Já passava da meia noite e Lily despontava pelas ruas. Estava completamente vazias, o toque de recolher já tinha sido anunciado há algumas horas. Os guardas já patrulhavam as ruas, com suas roupas negras e com armas nas costas, letais e treinados para matar rapidamente de várias formas diferentes.
A jovem com seu manto se escondia silenciosamente dos guardas pelas sombras dos prédios.
Nem um deles notou sua presença, que bom. pensou Lily não queria ser incômoda, pois seu humor não estava dos melhores naquele dia.
Ela andou pelos prédios até chegar a um beco, onde avistou uma tampa, que Lily levantou facilmente e pulou para dentro do esgoto.
O único lugar para andar pela cidade sem ser notado era pelos dutos dos esgotos ali os guardas não iriam entrar. Mas por esse mesmo motivo, aquele lugar também era bem perigoso, pois havia coisas muito piores nos esgotos do que guardas armados. Ela já tinha explorado a cidade inteira, principalmente os esgotos para ver se sua teoria estava correta, e o que encontrou realmente cumpriu com o que imaginou.
Aquele lugar tinha um cheiro horrível, Lily tentou em vão não torcer o rosto para o odor que subia da água, escura que passava ao seu lado. Ela teve que manter o manto afastado dele, odiaria sujá-lo com aquele líquido nojento.
Percorrendo pelos túneis Lily teve que passar por diversas passagens mudando sempre para direita ou esquerda até finalmente chegar a uma bifurcação, que levava em uma passagem em que a água não percorria. Silenciosamente Lily chegou até o fim do túnel.
- dessa vez vou ganhar – disse uma voz de dentro da câmara.
- Você disse isso nas últimas quatro vezes. – disse outra voz.
A jovem ficou nas sombras e olhou para a câmara iluminada. Viu dois rapazes, não mais que 28 anos, percebeu Lily. Estava jogando cartas em uma mesa, bebidas vazias habitavam por toda parte. Onde ficava o pulso direito, dos homens tinham uma tatuagem de uma âncora com um polvo. Eles vestiam o cinza habitual de todo o morador da cidade prateada.
Havia armas também muitas por sinal todas despontadas ao redor da mesa. Lily não esperou nem mais um segundo e saiu das sombras, com uma adaga na mão fingia limpar as unhas quando disse.
- ola rapazes. – com um sorriso por tras do capuz- será que posso jogar também?
O mais rápido que podiam os homens se levantaram e pegaram as armas e ficaram em prontidão, prontos para lutar a qualquer sinal de ameaça. E quando olharam para Lily demonstravam fúria.
-Quem é você ? – perguntou o de cabelos loiros.
- Mais vocês não sabem brincar não é mesmo - disse andando mais dois passos para frente, os dois continuaram onde estavam com armas nas mãos – já que é assim... Não são necessários a armas.
- deixe-nos em paz- disse o outro rapaz com um sorriso assassino – eu e Allen deixaremos você ir inteira para casa.- mentira, eles não deixariam.
- ah eu vou mais antes... preciso de uma coisa.-os homens se entreolharam.- disse dando mais um passo. - Preciso que entregue uma mensagem para mim.
- uma mensagem? - perguntou o loiro que acreditava se chamar Allen. – não somos mensageiros garota.
- há- disse levantando os olhos das unhas, para encarar diretamente os homens, eles levantaram mais as armas. - creio que mudará de idéia quando saberem para quem se trata a mensagem.
- quem?- perguntou debochado, mas um pouco curioso.
- Jones Anderson- os homens ficaram sem expressão diante do nome revelado.
- não conhecemos nem um Jones Anderson – disse – deve ter se confundido.
- não estou enganada, suas tatuagem me provam exatamente o contrário.- pela primeira vez eles a olharam com dúvida e curiosidade.- Jones...mestre dos âncoras tentáculos- riu.- sei muito bem o que fazem.
Os homens foram em direção a Lily com as armas direcionado diretamente para ela, com uma velocidade impressionante para homens bêbados. Mas a garota deviou com uma graça impecável derrubando um deles no chão, e lançado o outro pela câmara. As armas que eles seguravam, não estavam mais em suas mãos, mas flutuavam ao redor da jovem.
- diga a Jones Anderson – disse pressionado os pés no peito do loiro para matelo no chão – que a raposa vermelha está aqui.
No mesmo momento que ela pronunciou essas palavras o outro homem se jogou contra ela de novo, sem mesmo olhar em sua direção ou tirar os pés de cima de Allen, Lily lançou a arma que estava no ar em direção ao rapaz, e ele caiu já sem vida. Bom ela só precisava de um para mandar a mensagem.
- você...é... a... Raposa vermelha? Perguntou o loiro, aterrorizado agora que sabia quem estava à sua frente. - como isso pode ser possível você e de outro mundo, você é não mas que uma lenda. como poderia vir para a cidade prateada? - Dando um sorriso perverso à jovem respondeu.
– eu posso, simples assim. – e sorrindo, ela acertou com o cabo da espada na temporã do homem deixando inconsciente.
Lily saiu pelos túneis cantarolando uma canção medonha.
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Cidade prateada
Fantasyintrodução Fazia frio naquela tarde e Lily Moore andava pelas ruas quase congelando. Já estava cansada de tanto andar, não conseguia parar de pensar em um banho quente, chocolate e coberto . Mas ela se obrigou a focar em sua tarefa. Já se...