Prólogo

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Valerie Elise estava a passear na praça pública da cidade. Sempre com seus fones de ouvido no máximo que exibia suas músicas preferidas que a fazia sorrir, mas também a fazia chorar..

Usando óculos de sol, e pela primeira vez, um short com uma blusa solta - em compensação era preta, como o restante de suas roupas.

Em suas mãos tinha um sorvete de baunilha, um de seus preferidos.
Ela esbarrou-se em duas amigas, sem querer.

-Desculpe. - Diz Valerie as garotas, com calma.

Elas nem deram atenção a ela. E as amigas sentaram-se em um banco.

-Aquela garota me parece familiar. - Comentou a garota dos cabelos castanhos claro.

-Ela ? Nunca a vi na minha vida. - Comentou a outra dos cabelos pretos.

A dos cabelos castanhos claros deu de ombros e elas voltaram a conversar sobre roupas.

Enquanto a Valerie, ia passando por uma fonte quando a empurraram e ela caiu na água.

Tadinha, ninguém a ajudou. Pediu tanta ajuda e todos que passavam por ela nem lhe davam um mísero olhar.

Esqueça, Valerie. Você é invisível, a menina pensou, já chateada.

Saiu da água. As roupas encharcadas. Para sua sorte, sua casa era bem perto dali.

Andou por entre as pessoas, que a ignoravam por completo.

Chegou em casa, não havia ninguém. Em exceção das empregadas que não a olharam, continuaram a fachinar.
Subiu para o quarto, foi até o banheiro, onde tirou suas roupas molhadas e sentou-se na banheira ao seu lado.

Pos o uma música tristonha, e enquanto a água subia na banheira a menina chorava. Chorava porque isso a fizia se sentir menos inumana, chorava porque ninguém a percebia nas ruas, chorava porque era sozinha..
Sempre tive muita pena desta menina. Uma garota bonita, inteligente, charmosa, gentil, porém, invisível aos olhos dos outros.

Bem, aos olhos dos outros, pois dos meus era mais visível que qualquer outra coisa sólida existente no mundo.

Só então depois de demasiados minutos ela saira do banho. Enrolou-se em seu roupão e pos-se a pensar, na sua vida, principalmente.

Deitou-se na cama e depois de uns miseros minutos, aquela garotinha estava adormecida.

Pobre, Valerie. Sofrera tanto na adolescência. Queria poder ter tido a ajudar,mas não pude.

Os anos continuaram se passando, e ela cada vez mais encolhida pelos cantos estava. Na escola, em casa, nas ruas.. em tudo que se era lugar.

Podia-se mesmo ninguém vê-la ? Ou a viam só que a ignoravam ? Alguém a menos a conhecia ou a achavam uma total estranha ? A consideravam humana ou um nada ? Sim ou não ?
Eis a questão..

Mas ao fim dessa invisibilidade toda, a pequena Valerie Elise conseguiu. Conseguiu ser uma pessoa visível.

Fico feliz por ela, pela sua conquista.

Quero a conhecer pessoalmente, mas deixarei a viver os seus restantes anos felizes que lhe consedeu-lhe.

De: O "anjinho" da guarda de Valerie Elise.
Para: Você meu caro/minha cara.

Um breve recadinho:

Tudo é possível, até o impossível.

As Vantagens De Ser A InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora