Entre lobos e zumbis- larry [A.B.O]

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A terra estava morna e parecia pulsar sob seus pés desnudos, a faixa de terra se estendia por quase seis metros de comprimento contra os dois de largura. Era um espaço relativamente pequeno na visão de Louis, mas ele sabia que era uma medida de segurança contra ele mesmo; Harry sabia que o ômega perdia a noção dos seus limites quando usava sua habilidade, então não queria arriscar o bem estar do marido grávido e do filhote deles.

Louis estava sentado em uma cadeira de jardim, os braços estavam apoiados em uma pequena mesa redonda e as mãos estavam em volta de um vaso marrom. Ele mexeu os pés na terra e suspirou.

Dois meses se passaram desde que reencontrou Harry, naturalmente o alfa se tornou o líder do grupo e todas as decisões passavam por ele, algumas famílias foram aceitas e agora tinham cerca de quarenta pessoas. A muralha que Liam levantara era imensa e de quebra Louis circulou a muralha com espinhos de uma roseira que encontrou no jardim.

Ele ainda conseguia ouvir os rugidos do seu alfa, bravo porque após sua "pequena ajuda" Louis desmaiou de exaustão.

Mas o ômega sabia que isso não afetaria o seu bebê, segundo Frey, inconscientemente, grande parte do poder de Louis estava direcionado em nutrir e proteger o filhote.

Ele se ajeitou na cadeira e suspirou, a barriga de sete meses era impossível de disfarçar, e o ômega estava se sentindo inchado em todos os lugares e muito preguiçoso, consequência de ter suas habilidades ligadas 24 horas por dia e ter um bebê para nutrir, mas ele não sabia como "desligar", e nem queria.

Louis, após algumas semanas de análise minuciosa, também percebeu que ele afetava a todos ao seu redor. Ele notou isso após uma excursão que Lauren, Zayn e Liam fizeram que durou quase uma semana. O ômega voltou reclamando que sua habilidade parecia fraca, e que ele se sentia cansado muito rápido.

Quando Zayn brincou que aquele hotel parecia uma bateria energética, Louis franziu as sobrancelhas e fitou as próprias mãos.

Ele confidenciou seus pensamentos para Harry e o alfa quis fazer alguns testes. O alfa correu até ficar a quilômetros de distância, ele voltou ofegante e com os olhos arregalados.

— A cada passo que eu dava parecia que minha energia era sugada para fora. — ele se jogou na cama e puxou Louis para os seus braços.

— Isso soa como se eu fosse, sei lá, um vampiro que suga a vitalidade das pessoas. — ele estremeceu e sentiu o peito do alfa balançar em uma risada estrondosa.

— Não assim, bebê. Era como se uma energia que não fosse minha estivesse voltando para o seu dono.

Louis grunhiu e encarou o teto. De repente o rosto do alfa entrou em sua visão, Harry usou os braços para erguer o corpo e fitar Louis com olhos verdes brilhantes.

— Eu já te pedi antes, mas vou pedir de novo…

— Não falar para mais ninguém, porque é perigoso e blablabla. — ele piscou travesso para Harry e mostrou a língua. — Eu já sei de tudo isso, bonitão.

Harry revirou os olhos e deixou um beijo molhado na testa do outro. Louis fez um som de nojo mas tinha um sorriso no rosto.

As lembranças o fizeram sorrir e por um segundo ele se desconcentrou e sentiu a vitalidade da semente no vaso se tornar demais até a semente explodir. O vaso rachou no meio e Louis bufou.

— Que droga, cultivar morangos é impossível! — ele jogou as mãos para o alto e corou quando viu Michael passar e lhe dar um sorriso compreensivo.

"Algumas sementes são mais frágeis e precisam de um cuidado extra para germinarem." Frey explicou calmamente.

Eu sei, eu sei, mas já tem quatro dias que eu estou tentando e nada!