𝑹𝑬𝑴𝑨𝑲𝑬 | 𝙆𝙖𝙯𝙪𝙩𝙤𝙧𝙖

025

" Quem é esse tomatinho da vovó?"

Saphire tentava de todas as formas pegar o celular, vermelha pelos dias em que estave exposta ao sol da praia. Faziam uma ligação avisando que voltariam para casa, e Kazutora rodava pelo quarto catando todas as peças de roupas.

Era meio triste perceber que o passeio estava no fim, era tão bom estar em terras brasileiras. Aproveitou o máximo com todos, comeram o tanto que podia, mas como tudo na vida acaba, deveriam voltar.

"O tomatinho tá trazendo presentes?" Agatta babou do outro lado da linha em amores.

" Ah, está sim..." você sorriu forçada, pensando que não haviam comprado nada a mulher nem as amigas.

" Preciso ir, [Nome], tenho uma reunião daqui trinta minutos." Disse a senhora triste do outro lado " Até depois meu amorzinho." Mandou beijo a neta " Cadê meu bebê?"

Você virou a câmera capturando Kazutora que contorceu o rosto, odiava quando a mãe o chamava como uma criança pequena.

" Tchauzinho." Encerrou a chamada, olhando as costas enorme arrumando as malas " Precisamos comprar presentes."

" não deveria ter mentido, não temos tempo."

" Sua mãe ficaria triste, Kazutora." Murmurou " Vamos por favor..."

" Vamos pegar voo daqui três horas, gatinha."

" Tem beijo de recompensa."

•••

Andavam pelas ruas alegres e coloridas de pipa, empurrando o carrinho com Saphire e o típico disfarce fajuto dos garotos. Kazutora seguia aéreo por suas costas buscando algo que agradasse a mãe, já Baji e Mitsuya babavam pelas praianas. O trio se igualava a uma barreira por suas costas.

Adentraram a primeira loja chamativa, não tinham muito tempo e qualquer lembrancinha era válida. Passou até decorações para casas, alguns broches com o nome do local, roupas de praia.

" Olha [nome], não ficou bom?" Virou-se até avistar Baji esticando a parte de cima de um biquíni no peito " Tô gato."

" Que nada, o Meu é mais bonito." Mitsuya estendeu outro estilo de biquíni sobre o peitoral, olhando-se contra o espelho.

" Quem é você." Baji fez careta " Ei [nome], por que você não leva esse para suas amigas?"

" Inclusive, por que não conhecemos elas?" Mitsuya comentou, deixando o biquini no lugar. Suas amigas não iam muito com a cara de Kazutora, quem poderia garantir que gostariam dos amigos dele.

" Porque não tem motivos." Kazutora te mostrou uma decoração pérola feita de argila " Minha mãe iria gostar disso."

" E precisa de motivos? Amigas da [Nome] são amigas nossas também." Baji deixou o biquíni sobre suas mãos " Leve esse de presente, e diga a elas que queremos conhecê-las."

" Se vai levar o dele, tem que levar o meu também." Mitsuya pegou novamente o biquíni estampado com flores e folhas.

Passaram até o caixa para pagar, tomando o olhar da atendente que fitava corada o trio músculo e beleza. Deveria se acostumar com esse tipo de cenário, já que era quase impossível sair com eles e não presenciar esse tipo de comportamento vindo das pessoas. Pensava que os garotos nasceram para brilhar, e (in)felizmente, Kazutora chamava muita atenção.

Após saírem da loja, seguiram novamente ao hotel para buscar as malas e voltarem para casa. Triste era a realidade. Estava meio cabisbaixa por ver o passeio mais legal de sua vida acabar, ajudando os homens a guardarem as malas no porta malas da van.

" Que foi?" Uma voz doce porém grossa se fez presente em suas costas, Kazutora alisou sua espinha tentando consola-la.

" Gostei muito daqui, não queria voltar tão cedo assim..."

" Calma, gatinha." Usou a mesma mão que te consolava para contornar sua cintura " Podemos viajar outras vezes novamente."

Sorriu escutando aquilo, viagens sempre eram bem vindas principalmente com Kazutora e Saphire. Os considerava tanto que poderia pense ser parte da sua família. Queria sempre estar por perto, acompanhando, desfrutando da felicidade que eles viviam. Era esse seu destino ali. Já não era mais a babá preocupada somente com o dinheiro para faculdade ou qualquer coisa egoista, era a mãe postiça de uma criaturinha fofa e a garota apaixonada pelo pai idiota dela.

Kazutora abaixou até sua orelha, querendo que somente você escutasse.

" Mas e meu beijo? Você prometeu."

" Aqui não." Pressionou o torso dele para longe, impedindo qualquer contato que te destabiliza-se " Você pode esperar, não?"

" Claro." Kazutora bufou, levantando as mãos em redenção " Minha vida com você é só na base da espera."

" Você aprendeu rápido." Piscou provocando o homem.