Capítulo 2

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Maria Vitória

Dizer que estou com medo é uma parcela do que estou sentindo. Estou aterrorizada, mas não vou deixa que esse sentimento me dominar. Eu preciso ir embora daqui o mais rápido possível. Então começo a agir no segundo que chego em casa. 

Claro que tive que trabalha até o fim do meu turno para não levanta suspeitas, mas assim que deu meu tempo sumi dali o mais rápido possível. Cheguei em casa ainda sem acreditar, mas só bastou tocar naquele ingresso que sabia que era real. Então pego minha mala, uma que conseguir em um brejo e minhas duas mochilas e coloco minhas roupas la dentro, mas após organizar tudo, acabo diminuindo tudo para uma mala e uma mochila. Não preciso levar muita coisa. Posso pensar nisso depois, por ora estou focando no básico, assim fica mais fácil. 

Pego as fotos da mãe e da minha avó, elas cuidaram de mim, apesar da nossa vida miserável. Coloco o porta retrato de vidro dentro da minha mochila na parte da frente. Respiro fundo antes de ir para o banheiro para tomar um banho, preciso ser rápida. 

Quinze minutos saiu de casa, vestida com uma calçar jeans e uma blusa de manga, em um estilo soltinho da cor branca. Coloco um cinto preto, para segura as calças no lugar e dar estilo ao que estou vestindo. Preciso pegar o primeiro ônibus do dia rumo a rio. Só tenho vinte minutos, o ônibus sai as cinco em ponto, se eu perdê-lo, perco tudo, pois o cruzeiro sairá do píer as 9 em ponto e o outro ônibus que passa na cidade onde morro é as oito. Para o meu alívio, consigo compra a passagem e conseguir um bom lugar no fundo, ônibus ao lado da janela. Fico feliz que ninguém fala comigo.

As três horas se passam lentamente e isso me enfurece, mesmo eu sabendo que vou chegar uma hora mais cedo, mas ainda tem o processo de chegar ao local que o cruzeiro vai sair.  Pelo meu cálculos é vinte minutos da rodoviária, mas pode ocorrer algum contra tempo, tenho que pensar em todas as possibilidades. 

O calor me deixa enjoada, mas me concentro na cidade que vejo a frente, enfim estávamos chegando. Levanto ainda quando o ônibus está em movimento e sou a primeira a sair e corro para o banheiro, não posso perder tempo. Uso o banheiro rapidamente e lavo o rosto, ignoro os olhares das pessoas na minha direção e corro para fora do terminal, aonde corro para um painel digital, para que possa chamar um táxi automático, será caro, mas é minha opção mais segura. 

Cinco minutos depois estou dentro do carro, enquanto atualizo o site do cruzeiro e as redes sócias, esperando alguma mudança no horário.  Fico feliz que isso não acontece, saiu do carro quando ele chegar e a visão do grande cruzeiro me deixa sem folego, é tão lindo, ele é imenso e branco, o cheiro de maresia deixa tudo mais que perfeito. 

Mexo minha cabeça para não perde tempo e vou até a recepção, que é uma barraca de vidro, aonde as passagens serão recebidos e conferidos. Existe uma mulher vestida de branco, ela é alta e muito bonita, ao lado dela existe um homem forte e musculoso, ele tem cara de poucos amigos, mas isso não me incomoda.

— Bom dia — falo meio trêmula, olhando para a mulher quando entro na recepção. Ela me olha dos pés até a cabeça antes de abrir um sorriso frio e isso me deixa inquieta, ela me olha como eu fosse uma presa. 

— Bom dia, as passagens esgotaram, como os empregos de verão. — Ela informa mexendo em um tablet. 

— Eu tenho uma passagem — Minha voz sai trêmula, enquanto abro minha bolsa de mão e pego o papel branco. 

— Tem? — a mulher sorrir ainda mais fria e eu posso começar a sentir o frio, no calor de quarenta graus do Rio de Janeiro. 

— T-enho — afirmo incerta. Ela estende a mão e eu lhe entrego. Ela suspira quando começa a mexer no tablet. 

Lavada A Você - História Do DanteOnde histórias criam vida. Descubra agora