capítulo 17: o bom e o perverso.

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Por favor, esteja aqui por mim, querida.

Porque eu nunca precisei tanto de um amiga.

E eu não consigo enfatizar o quanto significa para mim,

que você está tentando.

Trying, Cavetown.

☁️

mais um capítulo gigante para vocês (não me matem)

desculpem qualquer erro e boa leitura <3

☁️


O objetivo de Jennie era bem simples: escapar de casa sem ser vista.

O confronto entre Chahee e Chaeyoung seria naquela tarde, na pracinha do centro da cidade, e ela queria estar lá para ver — ou pelo menos para tentar convencer Chaeyoung de desistir daquela loucura.

Apenas vinte e quatro horas haviam se passado desde que o fatídico acordo tinha sido selado na sala de música e desde então, Jennie tentava fazê-la mudar de ideia. Depois que Chahee saiu e as duas ficaram sozinhas, ela argumentou, mas nada conseguiu. Tentou por mensagens, mas era ainda mais fácil para Chaeyoung fugir do assunto.

Não seria nada fácil.

Mas, primeiro, ela precisava chegar lá se quisesse ter alguma chance e para isso precisava fugir da prisão que era a sua casa. Se pedisse permissão, sua mãe negaria até a morte, talvez até a fizesse mudar de cidade.

Não.

De jeito nenhum, sua mãe podia saber para onde ela estava indo e o que ia fazer. Por isso, Jennie sai do quarto na ponta dos pés e desce as escadas devagarinho, tentando ao máximo não fazer barulho. Só precisava chegar até a porta de entrada.

Ela pisa, bem levemente, calcanhar elevado, e descansa a sola no carpete em câmera lenta; mal respirava. Já havia checado e a mãe estava no escritório ocupada com a papelada do trabalho. Quando se é filha de uma mãe superprotetora, aprende-se desde cedo algumas habilidades cruciais para sobreviver.

Jennie consegue chegar até o cabideiro. Ela pega um boné preto e veste ele, pois estava um sol de lascar lá fora, em seguida, senta no chão e, por causa daquela tipoia estúpida e seu braço engessado, sofre para calçar seu All Star — o mesmo que Chaeyoung customizou na casa da árvore.

Ela sorri ao lembrar do momento e ainda mais do beijo que veio a seguir, porém, seu sorriso diminui conforme a ordem cronológica seguia. Era agridoce, a lembrança, e amargo o gosto de saber que Chaeyoung fugiu e nunca mais a beijou.

Ela queria tanto beijar Chaeyoung de novo, mas algo sempre ficava no caminho. Às vezes, eram as outras pessoas que apareciam em momentos importunos e, às vezes, elas mesmas – principalmente, elas mesmas. Era frustrante porque Chaeyoung literalmente disse em voz alta "Eu gosto de você" e ainda, assim... Nada. Tudo se complicou demais, virou bola de neve, e algo tão simples quanto um "Eu também gosto de você" fugiu do alcance dela.

Um latido fino e o som de patinhas destroem sua tentativa de fazer silêncio quando Kuma surge correndo, vindo da cozinha e pula na perna dela.

Droga, Kuma, péssima hora para aparecer.

— Oi, amor! Shh...— Jennie, fala abaixando-se e não resiste: dá um beijo em sua cabecinha marrom e afaga os pelos macios. — Eu já volto, tá? Se comporte.

none. (longfic) | chaennie (pcy + kjn)Onde histórias criam vida. Descubra agora