PREMONITÓRIO | BakuDeku

002 - Observação.

Eu sonhei, um dia, que alguém diria que me amaria com toda força. Que seu amor tinha inúmeras partes, quais nem mesmo as estrelas poderiam representar, um amor incondicional, genuíno, talvez, um amor à primeira vista.

Eu pensei que escutaria isso na minha primeira noite de amor, mas não senti impacto em suas palavras.

" Posso te perguntar algo?", Já perguntando, eu interrompi o híbrido de retirar minha bermuda nova, seus olhos preenchidos pela heterocromia e um olhar insaciável de desejo, me encararam fixo e surpresos. Ele, por cima de mim beijou meu queixo.

"...Claro.", Ele balançou a cabeça que sim, um pouco ofegante, e me encarou confuso.

" Você...realmente gosta de mim, ou é apenas temporário?", não pude evitar de lhe encarar fixo, por segundos, que me pareceram a eternidade, ele ergueu de leve as sobrancelhas, eu pensei que ele tinha a resposta na ponta da língua, mas ele parecia hesitante em responder tal questionamento.

Ele entre abriu os lábios, e ao responder, sua fala parecia travada, totalmente insegura.

"...Eu...Mas é claro, que pergunta é essa? ", Todoroki encostou nossas testas e deu um riso, me fazendo soltar um pequeno sorriso incomodado.

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Abri os olhos, enquanto minha mãe pegava suas coisas para sair de casa.

Hoje seria tarde de filmes, queria que ela ficasse comigo assistindo filmes animados, mas ela já havia combinado de sair com suas amigas de trabalho.

Na televisão passava " Meu irmão urso", e eu estava deitado sobre o tapete da sala, com uma almofada sobre a cabeça, a usando como travesseiro, e Belle deitada sobre o sofá, sendo minha companheira durante toda a tarde.

Não sentia emoção nenhuma assistindo o filme,  mas ao lado uma tigela de pipoca, e um copo de suco, talvez, me faziam sentir algo.

Preguiça, até mesmo de comer.

- Izuku, não se esqueça de retirar a toalha da janela, eu acho que vai chover. - Eu apenas olhava para a televisão, sem mover sequer um dedo, estava exausto mesmo após ter dormido por horas.

Faltava na escola há quatro dias, tirando o sábado, e hoje domingo.

Raramente respondia mensagens, e não queria levantar para fazer nada, nem mesmo tomar banho.

Me sentia impotente até mesmo para fazer o básico.

- Querido? - Minha mãe se ajoelhou a minha frente e acariciou meus cabelos, me fazendo sentir vontade de chorar. - Você está realmente bem? Não quer que eu fique e te faça companhia? - Ela soltou um suspiro, e me cobriu com uma mantinha. - Por que não tenta dar uma volta e esclarecer a mente? Chama a Uraraka para ir lanchar! - Ela me olhou sorridente.

Eu com dificuldade direcionei meus olhos para ela. Ela estava linda com aquele vestido.

- Estou com a pressão baixa, acho melhor ficar deitado aqui. - Peguei uma pipoca e levei até a boca, sem a mínima vontade de comer.

- Tá bom...- Ela passou as mãos sobre meu ombro. - Eu fiz porco para você, vai estar guardado no micro-ondas, cuidado para não estragar, você precisa comer melhor, filho. - Ela segurou meu rosto preocupada. - Está tão pálido, meu neném...

- Ah, mãe. - Franzi o cenho com as bochechas rubras, e escutei o som de sua risada. - Não sou mais criança, e você vai se atrasar.

Ela sobressaltou, e pegou o celular.

- É verdade! Eu te amo, já vou. - Ela me deu um beijo desajustado sobre a testa e se levantou as pressas pegando a bolsa. - Por favor, meu filho, coma aquela comida! - Ela mandou mais um beijo de longe e me encarou enquanto estava prestes a me sentar para dar-lhe adeus com a mão. - Eu te amo muito! - Ela saiu, e eu respondi rápido e alto antes que ela fechasse a porta.