none. (longfic) | chaennie (pcy + kjn)

capítulo 10: ponto de partida.

Você esperou sozinha por mim?

A pequena ilha onde nossas promessas e segredos desajeitados começaram

Este lugar é a nossa linha de partida

Magic Island, TXT

☁️

Correção: quase tudo na vida de Jennie era meticulosamente planejado.

Às vezes, ela agia sem pensar e às vezes, mas só às vezes, as coisas saiam do controle.

Beijar Jisoo foi uma dessas "vezes".

Jennie só se dá conta quando a boca dela toca na de Jisoo. Não... Espera!

Os lábios de Kim Jisoo estavam pressionados no dela. Tipo, de verdade.

Quer dizer, mais ou menos. Jennie não sabia se podia chamar de beijo, pois nenhuma das duas se movimenta ou aprofunda o contato. Elas apenas ficam imóveis.

Jennie tenta se convencer de que aquilo não estava acontecendo, que era apenas sua cabeça lhe pregando peças, e que em alguns instantes ia despertar daquele pesadelo. Porém, a respiração quente batendo suavemente em seu rosto e a pele macia embaixo de suas mãos, confirmavam que sim, ela beijou Jisoo.

E o pânico toma conta.

Um estrondo na porta faz as duas se afastarem com os olhos arregalados.

— Assalto? – Jennie pergunta, seu corpo inteiro queimava de vergonha, ela nunca quis tanto derreter e se fundir com o sofá quanto naquele momento.

Burra, burra, burra. 

Essa era a única coisa que passava em sua cabeça.

— Ladrões não batem na porta. — Jisoo fala e levanta para atender.

Apesar de transparecer calma, suas bochechas estavam vermelhas e ela tinha um olhar aéreo.

Droga, Jennie pensa.

Ela só precisava manter a calma e inventar mil e uma desculpas do porquê ela não gostava de Rosé. Não era difícil. Ela podia argumentar sobre todas as coisas ruins que Rosé já tinha feito e falado para ela, ou devia simplesmente ter negado e mudado de assunto, não ter beijado Jisoo. Mas, é claro que ela escolheu a pior rota.

Outra batida violenta na porta faz Jennie se encolher no sofá e olhar na direção da porta.

— Cadê minha filha?

Um arrepio sobe por sua espinha ao ouvir o tom irritadiço da mãe. Ela estava tão, tão ferrada.

— Quem é você? — Jisoo questiona, deixando apenas uma fresta da porta aberta.

— Sou a mãe da Jennie e eu sei que ela está aqui.

Jisoo a inspeciona de cima a baixo.

— Prove.

Doida. Jisoo era doida por falar assim com sua mãe.

— Francamente... — pelo que conhecia da mãe, ela já estava furiosa. Jennie aperta os olhos com força. Se pudesse sumir, ela sumiria, explodiria em milhares de partículas e evaporaria no ar. — Saía da minha frente.

— Não. — Jisoo bate o pé no chão e segura a porta com força. — A casa é minha e eu não vou te deixar entrar.

Jennie levanta com o coração acelerado, indo a passos lentos até a escada. Ainda dava tempo dela correr e se esconder, não dava? Ou pelo menos pular da sacada do quarto de Jisoo. Ela já tinha tomado várias atitudes impensadas naquela noite, o que era mais uma para a conta?