II: CAPÍTULO III

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Dançando ao luar
Olhando para as estrelas tão brilhantes
Segurando você até o nascer do sol
Dormindo até a meia-noite
Toda vez que eu olho em seus olhos
Eu sorrio orgulhoso por você ser meu
Você sabe, seu amor é real, eu sei
Você foi a melhor coisa que me aconteceu.

- Aaron Smith

- Por que me chamou para uma conversa na sala de poções? - Caspian questionou confuso.

Ele estava aproveitando o jantar com seus amigos quando Edmundo parou ao seu lado e o chamou para uma conversa, pareceu sério o bastante para deixá-lo preocupado, até mesmo Pedro perguntou se teria algo errado e Edmundo respondeu que se tratava de algo pessoal.

O corvino mantinha um semblante sério e arrogante como da vez em que experimentou o chapéu seletor, seu nariz elevado e a coluna ereta, anda como um daqueles amigos do seu tio, Caspian normalmente não gosta desse modo arrogante por mais que use as vezes durante festas de família mas em Edmundo fica interessante, ele passa um ar dominante, Caspian lambeu os lábios ao ver o corvino se sentar em uma mesa da sala e o encará-lo mortal, talvez ele esteja próximo de morrer mas morrerá com a bela imagem de Edmundo como um príncipe, não, um rei.

- Eu quero ir direto ao ponto, não consigo descansar sem falar logo sobre isso - Iniciou ele, Caspian engoliu em seco temendo que talvez Edmundo esteja para falar que talvez goste de outra pessoa ou pior, não goste de homens no sentido romântico, não tem como ele dizer isso depois daqueles beijos mas Caspian imagina que nesse mundo de tudo pode acontecer - O que sente por mim?

- O quê? - Caspian entendeu a pergunta mas não entendeu o porque fazê-la tão de repente.

- Vejo você beijando outras pessoas por aí, não pense que eu não noto - Edmundo ditou tudo acusatório - Eu só queria deixar claro que não penso assim, você bem sabe que...eu não conseguiria me envolver com alguém se não tivesse um sentimento forte por trás.

- Ah, é isso - Caspian suspirou aliviado - Pelo tom sério que você dizia, imaginei que fosse me azarar.

- Talvez eu faça isso - Caspian engasgou com o vento - O ponto é, quero deixar claro para nós dois sobre nossa relação, o que temos?

- O que temos? Edmundo_ - Caspian iria dizer que só se beijaram duas vezes e aquela vez em seu dormitório não contaria como um beijo realmente, mas isso seria umaa grande babaquice ao se dizer.

Caspian segurou o ar nos pulmões, o que ele deveria dizer? Ele gosta de Edmundo, mais do que já gostou de alguém, Caspian não gostaria de comparar mas pode dizer que Edmundo é a única pessoa que o faria querer um relacionamento. Parece um pouco complicado de se entender e nem mesmo ele entende, Caspian gostaria de abraçar Edmundo quando o via, de beijá-lo sempre, principalmente quando seus lábios estão vermelhos e tão beijaveis, Caspian mal pode imaginar Edmundo beijando outra pessoa que um misto de emoções de raiva e tristeza o atingem, ele quer protegê-lo e estar ao seu lado.

Caspian também pode dizer que gosta quando Edmundo começa a falar algo que gosta, as vezes Pedro reclama com ele quando nas férias Edmundo começava a falar assuntos que ele não entendia, as vezes a família precisava o distrair para esquecer já que ninguém poderia dizer que não estava interessado, Pedro diz que ainda o ama e por isso não quer deixá-lo sem graça. Caspian gosta de ouví-lo, principalmente quando os olhos de Edmundo brilham como se tivesse uma constelação de estrelas ali dentro, também quando ele sorri, o sorriso de Edmundo o deixa sem estrutura nenhuma para pensar em algo.

- Você não vai responder? - Caspian saiu de seus pensamentos quando o corvino o chamou - Olha, se você não quer nada e não sente, não posso fazer nada, não posso tentar algo do tipo, é pedir demais.

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