Conexões Silenciosas

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O avião cortava o céu escuro, envolto em um silêncio inquietante. Renesmee Cullen estava sentada ao lado de Alec Volturi, o rosto apoiado contra a janela fria. Ela havia tentado resistir ao cansaço, mas a longa viagem e a tensão dos últimos acontecimentos a venceram. Agora, dormia profundamente, sua expressão relaxada, quase inocente, como se o peso de suas escolhas tivesse desaparecido por um breve momento. 

Alec, ao lado dela, observava em silêncio. Não havia muito o que fazer além de esperar, mas ele não conseguia desviar os olhos. Renesmee parecia tão vulnerável, tão diferente da híbrida confiante que ele encontrara na floresta. Era como se, ao dormir, ela deixasse escapar um lado dela que poucos tinham a chance de ver. 

Ele entendia por que ela havia aceitado tão rapidamente o "convite" de Aro. Não era covardia ou submissão — era amor. Um amor profundo por sua família, o que Alec sabia que ela protegia a qualquer custo. 

Alec desviou o olhar para o corredor do avião, pensativo. Ele não era estranho a essa lealdade. Jane era tudo para ele. Sua irmã gêmea, sua cúmplice, sua única família verdadeira. Ele faria qualquer coisa para protegê-la, para garantir que ninguém a machucasse. Talvez fosse por isso que ele entendia Renesmee tão bem. 

Ele olhou de novo para ela, notando como seus traços pareciam tão delicados sob a luz suave da cabine. Ela suspirava levemente, perdida em seus sonhos. Alec sabia que ela provavelmente estava pensando na família que deixara para trás. No fundo, ele admirava sua coragem. Não era fácil sacrificar tudo por aqueles que amamos, ainda mais sabendo o que a esperava em Volterra. 

Por um instante, Alec se pegou imaginando como seria ter uma vida diferente, uma vida onde ele e Jane não estivessem presos às correntes dos Volturi. Mas ele afastou o pensamento rapidamente. Sonhos como esse eram perigosos, até mesmo para ele. 

— Família — murmurou ele, quase sem perceber, enquanto mantinha o olhar fixo na híbrida adormecida. 

Renesmee se mexeu ligeiramente, um suspiro escapando de seus lábios. Alec relaxou na cadeira, percebendo o quão irônico era que, mesmo sendo inimigos naturais, ele sentisse essa conexão silenciosa com ela. 

*"Você é como eu,"* pensou Alec. *"Fazemos tudo por quem amamos, mesmo que isso nos destrua."* 

E assim, ele continuou observando-a, enquanto o avião seguia seu curso em direção a Volterra.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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