Armina não é uma feérica, nem mesmo pode ser chamada de humana ou qualquer outro nome que se dá para criaturas com magia.
Seu poder é distinto, diferente, antigo e há muito inexistente.
Sua idade não tem número certo, seu poder não tem um fundo e...
A rainha feérica do continente entregou uma bolsa cheia em joias para Armina.
Ela examina o conteúdo brilhante antes de assentir com um pequeno sorriso satisfeito. Seu pequeno dragão, chamado Terror, agarra uma das joias com suas garras da pata esquerda, examinando a joia imitando sua dona.
- Um bom pagamento - murmura depois que Terror solta a joia e bufa fumaça escura.
A feérica loira revira seus olhos únicos e envolventes, um toque de chamas brilhando em seu interior.
- Não é um pagamento, é um presente, vadia ingrata.
Armina a encara, olhando para baixo. Aelin era uns bons 5 centímetros mais baixa, mas aprendera com o tempo a não mostrar intimidação diante de Armina. Rowan, seu rei consorte, bufou baixo ao lado das duas mulheres, ele era acostumado com muitas demonstrações de arrogância entre as duas.
- Você é boa nisso, loirinha. - Armina gargalhou, limpando uma lágrima que escorreu.
Aelin, rainha de Terrasen desmanchou sua feição arrogante, dando lugar ao seu verdadeiro sentimento de tristeza.
- Então, acho que isso é um adeus para sempre. - Tenta sorrir.
Armina balança levemente a cabeça, seus cabelos escuros balançando com a brisa de pinho e neve. Ela aperta a alça da bolsa de couro, Terror esfrega a cabeça em sua testa, a pequena criatura era muito inteligente. A mulher suspira baixo, ela tinha encontrado bons amigos nesse universo distante, tal como encontrou em vários outros, acostumada com despedidas ela só deixa um suspiro trêmulo sair de sua boca. Acostumada sim, mas, sempre seria difícil.
- Esse mundo já teve muito de mim, loirinha.
Sim, esse universo já teve muito de Armina. Quando chegou esse mundo estava sofrendo uma grande ameaça, uma rainha e um rei valg estavam a espreita para concluir seus planos. Bom, o jogo virou drasticamente quando Armina e seu dragão que quando irritado se torna uma besta imensa chegou e decidiu rapidamente que seria difícil achar sua irmã se dois demônios estúpidos arruinassem o mundo. Depois que a guerra foi ganha, Armina viajou o mundo todo, passando bons 10 anos nesse lugar.
Aelin solta um ruído descontente, cruzando os braços à cima de sua grande barriga, mostrando que ela estava bem grávida.
- Sou uma rainha, então ordeno que volte para visitas. - Virou a cabeça com superioridade.
Rowan teve a audácia de gargalhar quando Armina levantou a sobrancelha em deboche, e Terror, o dragão inteligente, bateu suas asas exibindo a envergadura com detalhes prateados. O rei consorte passa os braços ao redor de Aelin, abraçando os ombros de sua mulher ele beijou os cabelos loiros.
- Deixe que ela se despeça das crianças.
Armina se virou enquanto Rowan animava Aelin com beijos e mais carícias, dobrando oa joelhos para chegar a altura das quatro crianças.
- Você vai voltar um dia? - A mais alta pergunta, o rosto tão orgulhoso quanto o da mãe.
- Claro que vou. Ainda vou ver uma coroa sendo posta em sua cabeça, jovem princesa.
- E me ver fazendo o juramento de sangue? - O do lado exclama alto, olhos iguais ao da mãe e cabelos prateados igual o pai.
- Sim, e espero não ver você desmaiar.
- Quero você no meu casamento, tia Armina. - diz o outro menino, que podia muito bem ser o gêmeo de Rowan.
- Estarei aqui para verificar se a garota é digna de você, príncipe.
A última menina, uma garota pequena que não era pouco mais que um bebê, seus olhos eram azuis de uma linhagem desconhecida.
- Sim, pequena. - Armina sabia que a garota mal falava. - Estarei aqui quando precisar.
A criança sorriu, abraçando sua perna longa. Armina acaricia seus cabelos quando olha para cima, Aelin tinha lágrimas no rosto, enquanto Rowan não chorava, mas demonstrava uma certa tristeza. Todos tinham se tornado bons amigos durante e depois do período de guerra.
- Espero que encontre sua irmã, e que dê a surra que ela merece.
Armina sorri perversamente, um portal de vento e redemoinhos se abrindo em suas costas. Ela se vira, deixando o pequeno dragão se abraçar em seu braço e apertar seu pulso com a calda.
- Amren vai perder alguns litros de sangue quando eu finalmente a encontrar.
E então, ela caiu dentro do portal. Caindo e caindo mais fundo, viajando e se transportando.
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