pela lubrificação que escorria e aquele líquido translúcido sujou seu colchão, mas tampouco se importava.

Os toques começaram sutis: uma mão bombeava o pênis do ômega e a outra o penetrou direto com dois dedos, o que fez Jimin soltar um gemido rápido de satisfação.

— Rápido, Jungkook! Por favor! — quase rosnou para o ômega, que balançou a cabeça mesmo que não fosse necessário, pois os olhos de Jimin estavam pressionados.

Jungkook se abaixou para sugar a glande pequena do ômega e soltou com um estalo com a boca ao se afastar.

— De novo! Por favor, faz... — Jimin levou a cabeça para trás e gemeu um pouco mais ao sentir a língua de Jungkook outra vez: era quente e gostosa, mas infelizmente ainda não era o suficiente.

Nunca seria.

— Me toma, Jungkookie... — gemeu manhoso, implorando. O moreno respirou fundo e se afastou o suficiente para virar o corpo de Jimin na cama.

Sabia que qualquer alfa entraria em um estado de torpor excitante ao extremo se tivesse acesso àquela visão e àqueles feromônios, e Jungkook desejou saber como era se sentir daquela forma: como um alfa.

Foi fácil entrar em Jimin. A entrada lubrificada pelo cio o fez gemer baixo de excitação e sentir cada pedacinho do ômega tão sedento — Jungkook segurou nos fios dourados e enterrou-se no corpo que tanto idolatrava.

Mataego | Taekookmin [FÍSICO EM 02/25]Onde histórias criam vida. Descubra agora