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Um dia e meio depois eles chegaram na ponte Golden Gate, a viagem foi lenta pois quanto mais perto da ponte mais destruição eles encontraram. A caminhonete estava há poucos metros da ponte e eles estavam esperando anoitecer de novo, enquanto isso eles comiam feijão enlatado que Niall tirou da mochila que ele e Louis entupiram de coisas quando ainda estavam na casa.

Shawn e Bruce tinham olhos pidões para a mochila, os alfas não tinham muitos suprimentos e mastigavam uma barrinha de cereal murcha quando Niall puxou a mochila gorda que estava debaixo do banco e deu um enlatado para Louis. O ômega loiro bufou quando Louis o repreendeu com o olhar e ofereceu duas latas de feijão enlatado para os alfas.

Assim, o interior foi preenchido pelo som da refeição, Bruce suspirou quando praticamente engoliu o conteúdo em três bocadas e ficou admirando a lata vazia em contemplação.

Louis comeu metade e fez careta para o restante, uma queimação irritante subiu pela garganta e ele a engoliu de volta. Ele estava fazendo o possível para manter a comida e evitar uma preocupação desnecessária.

— Pega. — ele bateu a lata no ombro musculoso de Bruce e o outro pegou a lata sem questionamentos, sorvendo o feijão em goles rápidos e famintos.

Quando terminaram o carro caiu em silêncio novamente, vez ou outra eles ouviam grunhidos do lado de fora e tensionavam, prontos para lutar. Após mais um zumbi passar perto demais da caminhonete, Louis relatou sobre o zumbi mutante que apareceu na loja.

— Ele era enorme e horrível. — Niall finalizou. O ômega estava visivelmente perturbado após relembrar as horas de terror que encarou.

— Mutantes, hum? — inconsciente dos espinhos que surgiram nos dedos, Bruce apertou as mãos e passou a língua pelos dentes. — Tem como piorar?

— Guarda isso, Wolverine. — Louis apontou o queixo para as mãos do alfa e deu um tapinha no ombro dele. — Não vimos mais aquele zumbi, mas pelo que vi ele era atraído pelo som.

— Se ele era modificado então não deve ser o único. — Shawn expressou o que todos ali pensavam, mas não queriam emitir.

A conversa acabou em um silêncio sufocante. Louis não queria imaginar se lá fora teria mais zumbis como aquele, ou então piores, mas ele tinha que ser realista e estar preparado para encarar e se proteger de qualquer ameaça que surgisse que colocasse em risco a sua vida e a do seu bebê. Em meio aos devaneios, a mão de Louis desceu até a barriga e pousou sobre o ventre onde ele sabia que seu filhote crescia.

— Vamos tentar ficar fora do radar dessas coisas, se encontrarem algum não tentem lutar, apenas corram. — o tom gélido de Niall assustou Louis por um instante, mas ele se recompôs rápido, ele notou o olhar surpreso de Shawn mas não mencionou nada.

Os alfas assentiram e quando se deram conta a noite já estava se aproximando. Quando a lua deu os seus primeiros sinais eles saíram do veículo e caminharam até o início da ponte. No trajeto, eles abateram alguns zumbis desatentos, felizmente Shawn e Bruce pareciam ter muita experiência em matar zumbis, já que fizeram o trabalho de forma rápida e sem muita bagunça ou barulho. Os alfas chutaram os corpos para longe do caminho e prosseguiram, mas pararam quando Shawn sibilou um palavrão e eles ofegaram chocados com o que estava a frente.

Louis engoliu em seco e mudou o peso de um pé para o outro. Uma cortina de névoa branca e espessa cobria toda a ponte, uma brisa fria e sinistra percorreu a área e Louis esfregou os braços, satisfeito que decidiu vestir o moletom antes de sair do carro.

— Não estava assim quando atravessamos antes. — Shawn coçou a cabeça e estava visivelmente nervoso.

— Bom, os zumbis não são os mesmos de dias atrás. — Louis deu de ombros e tentou soar otimista, mas estava claro que a situação parecia perigosa.

Entre lobos e zumbis- larry [A.B.O]Onde histórias criam vida. Descubra agora