Caso Celso Daniel

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Assassinato

Celso Daniel tinha cinquenta anos de idade, quando ocupava o cargo de de Santo André pela terceira vez, foi na noite de de , quando saía de uma churrascaria localizada na região dos , em .

Segundo a imprensa, o prefeito estava num blindado, na companhia do empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido também como o "Sombra". O carro teria sido perseguido por outros três veículos: um , um e uma .

Na Rua Antônio Bezerra, perto do número 393, no bairro da Vila Vera, Distrito do , da capital, os criminosos fecharam o carro do prefeito. Dispararam contra os pneus e vidros traseiro e dianteiro de seu carro. Gomes da Silva, que era o motorista, disse que na hora a trava e o câmbio da Pajero não funcionaram.

Os bandidos armados então abriram a porta do carro, arrancaram o prefeito de lá e o levaram embora. Sérgio Gomes da Silva ficou no local e nada aconteceu com ele.

Na manhã de de , no Domingo, o corpo do Prefeito Celso Daniel, foi encontrado com onze tiros, na Estrada das Cachoeiras, no Bairro do Carmo, na altura do quilômetro 328 da (BR-116), em .

Inquérito policial

A concluiu o inquérito sobre a morte de Celso Daniel em 1 de abril de 2002. Segundo o relatório final da Polícia, apresentado pelo Delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do (DHPP), seis pessoas de uma quadrilha da favela Pantanal, da , cometeram o crime. Entre elas estava um menor de idade, que confessou ter sido o autor dos disparos que atingiram o prefeito. O inquérito policial concluiu que os criminosos sequestraram Celso Daniel por acaso, frustrados por perderem de vista seu alvo, um empresário cuja identidade não foi revelada.

Os integrantes da quadrilha seriam: Rodolfo Rodrigo de Souza Oliveira ("Bozinho"), José Édson da Silva ("Édson"), Itamar Messias Silva dos Santos ("Itamar"), Marcos Roberto Bispo dos Santos ("Marquinhos") e Elcyd Oliveira Brito ("John"). O líder da quadrilha seria Ivan Rodrigues da Silva, também conhecido como "Monstro". O local do cativeiro foi escolhido por Édson, que alugou um sítio em para isso. Dois carros foram roubados para o sequestro: uma e um . A quadrilha se reuniu no dia 17 de janeiro de 2002 e definiu que o sequestro ocorreria no dia seguinte.[]

No dia 18 de janeiro, à tarde, teve início a operação. Monstro e Marquinhos saíram no Santana e os outros criminosos foram na Blazer. Por um telefone celular o Monstro coordenava toda a ação. Os meliantes na Blazer começaram a perseguir o comerciante que pretendiam deter, contudo perderam-no de vista. O líder do bando, Monstro, ordenou então que o grupo abortasse a ação e que atacasse o passageiro do primeiro carro importado que fosse encontrado no caminho. Os bandidos começaram a trafegar pelas ruas da região e Monstro escolheu como novo alvo a Pajero onde viajavam o prefeito Celso Daniel e o empresário Sérgio Gomes. O bando começou a perseguir a Pajero do prefeito, utilizando a Blazer para bater na na traseira da Pajero. Até que Itamar e Bonzinho saíram da Blazer, atiraram na direção da Pajero e tiraram o prefeito Celso Daniel do carro, rendido à força. Ele foi levado até a Favela Pantanal, na divisa entre e . Na favela, os bandidos retiraram Celso Daniel da Blazer, colocaram-no no Santana e levaram-no até o cativeiro em Juquitiba.[]

No dia 19 de Janeiro, os criminosos souberam pelos jornais que tinham sequestrado o prefeito de Santo André. Eles ficaram com medo e resolveram desistir. Monstro ordenou a Edson que a vítima fosse "dispensada". Segundo os outros integrantes da quadrilha, Monstro quis dizer com isso que Celso Daniel deveria ser libertado. Contudo, Edson entendeu que deveria matar o prefeito. Edson contratou um menor conhecido como "Lalo" para matar a vítima. Edson, Lalo e Celso Daniel foram até a estrada da Cachoeira, em Juquitiba, e Edson deu a ordem para Lalo matar o prefeito. Dois dias depois, o corpo de Celso Daniel foi encontrado, com oito perfurações a bala.

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