102 anos...
O que são 102 anos, não é? É o tempo que estou aqui. Onde tudo se baseia em sofrimento para os outros, mas também, em autoconhecimento; cura; reflexão; justiça e compreensão. Julgar seus erros e pagar por eles é um grande ato de coragem mesmo que contra isso. Agora eu realmente entendia o inferno, antes pra mim um lugar sem vida e prosperidade e agora minha casa.
Jungkook estava no reino dos cupidos, atrás da paz e união dos reinos, o que seria extremamente complicado, não apenas por ser uma aliança entre reinos fortes mas também por ser um território neutro em guerras e discussões. Cupidos são astutos, fortes e inebriantes, ao conversar com um logo será convencido, isso obviamente se você for fraco, Jung não é!
Nós dois somos unidos, mesmo que distantes sabemos o que sentimos. Nada do que passamos foi em vão! Sabemos que a guerra está chegando, mesmo que minuciosa ela se aproxima. E nesses anos estamos nos preparando para cada situação, seja ela difícil ou fácil. Não só eu e Jungkook, como também Jimin, Jun e Tae - e obviamente nosso exército. O querido pai de Jungkook não se cansa e agora menos ainda! Ele parece odiar o filho profundamente. Eu realmente não o compreendo nem um pouco, é o filho dele. Não tem como afastar seu congênito desta maneira, pais e filhos deveriam se amar.
Uma dor foi estagnada em meu corpo, novamente... um flash de luz em minha cabeça era costumeiro, os lapsos de memórias ainda não voltaram ao normal. Tenho muitos momentos como esse, são menos dolorosos quando Jung está aqui...
- Taehyung! - O chamei da sala principal onde se encontrava o trono de Jeon e o meu futuro trono.
Eu me casaria antes da guerra, para lutar pelo inferno e demônios. Perderia minha alma da luz, isso é fato. Entretanto teria uma nação em meu coração.
Taehyung veio assim que escuta meu chamado, agora como braço direito do Jungkook ele parecia bem mais importante. Ele se curvou diante de mim - gesto nada apreciado por mim - e indagou:
- futura rainha! - abaixou a cabeça
Eu compreendo que é o trabalho dele e reverências são importantes aqui mas ele é meu amigo, desses tempos pra cá Taehyung tem amadurecido muito, e se tornado mais sério. Tenho total certeza que seu namoro com Jimin é Jun tem dado resultados diferentes em seu corpo
- ah Tae! Pare com essas reverência! Já! Bem... pode pegar o remédio para mim?
Ele me olhou preocupado se aproximando de mim, acho que ele deduziu que eu estava em um dos lapsos de memória. E como disse, dói, dói muito!- Você 'tá bem? Vem vamos pro quarto eu vou chamar o Jeon.
Sorri me apoiando no garoto que me ajudava a caminhar para o quarto, ele continuava o mesmo melhor amigo, brincalhão e companheiro.
- Não chama ele Tae, fica comigo aqui. Ele está ocupado.
Ele apenas concordou com a cabeça, Tae havia de me obedecer, mas seus atos de lealdade não eram apenas por eu ser superior e sim por seu meu amigo. Jun não estaria aqui tão cedo nem mesmo Jimin, ambos haviam ido com meu noivo. Pelo simples fato dos gêmeos voltarem a ativa como cupidos.
- deita aí... não tá na hora de explicar pro Jeon a gravidade disso? - eu me deitei observando.
Tae preparava o chá de ervas que a Luna havia feito para mim - uma grande curandeira - enquanto eu apenas respirava acalmando a dor de um punhal nas costas.
- Ah Tae... não quero preocupar ele, quando a crise passar podemos conversar sobre isso.
Ele me entregou o remédio com o semblante triste, não tão triste quanto o meu por saudades e dor.
- Olha... Jung é seu noivo ele deve saber. - se sentou na beira da cama vermelha.
Eu soltei um suspiro longo após beber cada gota do remédio amargo. Realmente horrível.
- Eu sei Tae, mas isso vai melhorar! Prometo - ele me deixou um sorriso triste.
Após certo tempo o assunto agora era os treinos e uma possível visita na terra, não havia motivos para permanecer lá, todos que eu conhecia morreram, mas a saudade de um espaço familiar era grande. Tae apenas aguardava a retornada dos três homens, para que assim, visitassemos e saíssemos como um casal normal. Faz tanto tempo que não íamos a uma mera sorveteira ou até uma lanchonete.
- Mas minha filha... e como você vai andar lá. Que nem roupa você tem mais - Meu amigo agora realmente agia como meu amigo.
Eu ri leve ainda com dor, realmente as roupas que eu tinha eram longos vestidos que tocados em meu corpo tinham chamas, ou então as camisolas simples. Sem roupa alguma para ir à terra.
- É verdade! Acho que devemos ir às compras antes deles.
- Sim, claro querida. Mas deixemos isso para outro dia, você não está em condições para isso agora. - ele deu um aperto em minha bochecha
(...)
A dor havia passado e eu já retonava ao meu trono, o pequeno James estava em meu colo. Ele é meu irmão... Descobri que minha mãe havia dado a luz a um menino demônio q passou todo o seus dias preso em uma pequena gaiola. Pensar que ela pode fazer isso me quebra o coração. James, mesmo que mais velho, ainda tinha o corpo de uma criança, e sua mente o acompanhava.
- Mana, você não irá conjugar nada hoje? - Ele brincava com os meus fios soltos, distante da coroa sobre minha cabeça.
- James, hoje não há ninguém pra ser conjugado. Mas não se preocupe pequeno, amanhã teremos com toda certeza!
O garotinho sorriu feliz e contente, pareceu intusiasmado com tamanha surpresa. Ele era uma criança adorável, na verdade era a criança mais velha q eu conhecia. 193 anos é muito... não é?
- Mana, Mana! Posso ir brincar com eles - pequenos demoníacos passaram voando sobre nós.
- Vai lá, mas volte logo para que eu não fique preocupada ok?
Entre suas voadas saltitantes ele assentiu sorridente e eu o observei com o mesmo semblante. Ele voou até os garotos e os perdi de vista. Entre instantes ouvi os passos firmes de quem esperava a tempos.
- estava esperando ele ir embora para que pudesse ver minha mulher...
Continua... (da uma estrelinha pá eu)
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PACTO COM DIABO - dois corações, duas nações.
Fiksi PenggemarReencontrar um amor pode até ser fácil, mas manter esse amor nem tanto. 2 livro da saga! +18 :)