Um, dois, três dias se passaram e nada deles voltarem, fui ingênua de acreditar que eles nos ajudariam. Faltavam 3 dias para o meu visto e de Bryan expirar, resolvi me mexer, estávamos no terceiro dia sozinhos, talvez seja a hora de eu começar a batalhar por algo nessa vida, mesmo que isso prejudique outras pessoas, única coisa que importa é nos manter vivos.
Enquanto arrumava nossas bolsas, Bryan me olhava curioso. Em uma mochila coloquei facas, cordas, o rádio de antes e um cobertor, na outra enlatados, biscoitos e água, essa Bryan carregaria, não estava pesada, nem havia nada cortante. Seguro. Ajustei a mochila nele e ele como um sinal de agradecimento me deu um cadarço que antes havia achado no chão.
— Obrigada, meu amor! -guardei no bolso, mesmo que eu não fosse precisar, me dá esperanças ver que ele tentava me ajudar em meio esse ambiente e sem entender nada.
Já estava anoitecendo, o que significa que logo começará um jogo, peguei na mão de Bryan e andei até a saída do shopping. Olhei em volta e finalmente achei uma luz vermelha, seguimos em direção a mesma e fomos levados até um hotel. Interessante!
Deixei Bryan escondido em uma árvore que tinha por perto, não tinha necessidade dele participar desse jogo, eu só precisava descobrir mais sobre a Praia.
— Fique aqui, não fale com ninguém, não vá com ninguém. -peguei um canivete da mochila e continuei. — Eu vou voltar para te buscar, se sentir fome, só abrir a sua mochila . -apontei para mochila dele e e em seguida guardei o canivete na minha bota.
— Eu não quero ficar sozinho. -ele começou a chorar e se debater no chão, birra comum de criança.
— Esse é o único jeito. Eu sempre voltei para te buscar certo? Sempre estive com você, não é? -o indaguei e ele concordou com a cabeça. Isso me dói tanto, mas talvez eu descubra onde estão as outras pessoas.
Joguei o cobertor nele na intenção de esconde-lo e coloquei umas folhas em volta do mesmo. Finalmente entrei no prédio, setas vermelhas indicavam para entrar em um dos quartos, assim que adentrei no local aparentava ser um quarto normal de hotel, exceto por uma porta extensa que ia de uma parede a outra. Peguei o celular que estava na cabeceira e logo começou o reconhecimento facial.
Inscrição recebida.
Abram a cortina do meio do quarto que os jogos já vão começar.
Fiz o que a voz mandava e havia outra menina do outro lado, a única coisa que nos separava era um vidro que dividía ambos os quartos.
— Hey! -a menina gritou.
Ela usava tranças no cabelo e biquíni de praia, o mais curioso é que ela vestia uma calça jeans por cima e usava um tamanco. Quem usa isso em um jogo de vida ou morte?
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Red Queen - Alice In Borderland
De Todo~𝓡𝓮𝓭 𝓠𝓾𝓮𝓮𝓷~ Para falar a verdade nunca precisei lutar por nada, e me ver dessa forma, tentando sobreviver jogo após jogo, dia após dia, é terrível. Tantas vidas que tirei e me foram tiradas, eu realmente odeio a idéia de ter vindo para...