none. (longfic) | chaennie (pcy + kjn)

capítulo 13: nasce o amor.

Volte e me diga:

Por que estou sentindo como se tivesse sentido sua falta todo esse tempo?

E me encontre lá esta noite

E me diga que não é tudo coisa da minha cabeça

Everything Has Changed, Taylor Swift

☁️

Os lábios de Jennie eram macios e se movimentavam com delicadeza, buscando aprofundar o contato. Rosé fecha os olhos, se permitindo desfrutar da sensação e leva a mão até a cintura dela, apertando a região com força.

Embora seu coração estivesse acelerado, ela não se importava. Jennie a puxa pela nuca, trazendo-a ainda mais para perto, e colando os corpos das duas. Rosé se arrepia por completo.

Beijar Jennie era maravilhoso.

Nada poderia fazê-la se afastar, nem mesmo sua mente tumultuada, nem seu orgulho a amaldiçoando por beijar alguém que um dia jurou odiar ou a falta de ar. Nem mesmo um meteoro caindo do céu e acabando com a humanidade conseguiria. Absolutamente nada.

Jennie inclina o pescoço num movimento suave, entreabrindo a boca e as línguas se tocam lentamente. Rosé solta um murmúrio de satisfação, sorrindo contra os lábios dela.

— Jennie... — sussurra, quebrando o contato quando a necessidade de ar se faz presente.

Precisava recuperar o fôlego, mas ao mesmo tempo ansiava mais daquela sensação.

— Rosie... — Jennie chama.

Elas ficam de testas coladas, encarando-se em silêncio. Rosé acaricia a bochecha dela com o polegar, ainda tentando recuperar o foco.

— Oi. — responde, aérea.

Então, uma voz alta a chama pelo nome novamente e Rosé dá um solavanco para trás.

— Quê?

Dizer que ela foi puxada para fora da sua própria cabeça seria um eufemismo; ela foi brutalmente arrancada de lá e jogada de volta à cruel realidade. E a realidade era que:
Beijar Jennie foi tudo, menos real.

Não passou de uma ilusão de sua mente perversa, uma muito vívida e realista.

— O que houve? — Rosé questiona, ofegante. Porém, era a única, pois Jennie respirava normalmente. — O que aconteceu?

— A gente tava conversando e você ficou encarando o chão por cinco minutos — acusa Jennie, mantendo uma distância segura e a olhando com estranheza. — O que você 'tava pensando?

Você não vai querer saber.

Rosé chacoalha a cabeça em negação.

— Nada.

— Nada?

A resposta não convence Jennie, mas ela não sabia como explicar de outra forma. Nem mesmo ela sabia o que havia acontecido para que entrasse em um estado profundo de transe. O que foi real e o que não foi? Até onde a conversa tinha ido antes de seus pensamentos tomarem aquele rumo?

— Do que a gente tava falando mesmo? — questiona, tentando soar despreocupada.

Jennie a olha rapidamente e é o suficiente para fazer Rosé engolir em seco e desviar o olhar, sentindo-se exposta. E se ela tivesse confessado algo ou feito uma expressão estranha?

— Eu disse que não tenho nada contra você. — Jennie fala, deixando a toalha que dobrava de lado.

Não era o que Rosé esperava ouvir, mas era melhor assim.