25 de Setembro

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Draco Malfoy

(07:00)

Acordei com uma forte dor de cabeça. A última coisa de que me lembro foi de cair nos braços de Harry. Eu sei o que eu fiz e sabia das consequências, a única surpresa foi eu ainda estar vivo. Achei que meu pai iria colocar algo mais pesado. Enfim, era bom poder dizer que estaria com a minha família no futuro.

Olhei ao meu redor e percebi que Harry estava jogado na poltrona. Pansy e Blasio também estavam lá, mas do lado de fora do quarto, o que eu só identificava pela cabeça dos dois que conseguia ver pela janela. Voltei minha atenção novamente para o Harry. Ele se remexia muito, provavelmente tinha pesadelos como a Lis tem.

- Olá senhor Malfoy. Vejo que acordou. - Um curandeiro veio em minha direção. - Seu marido e seus amigos estão muito preocupados com o senhor, mas já os tinha informado que você ficaria bem.

- Obrigada pelo cuidado. Estou a quanto tempo em coma? - Perguntei.

- Algumas horas apenas, não foi nada para alarde, embora recomendo que nunca mais tente quebrar esse tipo de magia. Foi muita sorte termos alguém para prestar os primeiros socorros em você. - Ele me informou. Em resumo, eu poderia sim morrer. Foi sorte.  Olhei para Harry. - Ele acordara em breve. De tempos em tempos ele pula dessa poltrona e fica te vigiando.

Dito isso, o curandeiro saiu. Fiquei observando Harry por mais um tempo. Talvez estivesse parecendo um maluco, afinal, quem observa os outros a dormir?

(Nota: enquanto eu escrevia isso, lembrei de Last Kiss da Taylor, que ela fala "I will watch your life in pictures, like I used to watch you sleep". A essa altura, acho que perceberam que eu sou muito fã  dela e direto me vem as letras das músicas dela na minha cabeça. Amo ela!)

Harry abriu os olhos lentamente. Demorou um pouco para que ele se desse conta que eu estava acordado. Quando finalmente o fez, pulou da poltrona, assim como o curandeiro havia falado.

- Draco você me assustou tanto. Tem noção disso né? - Foi a primeira coisa que ele me disse, antes de um beijo, antes de um 'como você está'. Isso só  aconteceu depois.

- Deu certo? Estão conseguindo ler o que estava escrito? - Perguntei a Harry, que deu uma risada nasalada. - O que foi?

- Você tem um julgamento péssimo. Fala sério, preferiu arriscar a sua vida e recuperar esse caderno idiota, do que tentar achar um outro meio. - Ele me repreendeu, mas não parecia realmente bravo. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele continuou. - Nem adianta dizer que não sabia, Blasio e Pansy já me confirmaram que você tinha noção do estava fazendo. Você é maluco. Eu te amo, mas não faça mais isso, caso contrário, eu irei matá-lo.

- Era o jeito mais rápido, na lerdeza que estavam indo, simplesmente não iriamos conseguir chegar lá nunca. Deu tudo certo no fim, temos o caderno e a mim. Todo mundo sai feliz e você não precisa ficar irritado. - Respondi, tentando descontrair. Vendo que ele teria mais coisas para falar, resolvi interrompê-lo. - Cadê os meus filhos? Queria vê-los.

- Molly está com eles em casa. Vou pedir que os tragam. Pelo visto, você tem visitantes. - Harry afirmou, abrindo a porta e dando passagem para Pansy e Blasio. - Daqui a pouco eu volto. Não me deixem viúvo.

Os meus amigos estava cansados. Isso era óbvio pela cara de Pansy, que nunca teve olheiras tão profundas, aliás, nunca não ligou de ter. Ambos se aproximaram da cama, eu verdadeiramente achei que iria apanhar da Pansy, mas ao invés disso, ela virou seu rosto para Zabini e começou a chorar. Parecia um filhote, sabe, quando eles ficam com medo e dão um choro baixinho e tremem o corpinho. Essa era a cena. Me doeu ver.

Again - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora